O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 267

O silêncio da casa pesa mais que qualquer grito. Jonathan senta-se à beira da cama, os cotovelos nos joelhos, a cabeça baixa. O celular em sua mão vibra com uma notificação. Ele já sabe do que se trata. Há dias, semanas, sua vida inteira se resume a isso, esperar uma resposta que não vem. E hoje, finalmente, ela chegou. Ele se levanta, dá um beijo apressado em Marta, que embala Lua com um olhar calmo demais para a tormenta silenciosa que também a habita, e diz:

— Preciso dar uma saída rápida. Coisa da empresa.

— Jonathan... — ela tenta perguntar mais, mas ele já está na porta.

Ele não quer mentir. Mas também não quer que ela carregue ainda mais peso. Porque o que está prestes a ouvir... pode ser o fim de tudo.

No centro de São Paulo, atrás de uma fachada discreta, Jonathan encontra Ravi. O amigo que está por dentro de tudo e continua investigando, ele o espera em silêncio, mãos nos bolsos e olhos fixos no nada. Ambos sabem o que essa reunião significa. Sem cumprimentos calorosos, sem palavras inúteis. Apenas caminham lado a lado pelo corredor até a sala de reuniões reforçada. Lá dentro, estão o Secretário de Segurança Pública do Estado, o Delegado Geral da Polícia Civil, dois peritos, e um agente da inteligência federal.

Jonathan respira fundo e entra.

— Senhor Schneider, senhor Smith — diz o secretário, sério. — Obrigado por virem.

— Vamos direto ao ponto — pede Jonathan, a voz tensa. — Qualquer informação, por mínima que seja.

O delegado abre a pasta. O ar na sala parece congelar.

— Estamos prestes a completar um mês desde o desaparecimento de Jeff, o seu filho. O cenário, como sabem, foi atípico. A cidade do interior estava em alerta máximo por conta da tempestade. Alagamentos, falta de energia, e todas as câmeras da maternidade estavam offline na noite do parto. As geradoras falharam.

—Não me conformo com isso? — resmunga Ravi. — Nenhuma câmera de segurança, nenhum alarme, nada?

— Foi um colapso total. E talvez... premeditado. Ou aproveitado por alguém.

Jonathan fecha os punhos. Ele se lembra de tudo que ouviu sobre aquele dia com clareza brutal. O atropelamento de Marta, a correria até a maternidade, a confusão, o nascimento prematuro, e depois… o vazio. O bebê simplesmente sumiu.

— Vocês chegaram a alguma conclusão? — pergunta Jonathan, o tom mais baixo.

O secretário troca um olhar com o delegado antes de responder.

— Há um nome. Um enfermeiro que estava de plantão naquela noite: Hermes. Ele não apareceu para o turno seguinte. Sumiu. Depois pediu demissão. Nós rastreamos movimentações bancárias suspeitas, ligações apagadas. E então, três dias atrás...

O delegado desliza uma foto pela mesa.

— O corpo dele foi encontrado em uma área rural, no sul do estado. Torturado. Executado. Estava irreconhecível, mas o DNA confirmou.

Jonathan fecha os olhos por um segundo. Hermes era a única ponta solta. E agora, todos já sabem que ele está morto.

— Torturado? — pergunta Ravi, olhando para a imagem com frieza treinada. — Isso indica que ele sabia de algo. E que alguém... quis calá-lo.

— Exatamente — responde o delegado. — Não foi latrocínio. Nem acerto de contas comum. Foi uma execução limpa, cirúrgica. E temos indícios de que ele fez um contato anônimo com um endereço criptografado em um fórum investigado por tráfico humano.

— Vocês acham que Jeff foi levado por... uma rede de tráfico? — A voz de Jonathan falha pela primeira vez.

— É uma hipótese — diz o secretário, com pesar. — Ainda não podemos confirmar. Mas é o caminho mais provável, infelizmente. As primeiras horas de um sequestro são cruciais. Nesse caso, perdemos dias. Talvez... semanas.

Silêncio.

— Então vocês estão me dizendo que meu filho foi levado... que sumiu do mapa... e que não temos nada?

— Temos perguntas — responde o delegado.

— E um aviso: quem fez isso, fez com precisão. Isso não é ação amadora. Alguém investiu muito para que esse bebê desaparecesse. A questão é, por quê?

Jonathan levanta, caminha até a janela fechada da sala e apoia as mãos no parapeito. O reflexo de sua expressão parece envelhecido pela dor.

— Continuem investigando. Use quem precisar. Eu não vou enterrar meu filho sem saber onde ele está. Nem vou aceitar que ele “evaporou”.

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