O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 312

O relógio marca quinze para as três quando um ronco grave de motor se aproxima dos portões da mansão Schneider. O sol da tarde brilha alto, refletindo no tanque preto fosco da moto que para diante da entrada. A mulher retira o capacete devagar, revelando o cabelo vermelho como fogo, preso em um coque despojado. Os olhos, protegidos por óculos escuros, escondem uma firmeza rara, e quando ela os tira, revela a sagacidade de quem já viu de tudo e sobreviveu.

Eduardo, encostado no pilar do portão interno, já esperava por ela. Não sorri, mas seus olhos suavizam, reconhecendo ali não apenas uma profissional confiável, mas alguém que representa um elo de segurança com o passado que ele ainda valoriza.

— Pontual como sempre, Ruiva — ele diz, abrindo o portão com o controle.

— E tú, sempre com essa cara de enterro — ela rebate com um meio sorriso, andando na direção dele. — Você não me chama aqui se não for sério, então… que merrda deu dessa vez?

— Cici.

A palavra sozinha basta. Ela arqueia uma sobrancelha, o semblante endurecendo imediatamente.

— Aquela mesmo?

— Aquela. Agora virou patroa. Ou quase isso. Mãe biológica da Mariana e... minha também.

— Putta que pariu.

— Exato — Eduardo concorda, sem qualquer humor.

Eles caminham lado a lado em direção à lateral da casa. A moto permanece ali, reluzente no concreto quente. Eduardo evita passar pela entrada principal, querendo mantê-la longe de olhares curiosos até apresentá-la a Jonathan.

— Preciso de um tempo. Saí do limite. Se eu ficar aqui mais uma semana respirando o mesmo ar que ela, faço besteira. Não por mim. Pela Mariana, pela Marta... pela Lua. Você vai entrar no meu lugar. Só provisório, mas o Jonathan precisa olhar nos seus olhos, aprovar. E você sabe como ele é com a filha e a mulher dele.

Ela assente, séria.

— Entendi. Proteção total. Corpo e alma. Sem brechas.

— Isso. E preciso que você seja mais que parede. Marta é sensível, observadora. Ganha a confiança dela, sem forçar. Lua é um bebê, mas parece captar tudo.

Eles param no jardim dos fundos. A mansão brilha sob o sol, mas para Eduardo, aquele lugar perdeu o calor de casa.

— E você? Vai para onde?

— Fazenda. Ver alguém que... — ele hesita — ...que me faz lembrar o que é respirar de verdade.

A ruiva sorri com ternura discreta.

— Tá apaixonado Edu?

Eduardo lança um olhar de lado, desconfiado.

— Como você sabe?

— Eu sei tudo, Edu. Você é transparente quando tenta esconder algo. E quando o “algo” é alguém que te devolve paz, dá para sentir a quilômetros.

Ele respira fundo, depois solta um suspiro.

— Vamos. Te apresento ao Jonathan. Se ele bater o olho e não aprovar, você nem entra.

Ela solta uma risada baixa e confiante.

— Ele vai aprovar. Eu sou boa no que faço. E você sabe… sou leal até o fim.

Jonathan está na sala de estar, camisa dobrada até os cotovelos, gravata solta no pescoço, quando ouve os passos se aproximando. Ele ergue os olhos do celular e observa Eduardo entrar com a ruiva ao lado, coloca o aparelho de lado. A mulher caminha com passos firmes, postura reta, olhar sereno, mas atento. Jonathan a examina de cima a baixo, em silêncio. Não é um julgamento grosseiro, é avaliação. Ele quer saber, no primeiro olhar, se ela é digna de proteger quem ele mais ama.

Eduardo rompe o silêncio, direto:

— Jonathan, essa é Isadora. Mas a gente sempre chamou de Ruiva.

Ela estende a mão, firme, mas educada.

— Isadora Montenegro. Ex-Polícial Federal, especialista em combate tático, vigilância e rotinas executivas. Já trabalhei com Eduardo em três operações privadas e em duas internacionais. Vim para substituir ele temporariamente, se você aprovar.

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