O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 292

O som dos pneus no cascalho da entrada ecoa como um prenúncio. Eduardo salta do carro de aplicativo, deixou o carro de Jonathan na concessionária para revisão, o cenho franzido e uma nuvem pesada sobre os ombros. A mansão Schneider, com a sua imponência silenciosa, parece respirar expectativa à medida que ele atravessa a porta da frente. O rosto fechado, o corpo rígido, e o olhar duro anunciam que o humor dele não é dos melhores e logo se confirma.

— Que trânsito infernal! — resmunga, jogando as chaves em cima da mesa do hall. — Já deixei o carro do Jonathan na oficina, pego amanhã.

— Bom dia para você também — retruca Jonathan, erguendo uma sobrancelha.

— E a Lua, já acordou?

— Cadê ela? — responde seco, sem humor.

Jonathan suspira.

— Está na hora de fazer a sua própria filha, Eduardo.

Ele dá um meio sorriso torto.

— Tenho a Lua. E não preciso de mais nada… por enquanto.

A seguir, baixa a voz.

— Mariana mandou mensagem. Conseguiu adiantar tudo. Tá voltando para casa. Tô ansioso. Maluco de saudade da minha irmã.

Ele então atravessa a sala com olhos famintos de expectativa, mas a menina que procura não está lá. Em vez disso, depara-se com Cátia, Afonso e Cici, sentados em meio a conversas interrompidas.

— Afonso. Cátia — cumprimenta com um leve aceno, cortês, mas distante.

E ao passar por Cici:

— Bom dia.

O tom é frio. Quase gélido.

— Estou na ala dos empregados. Preciso tomar um banho.

Marta, que estava ao fundo, se levanta de imediato, surpresa, quase magoada com o jeito seco dele. Vai atrás, mas é detida por Jonathan.

— Espera um pouco, Marta. Dá um tempo pra ele.

O gesto não passa despercebido. Todos na sala percebem, há um cuidado diferente no olhar de Marta, uma inquietação doce, um afeto que não consegue mais esconder. Mas ela se segura por respeito. Só por alguns minutos.

— Eu… eu vou ver se ele almoçou. Saber se precisa de alguma coisa… — diz ela, como quem tenta convencer a si mesma.

Cici ergue o olhar, e a sala parece encolher.

— Ele tem os motivos dele, Marta.

Marta a encara, confusa.

— Que motivos?

— Logo você vai entender tudo. Mas não o pressione. Se o Eduardo se sentir encurralado… ele explode.

Nesse instante, Eduardo reaparece na porta do corredor. O cabelo ainda úmido, a camisa trocada, mas o rosto… o rosto é puro confronto. O olhar dele encontra o de Cici, e algo prende o ar entre os dois.

Por um segundo, ninguém respira.

O mundo desaparece.

É como se só existissem eles dois, cercados por alguma história não contada, ferida mal cicatrizada, algo muito antigo ou muito recente que ninguém sabe dizer.

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