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O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 235

O quarto está mergulhado em penumbra, iluminado apenas pela luz suave do abajur no criado mudo e por algumas velas que Jonathan espalhou com cuidado. O aroma delicado de lavanda paira no ar. Sobre a cômoda, uma toalha branca sustenta uma pequena bandeja com duas taças de suco e um bolo simples de chocolate, com calda escorrendo. Ao lado, um buquê de flores do campo que ele mesmo colheu.

No berço, a pequena Lua dorme, tranquila, como se seu sono abençoasse o momento. Jonathan ajeita a gola da camisa, respira fundo e caminha até Marta, que se encontra sentada na poltrona com os cabelos soltos, ainda visivelmente cansada, mas com um brilho novo nos olhos.

— O que é isso tudo? — ela pergunta, num sorriso quase incrédulo.

Jonathan se ajoelha diante dela e pega suas mãos com delicadeza.

— Isso... é um casamento. O nosso casamento. Aqui, agora, do nosso jeito. Só nós dois. E ela — ele indica Lua com um leve movimento de cabeça — como testemunha.

Marta leva a mão à boca, emocionada. As lágrimas vêm sem resistência.

— Jon...

— Shhh... — ele murmura, beijando sua mão.

— Eu esperei muito tempo por esse momento. Não importa igreja, papel ou multidão. O que importa é você. Nós. Essa família.

Ele tira do bolso uma caixinha de veludo e a abre. Dentro, dois anéis robustos, ouro branco e ouro amarelo, e com um brilho de eternidade. Marta leva a mão ao peito.

— Você pensou em tudo...

— Como eu disse, esperei muito tempo.

Ele segura sua mão e desliza o anel em seu dedo.

— Marta, eu prometo te amar quando tudo for festa... e quando tudo parecer ruína. Prometo segurar sua mão quando você tiver forças e também quando não tiver nenhuma. Você é minha casa, minha calma, minha guerra boa. E agora, meu amor... minha esposa.

Marta respira fundo, tentando conter o choro. Ela pega o outro anel e coloca no dedo de Jonathan.

— Jonathan... você me viu nos meus piores dias. Você cuidou de mim quando eu não sabia mais cuidar nem de mim mesma. Prometo ser tua companheira, tua paz, teu abrigo. E te amar... até quando a gente for velhinho e a Lua tiver netos.

Eles se beijam com doçura, de um jeito lento, cheio de significado, como quem sela um pacto com o universo. A menina no berço suspira no sono profundo, e Jonathan sorri contra os lábios da mulher que agora é, enfim, sua.

— Feliz Dia dos Namorados — ele diz, tirando mais uma caixinha do bolso.

— Amor, não precisava...

— Precisei, sim. Porque eu queria te dar o meu coração. — Ele abre a caixinha e revela um colar delicado, com um pingente em forma de coração em platina. — Aqui dentro... tem o meu coração. De verdade. E ele b**e por você.

Ela o encara, encantada, e deixa que ele coloque o colar com mãos trêmulas, depois o puxa para um abraço longo, demorado, onde nenhum dos dois diz nada, e não precisa.

— Você acha que... vamos conseguir mesmo? — ela pergunta, com um toque de vulnerabilidade. — Voltar a ser felizes, sabe? Depois de tudo?

Jonathan respira fundo antes de responder.

— Eu não quero voltar a ser feliz como antes. Quero ser feliz de um jeito novo. Do nosso jeito. Com nossas cicatrizes, nossas verdades. Com essa garotinha aí para lembrar a gente, todo dia, que tudo valeu a pena.

Marta o beija com suavidade, os lábios deslizando num gesto calmo, carinhoso, cheio de significado. Há uma ternura profunda nos olhos dela, a certeza silenciosa de que, apesar de tudo, ela foi escolhida para aquele amor. Para aquele homem. Para aquela história.

— Você quer que eu prepare algo para comer? — pergunta Jonathan, depois de um tempo, olhando para o relógio.

— Não. Só quero ficar aqui. Assim. Com você.

— E eu, com você.

E o tempo para. A casa inteira parece adormecer com eles. Enquanto todos no sítio processam revelações, mistérios e medos, naquele quarto só existe a verdade crua do amor, que resiste, insiste, e transforma.

Lá fora, as estrelas testemunham o compromisso silencioso daquele casal improvável, que renasceu junto da filha. A brisa invade pelas frestas da janela com delicadeza, como se até a natureza soubesse que ali se celebrou algo raro: um casamento sem testemunhas, mas com todas as provas do mundo.

FELIZ DIA DOS NAMORADOS!!!

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