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O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 236

A despedida acontece na varanda, sob o céu salpicado de estrelas. O vento leve da noite balança os galhos das árvores, e há uma paz temporária no ar, como se a terra respirasse aliviada por um instante.

— Vão com Deus — diz Islanne, abraçando Darlene com força. — E cuidado na estrada.

— Qualquer coisa, liga — completa Ravi, num tom mais calmo do que o habitual.

— Mas só se for urgente, porque eu preciso dormir essa noite. Ou não dormir, não é…

— Duvido que tu durma — provoca Miguel, surgindo com os braços cruzados e um sorriso debochado.

— Porque dona Maria já deve estar com o chá ou um Toddy quente, biscoito e benção. E tu, Ravi, vai querer é pecado hoje, não bênção, indo invadir o teu quarto. Melhor tu fugir agora e ir logo para o quarto da Islanne, viu? É Dia dos Namorados, vocês estão precisando desse momento. Aproveita e tranca a porta, bebezão.

Ravi revira os olhos, mas ri. Islanne arqueia a sobrancelha e, com um meio sorriso, pega ele pela mão.

— Bora antes que a tua mãe adotiva chegue mesmo com biscoito de polvilho e pijama de florzinha.

Rindo discretamente, eles entram na casa. Ao subir os poucos degraus, Ravi lança um olhar cúmplice para Islanne. Ela entende sem palavras. O silêncio entre os dois diz mais do que qualquer conversa.

Assim que entram no quarto, Islanne fecha a porta com cuidado. Tranca com calma. Não há pressa. Não há ninguém mais ali. Apenas os dois. A tensão acumulada ao longo dos dias, o medo, a luta constante, tudo desaparece por um momento, como poeira levada pelo vento.

Eles se aproximam devagar, como se cada passo fosse sagrado. Ravi segura o rosto de Islanne com as duas mãos e a encara por longos segundos, como se memorizasse cada detalhe.

Islanne encosta-se à porta, as costas nuas sob a camisa que escorrega lentamente. Ravi se aproxima como um predador hipnotizado.

— Tu me tira do sério — ele diz, a voz baixa, mas carregada de tensão.

— Desde a primeira vez que cruzou a minha vida com essa tua cara de deboche.

— E tu me tira a roupa com o olhar — ela sussurra, mordendo o lábio.

Ele não espera mais. As bocas se colidem com urgência, os corpos se encostam e se reconhecem como se tivessem sido feitos sob medida. As roupas desaparecem entre toques afoitos, risos abafados e mãos ansiosas. Ravi a levanta como se ela não pesasse nada, a coloca sobre a cama, e paira sobre ela com os olhos ardendo em desejo e se enfia dentro dela com força.

Mas quando Islanne geme mais alto, ele cobre a boca dela com a mão.

— Se tu gemer desse jeito, a nossa mãe adotiva vai entrar com um terço e uma colher de pau — ele sussurra, ofegante.

A noite os acolhe, cúmplice silenciosa de um amor que nasce no meio do caos. Eles se amam com paixão e carinho, respeitando os próprios limites, mas sem esconder o que sentem. Ravi segura a mão dela com força e a mantém perto, como se não quisesse soltá-la nunca mais.

— Feliz Dia dos Namorados — diz ele, deitado ao lado dela, os dedos passeando em círculos nos ombros nus de Islanne.

— Feliz Dia dos Namorados, Ravi… — ela responde, com a voz baixa, os olhos fixos nos dele. — Eu não esperava isso, sabia?

— Nem eu. Mas tô aqui. Inteiro. Tô teu.

Eles se beijam mais uma vez, com a intensidade de quem ama como se fosse a primeira e a última vez.

A madrugada avança devagar. Do lado de fora, os grilos cantam, o cheiro da terra molhada invade o quarto, e a lua ilumina discretamente os corpos entrelaçados. Ali, sem reservas, sem armas, sem controle, eles apenas são.

A noite termina. O amor permanece.

Mas... quem mais sabe que esse amor realmente nasceu?

Feliz Dia dos Namorados!!!

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