O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 256

O céu, naquele início de manhã, se rasga num tom de ouro líquido. O sol surge com uma força quase simbólica, como se até o universo soubesse que algo importante está prestes a acontecer. Os raios invadem os vitrais altos da mansão Schneider como mensageiros silenciosos, iluminando os corredores frios com uma luz quente, quase sagrada. Há algo no ar. Algo que não se pode explicar com palavras, apenas sentir. Como um presságio. Como um recomeço.

No quarto principal, a imagem é de um amor sereno e poderoso. A pequena Lua dorme entre os pais, com um sorriso que parece vir de outro mundo, um sorriso de anjo. Marta observa a filha com olhos marejados, passando os dedos delicadamente pelos cabelos ainda ralos da bebê. Seus traços são suaves, mas firmes, como os de alguém que sofreu e venceu. Ela inspira fundo, absorvendo aquele momento com toda a alma.

Ao seu lado, Jonathan resmunga com preguiça, os olhos ainda fechados, os braços cruzados atrás da cabeça:

— Não quero sair hoje. Quero ficar aqui… com vocês duas. Só nós.

— Eu também quero — Marta responde baixinho, com a voz doce, quase embargada. Inclina-se e beija o ombro dele com ternura.

— Mas você sabe... a empresa não para. E se você for... eu vou com você.

Ele abre um olho, surpreso. Um sorriso desponta, preguiçoso, mas verdadeiro.

— Vai mesmo?

— Só vou arrumar as coisas da Lua. Hoje é um dia especial. Hoje... nós vamos juntos.

Essa simples frase desarma Jonathan por completo. Ele a olha como se visse um milagre acontecer diante dos seus olhos e, de certa forma, vê mesmo. Marta, depois de tudo, depois da dor, da perda, do afastamento... está ali. Inteira. Presente. Firme como sempre, mas agora com algo a mais, a luz da maternidade irradiando de cada gesto seu.

Alguns minutos depois, ela desce as escadas com a sacola da bebê no ombro. Está elegante, sem exageros, com um brilho que vem de dentro. Jonathan carrega Lua nos braços com um cuidado quase reverente. Eduardo os espera na porta, encostado no batente, os braços cruzados e um sorriso discreto no rosto. O motorista tenta se mostrar durão e tem olhos que não conseguem esconder a emoção.

— Acha que o mundo está pronto para isso? — ele pergunta com humor, olhando para o trio.

Marta ri suavemente. Jonathan apenas balança a cabeça com um meio sorriso, enquanto coloca Lua com cuidado na cadeirinha do carro.

Eduardo dirige como se transportasse uma relíquia viva. E, de certa forma, está mesmo. O silêncio no carro não é vazio, é cheio de promessas. Marta observa a cidade passar pela janela com os olhos brilhando. Jonathan segura sua mão. Não dizem nada. Não precisam.

Ao chegar à sede do Grupo Schneider, o impacto é imediato.

A fachada moderna e espelhada parece mais viva, mais vibrante sob o céu claro. Mas é lá dentro que algo realmente acontece. Funcionários param de andar. Vozes se calam. Máquinas se aquietam por instantes. Há um burburinho que começa tímido e cresce como uma onda:

— “Marta voltou...”

— “É ela. Marta está aqui.”

Quando Marta entra no saguão, com Lua nos braços e Jonathan ao lado, é como se o coração da empresa voltasse a bater. O tempo congela por um segundo. Todos a olham como se estivessem diante de uma rainha retornando ao seu trono, e não é exagero. Para muitos ali, é exatamente isso.

Na presidência, Mônica, a secretária de longa data de Jonathan, arregala os olhos e corre até Marta, emocionada. A abraça com força, os olhos brilhando.

Diretores, acionistas, gerentes... todos querem vê-la, tocá-la, conversar com ela. Marta sorri, segura, mas com um brilho emocionado. Lua dorme em seus braços, e todos a cercam com respeito e reverência. Não é só a ex assistente do presidente que está ali. É a mulher que fez a diferença. Que marcou cada canto da empresa com sua presença. E agora, com a filha nos braços, parece ainda mais forte.

— Está linda, Dona Marta — diz um diretor de produção.

— A gente sente sua falta todos os dias — emenda outro.

— Você tem uma filha linda. E tem um lugar esperando por você. Sempre teve.

Ela agradece, uma a uma, com a voz embargada e o sorriso firme. Jonathan observa de perto, orgulhoso. Vê como todos a admiram, como ela comanda sem esforço, como sua simples presença reorganiza tudo ao seu redor.

Mônica se aproxima.

— Marta... posso... posso carregar a Lua?

— Claro que pode — Marta sorri, entregando a filha com cuidado.

Mônica segura Lua como se carregasse uma flor rara. Seus olhos marejam.

— Meu Deus... ela é um anjo. Linda demais.

O Retorno da Rainha 1

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