O dia de Jonathan se arrasta em um desgaste implacável. Reuniões intermináveis, decisões de alto impacto, contratos sendo fechados e outros tantos sendo desfeitos. Ele é um homem metódico, prático, disciplinado, mas algo dentro dele está fora de controle. A imagem de Marta surge em sua mente nos momentos mais inoportunos, perturbando sua concentração com lembranças e desejos que não deveria ter. Até mesmo durante uma conversa com sua irmã, Islanne, sobre investimentos em pesquisa, ele se pega distraído, tentando afastar o pensamento daquela mulher que não deveria ter importância alguma em sua vida.
No final do expediente, exausto e inquieto, ele chama Mônica para um último briefing. A secretária lhe atualiza sobre os acontecimentos do dia, informando os relatórios pendentes e o andamento das operações. Jonathan ouve com atenção, mas sua mente continua presa em outro lugar. Quando a conversa termina, ele sai do escritório com uma decisão silenciosa: precisa espairecer, precisa aliviar essa tensão de um jeito que sempre funcionou antes.
Sem pensar duas vezes, ele segue para o Encantuss, um dos locais mais exclusivos da cidade, discreto e luxuoso. O lugar onde ele se permite esquecer de tudo, onde busca alívio sem envolvimento, sem compromisso, sem culpa. Como sempre, sua presença ali não causa alarde. Jonathan é um homem que sabe se manter discreto até mesmo nos lugares mais comprometedores.
Uma bela acompanhante logo é escolhida por ele. Loira, olhos claros, corpo impecável, educada e treinada para oferecer exatamente o que ele precisa. Assim que entram no ambiente reservado, ela se aproxima com um sorriso profissional.
— O que deseja hoje, senhor?
Jonathan não pensa muito antes de responder:
— Uma massagem.
Ela o conduz para um ambiente favorável, onde ele tira a roupa e se deita, sentindo as mãos habilidosas percorrerem as suas costas. O toque preciso alivia a tensão acumulada em seus ombros, e pela primeira vez no dia, ele realmente relaxa.
A mulher sussurra em seu ouvido:
— Vire-se de frente, por favor.
Ele obedece imediatamente, e ela continua o trabalho, massageando seus pés, suas pernas, seus músculos rígidos pela pressão do dia. Mas logo, inevitavelmente, chega ao seu pau, tocando-o com habilidade, provocando um prazer que se intensifica rapidamente. Jonathan fecha os olhos, entrega-se às sensações. O toque se intensifica, e então, no auge do prazer, quando a tensão se desfaz em ondas violentas, um nome escapa de seus lábios em um gemido rouco e incontrolável:
— Marta…
O silêncio entre eles dura apenas um instante. A loira hesita, mas logo volta a deslizar as mãos pelo corpo dele, ignorando o deslize. Jonathan, no entanto, não ignora. Ele se amalldiçoa por dentro, a culpa crescendo como um veneno. Como pode ter deixado isso acontecer? Como pode ter permitido que aquela mulher invadisse sua mente a esse ponto?
Sem pensar, ele se levanta e recomeça o ritual de sempre. Coloca um preservativo, posiciona a mulher debruçada à sua frente, como faz com todas. Mas dessa vez, algo está diferente. Ele está ali, dentro de outra mulher, sem vínculo, sem compromisso, sem rosto. Mas em sua mente, a imagem que o consome não é a da loira sob suas mãos.
Jonathan a invade devagar, sentindo cada centímetro dele avançar, estoca lentamente, tentando se convencer de que o prazer está na carne quente que o envolve, no corpo perfeito diante dele, naquela bunnda empinada, nos gemidos que ela solta a cada investida. Ele alisa as costas dela, sentindo a pele macia sob os seus dedos, aperta o seu sei0, ouvindo o som da satisfação escapando dos lábios bem treinados dela. Mas não adianta.
Cada vez que fecha os olhos, vê Marta. Cada vez que a penetra mais fundo, imagina como seria segurá-la, sentir seu calor, ouvir sua voz embargada de desejo. Ele está ali, dentro de outra, mas seu corpo inteiro está chamando por Marta. Ele mal consegue acreditar no que sua própria mente está fazendo com ele.
Ele precisa mudar isso. Precisa voltar ao controle.
— Se toca para mim, gostosa! — ordena, a voz rouca, carregada de desejo reprimido.
A loira solta um pequeno sorriso antes de deslizar a mão entre as próprias pernas, gemendo suavemente enquanto seus dedos começam a estimulá-la. Jonathan sente um espasmo de prazer ao ver a cena refletida no espelho. Ela se contorce levemente, a respiração acelerada, murmurando entre suspiros:
— Mais forte... me fodeh mais forte...
Algo nele se solta.
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