Um mês depois
Jonathan sente o peso do dia logo ao acordar, mas não sabe explicar o motivo. Algo dentro dele está inquieto. Como sempre, a xícara de café já o espera na mesa, preparada por Marta. Mas dessa vez, ele não come. Apenas toma um gole do café e sai sem dizer nada. A ausência de palavras parece criar um abismo entre eles, mas Marta não questiona. Apenas observa sua partida com um olhar que ele nunca percebe.
Ele dirige sem rumo pela cidade, tentando organizar os próprios sentimentos, até que decide voltar para casa. Mas ao chegar, algo o surpreende. Marta não está lá. Ela nunca sai de casa. Onde diabos ela está?
Sem conseguir ignorar a inquietação, vai até o escritório, tenta trabalhar, mas sua concentração é inútil. Levanta-se e vai até a cozinha. A garrafa de café ainda está lá. Ele se serve, sentindo a estranha ausência dela. Por onde anda, Marta?
Horas depois, ao checar as câmeras do carro, vê que ele está em movimento. Com um clique, a imagem surge na tela, e ele a vê. Marta está com Eduardo. Eles conversam e, para a fúria de Jonathan, ela sorri para ele. Como se isso não fosse o bastante, Eduardo a convida para um cinema.
— Sim, eu adoraria — ela responde, e Jonathan sente o sangue ferver.
Ele quer socar algo. Quer arrancar aquele sorriso do rosto de Eduardo. Mas não pode fazer nada. Apenas assiste enquanto Marta aceita o convite.
No final da tarde, ela chega em casa carregando sacolas. Shopping. Foi fazer compras. Ele não diz nada. Apenas a observa, escondido nas sombras, quando ela sobe para o quarto sem notar a sua presença.
Ele tenta se concentrar no trabalho, mas não consegue, deveria ficar no seu próprio espaço. Deveria ignorá-la. Mas seus pés não obedecem. E então ele a vê.
Mais uma vez, Marta sai do banheiro nua, como se fosse para puni-lo, ela imagina esta sozinha em casa. Jonathan trava. O desejo explode em seu peito como uma bomba. A pele dela está úmida, brilhando sob a luz fraca do quarto. A bundinha empinada, os sei0s fartos e firmes, e a bucetinha pequena, completamente depilada. Ele imagina a sua língua ali, sentindo o seu sabor, arrancando gemidos. Está a ponto de explodir.
Ela se senta na cama e passa um hidratante pelo corpo, espalhando o creme com as mãos delicadas. Jonathan sente que está sufocando. O que diabos está fazendo aqui? Ele deveria sair. Agora. Mas seus olhos não desviam. O desejo toma conta dele de uma forma que nunca aconteceu antes. Ele sente a ereção latejando dentro da calça. Ele precisa dela. Agora.
Mas ao invés de avançar, ele foge. Corre para o próprio quarto como um covarde.
Arranca a gravata, os botões da camisa voando enquanto ele puxa o tecido com violência. Arranca o resto da roupa e mergulha na água fria do chuveiro. Mas nem isso alivia seu estado. Seu pau continua duro, pulsando de desejo.
Ele pensa na garota de programa que f0deu na noite anterior. Tenta se concentrar no corpo dela, no prazer bruto e sem sentimentos. Mas quando a mão envolve seu próprio pau e o movimento começa... é Marta quem ele vê.
O rosto dela, os gemidos que ele imagina que faria, o gosto que ele deseja provar. O corpo pequeno se contorcendo sob ele enquanto a invade fundo.
Ele aperta os olhos e g0za forte, descontrolado, tremendo como um adolescente inexperiente.
— Marta... — solta em um gemido rouco.
O silêncio do quarto ecoa de volta para ele. O peito sobe e desce, pesado. O coração martela contra as costelas.
Ele se sente um canalha. Um desgraçado. Mas nada muda o fato de que agora sabe a verdade. Marta é dele.
A pergunta que fica no ar, no entanto, é outra.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino