O quarto está mergulhado em penumbra, iluminado apenas pela luz suave do abajur no criado mudo e por algumas velas que Jonathan espalhou com cuidado. O aroma delicado de lavanda paira no ar. Sobre a cômoda, uma toalha branca sustenta uma pequena bandeja com duas taças de suco e um bolo simples de chocolate, com calda escorrendo. Ao lado, um buquê de flores do campo que ele mesmo colheu.
No berço, a pequena Lua dorme, tranquila, como se seu sono abençoasse o momento. Jonathan ajeita a gola da camisa, respira fundo e caminha até Marta, que se encontra sentada na poltrona com os cabelos soltos, ainda visivelmente cansada, mas com um brilho novo nos olhos.
— O que é isso tudo? — ela pergunta, num sorriso quase incrédulo.
Jonathan se ajoelha diante dela e pega suas mãos com delicadeza.
— Isso... é um casamento. O nosso casamento. Aqui, agora, do nosso jeito. Só nós dois. E ela — ele indica Lua com um leve movimento de cabeça — como testemunha.
Marta leva a mão à boca, emocionada. As lágrimas vêm sem resistência.
— Jon...
— Shhh... — ele murmura, beijando sua mão.
— Eu esperei muito tempo por esse momento. Não importa igreja, papel ou multidão. O que importa é você. Nós. Essa família.
Ele tira do bolso uma caixinha de veludo e a abre. Dentro, dois anéis robustos, ouro branco e ouro amarelo, e com um brilho de eternidade. Marta leva a mão ao peito.
— Você pensou em tudo...
— Como eu disse, esperei muito tempo.
Ele segura sua mão e desliza o anel em seu dedo.
— Marta, eu prometo te amar quando tudo for festa... e quando tudo parecer ruína. Prometo segurar sua mão quando você tiver forças e também quando não tiver nenhuma. Você é minha casa, minha calma, minha guerra boa. E agora, meu amor... minha esposa.
Marta respira fundo, tentando conter o choro. Ela pega o outro anel e coloca no dedo de Jonathan.
— Jonathan... você me viu nos meus piores dias. Você cuidou de mim quando eu não sabia mais cuidar nem de mim mesma. Prometo ser tua companheira, tua paz, teu abrigo. E te amar... até quando a gente for velhinho e a Lua tiver netos.
Eles se beijam com doçura, de um jeito lento, cheio de significado, como quem sela um pacto com o universo. A menina no berço suspira no sono profundo, e Jonathan sorri contra os lábios da mulher que agora é, enfim, sua.
— Feliz Dia dos Namorados — ele diz, tirando mais uma caixinha do bolso.
— Amor, não precisava...
— Precisei, sim. Porque eu queria te dar o meu coração. — Ele abre a caixinha e revela um colar delicado, com um pingente em forma de coração em platina. — Aqui dentro... tem o meu coração. De verdade. E ele b**e por você.
Ela o encara, encantada, e deixa que ele coloque o colar com mãos trêmulas, depois o puxa para um abraço longo, demorado, onde nenhum dos dois diz nada, e não precisa.
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