O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 291

O celular vibra no bolso de Islanne e, ao ver o nome do irmão na tela, ela atende com um leve sorriso. É raro Jonathan ligar assim, logo cedo, sem mensagem antes, sem aviso. Há algo diferente no tom da manhã.

— Fala, maninho — ela atende, animada, digitando algo no teclado do computador com a outra mão.

— Islanne, bom dia. Consegue vir aqui em casa hoje? Lua tá meio chorosa e não quero sair de casa. A Marta tá cansada… — A voz dele soa suave, mas cansada. — E eu preciso assinar aqueles documentos que você comentou. Você pode trazer?

— Claro, Jon. Não se preocupa, eu dou um jeito de organizar tudo por aqui e levo. — Ela pausa por um segundo, a voz um pouco mais firme. — Mas você tem certeza de que não precisa de mim aí para mais nada? Lua tá bem mesmo?

— Tá sim. Fica tranquila. Ela só tá manhosa, deve ser cólica, essas coisas de bebê. Mas qualquer coisa, se mudar o quadro, eu aviso, pode ficar tranquila. Só queria mesmo ficar com ela hoje, sabe? Marta tá cuidando bem, mas eu tô aqui para ajudar também.

Do outro lado da linha, Islanne sorri com carinho. A sensibilidade do irmão para com a família sempre a emocionou. Ele não demonstra tanto, mas quando se trata dos seus, Jonathan é como uma muralha, presente, firme, disposto a tudo.

— Tá certo, irmão. Eu organizo tudo, imprimo os contratos e levo aí para você assinar. Até mais tarde.

Jonathan desliga e, por alguns segundos, observa Lua ao lado, aninhada nos braços do avô Afonso. Marta ri na cozinha com Catia e Cici, as vozes se misturam com sons de panelas e cheiros que invadem a casa como um abraço. Há paz ali. Uma paz que ele jamais imaginou que conseguiria sentir de novo.

Enquanto isso, na empresa, Islanne é um furacão vestida de alfaiataria impecável. Resolve pendências, deixa instruções com uma estagiária, e antes de sair, passa rapidamente na sala de Mônica, sua secretária para avisar:

— Môni… hoje eu vou na casa do Jonathan, assinar uns papéis com ele, mas sabe aquela sensação de que não volto hoje?

— Intuição forte, hein? — diz Mônica, sorrindo. Nunca se sabe.

Islanne dá risada e pisca.

Com Dante ao volante, e sempre como uma sombra discreta, ela segue viagem. Pela estrada, Dante a observa pelo retrovisor com o cuidado de sempre. Ela percebe e provoca:

— Relaxa, valentão. Hoje eu não vou fugir, prometo.

— Já ouvi isso antes — retruca ele, seco, mas com um leve sorriso no canto da boca. E Islanne lembra, com um misto de vergonha e riso, das escapadas que tentou dar no passado. Mas tudo mudou depois do atentado contra Marta. Desde então, Jonathan não apenas reforçou a segurança, como deixou claro que se ela ousasse driblar Dante, ele mesmo lhe daria uma surra e Islanne sabe que com Jonathan, ameaças não são jogadas ao vento.

Na mansão, o dia corre em plena harmonia. Marta e Catia cuidam dos pratos, Cici organiza os talheres com a precisão de quem conhece aquela casa como ninguém. Afonso, sentado na poltrona com Lua no colo, canta uma antiga cantiga que aprendeu com a mãe, enquanto Jonathan observa a cena, com um sorriso discreto.

O som de pneus na entrada rompe a calmaria.

— Ela chegou — diz Jonathan, se levantando.

Mas nada o prepara para o furacão que atravessa a porta da frente.

— Onde está a minha sobrinha?! — grita Islanne, já invadindo o hall da casa como um raio.

— Cadê essa bolinha com cheirinho de leite?

Ela para de repente.

Congela.

Seus olhos percorrem a sala, como quem enxerga um fantasma. Mas não… não são fantasmas. São sua mãe… e Cici. Sua Cici.

Islanne solta um grito abafado e corre como uma criança. Se atira nos braços da mãe com tanta força que quase derruba Cátia na cozinha. Chora, soluça, ri ao mesmo tempo.

— Mãe… mãe… mãe…

Cátia a abraça, acaricia os cabelos da filha, com as mãos trêmulas e o coração explodindo no peito.

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