O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 268

O céu ainda nem clareou completamente quando Miguel calça as botas, pega o tablet e cruza o terreiro do Sítio Maia. O orvalho da madrugada ainda adorna a grama, e a luz dos primeiros raios do sol recorta a silhueta dos galpões modernos como uma promessa de mais um dia de trabalho. Ele não gosta de perder tempo. A precisão dos dados, o controle da produção, os cuidados sanitários, tudo depende da sua atenção. Mas hoje, há algo diferente no ar. Um incômodo sutil, como se algo estivesse por acontecer… ou por ser revelado.

Com os gestos firmes de quem domina a rotina, Miguel inicia o circuito pelos galpões. Primeiro os pintinhos, pequenos e frágeis, aquecidos sob o controle térmico das lâmpadas. Em seguida, segue para os galpões dos frangos em fase de terminação. Observa, anota, confere os dados nos sensores automáticos. Tudo em ordem. Mas a mente dele não está. Um vazio o acompanha em silêncio, uma ausência que se traduz em nomes: Marta. E Lua.

De volta à casa, o aroma de café fresco e pão quente invade os sentidos. Dona Maria termina de tirar uma fornada do forno de lenha quando ele entra e se senta à mesa. Logo, Seu Heitor chega também.

— O dia promete, hein? — comenta o velho, esticando a coluna antes de se sentar.

— Sempre promete, pai. O trator já tá pronto?

— Deixei só a grade esperando. Vou preparar agora.

Dona Maria começa a servir os pães caseiros, ovos mexidos, leite e manteiga. A conversa vai ganhando ritmo, recheada de risos contidos e comentários do cotidiano, até que um silêncio surge quando o nome de Marta escapa dos lábios de Dona Maria.

— Essa casa sem Marta e aquela menininha… fica grande demais — diz ela, tentando disfarçar o olhar marejado com um sorriso. — A Lua dava vida até para o canto dos passarinhos.

— E o Jeff… — completa Seu Heitor, com um suspiro amargo. — Já vai fazer um mês e nada.

Antes que o clima pese demais, a porta se abre com um estrondo alegre e familiar.

— Gente! Eu tô morrendo de fome! — anuncia Darlene, trazendo um balde de leite fresco nas mãos e os cabelos ainda molhados de suor do curral.

— Mas que alvoroço, menina! — diz Dona Maria, rindo. — Vem cá, me dá esse balde. Vai sentar logo, antes que caia dura!

— Se eu cair, é dentro da caneca de café! — retruca Darlene, já se servindo com gosto.

Ela se junta à mesa e, como sempre, o seu jeito espontâneo muda o ritmo da conversa. Traz leveza, preenche os silêncios com histórias da lida e arrancando risadas até de Miguel, que costuma ser mais reservado. Mas nem mesmo a presença ruidosa dela apaga o assunto que permanece pairando como sombra, a saudade.

Depois do café, Seu Heitor se levanta para ir ao trator. Miguel estica os braços, anuncia que vai estudar, e segue para o quarto com o tablet debaixo do braço. Darlene, curiosa como sempre, vai atrás.

— Miguel, que matéria é essa? — pergunta, espiando por cima do ombro dele.

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