O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 234

O som agudo rompe o silêncio como uma facada elétrica.

“OBJETOS AÉREOS NÃO IDENTIFICADOS EM ZONA MONITORADA.”

Ravi saltou da cadeira como se tivesse levado um choque.

— Que porrah é essa?! — exclamou, os olhos varrendo as telas.

Tropica nos cabos enquanto se lança até o monitor lateral. A câmera externa exibe o céu noturno sobre a fazenda — dois pontos vermelhos pulsando no alto, como olhos de um predador invisível.

Ele amplia.

Drones. Dois. Sobrevoando área crítica.

O maxilar de Ravi trava. Os punhos cerram.

— NÃO... NÃO AGORA, FILHOS DE CHOCADEIRA!

Ele corre até o painel de controle. Frequência civil. Sem autorização. Imediato cruzamento de sinais. Só podia ser…

— Eduardo… seu FILHO DA PUTTA!

A mão voa até o celular com tanta raiva que o aparelho quase entorta. Disca. Viva voz. A linha chama. Uma. Duas vezes.

— Alô?

— TÃO ACHANDO QUE ISSO AQUI É O QUÊ, KARALHO?! UMA FEIRA LIVRE?! DESLIGA ESSA PORRAH DESSA MERDA AGORA, EDUARDO! VOCÊ TÁ QUERENDO F0DER A OPERAÇÃO?! EU RASTREIO TUDO, PORRAH! TUDO! JÁ BASTA O HERMES TODO MUTILADO, AGORA TU ME VEM COM ESSA PALHAÇADA DE DRONE?! EU JURO PELA MINHA MÃE QUE EU VOU

A voz que entra o interrompe não com grito, mas com um veneno sedoso, arrastado:

— Ravi… — diz Islanne, doce e perigosa — se tu continuar com esse tonzinho, eu juro que vou embora sem sentar bem gostoso no teu pau. E aí, querido… tu dorme sozinho essa noite.

Silêncio. Seco. Cortante. Eletrocardiograma em linha reta.

Ravi engole em seco. A mão ainda tremendo. Mas agora… por outro motivo.

— Islanne... amor... eu... — a voz sai baixa, submissa. — Eu só fiquei nervoso... demais. Vocês... podiam voltar para o sítio? Com os drones guardados. E, de preferência... sem perder o clima da noite, sabe?

Lá no fundo, Eduardo tenta conter o riso.

— Isso, Ravi, muito bem. Respira. Relaxa — ela diz, com um sorrisinho de quem sabe que venceu a guerra sem disparar um tiro. — Já estamos indo, querido. Mas só porque eu tô com saudade da sua boca em mim e das tuas mãos bem ocupadas.

A ligação encerra. Ravi solta um longo suspiro e deixa o celular cair no canto.

— Essa mulher vai acabar comigo…

Mas seus olhos voltam para o nome que brilha em vermelho na tela.

Hermes de Castro.

O corpo do enfermeiro fora encontrado ontem. Espancado até virar polpa.

Mas o que gelava o estômago era o ritual macabro: olhos arrancados. Dedos cortados. Cocaína entupindo o nariz.

Ravi aperta as têmporas. Uma única imagem o assombra mais que a cena do crime: a cadeirinha de bebê no carro alugado que Hermes dirigia.

E se o bebê de Marta esteve ali?

E se Hermes era mesmo só um elo?

Quem mandou matá-lo?

E... estariam eles sendo vigiados também?

Ele fecha os olhos, respira fundo e se obriga a voltar à investigação. Movimentações bancárias. Contatos. Transferências. Encontros suspeitos. Viagens fora de rota. Tudo começa a se encaixar.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores
Você poderá ler este capítulo gratuitamente em:--:--:--:--

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino