O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 317

O sol ainda beija as copas das árvores quando o portão principal da mansão Schneider se abre para receber a nova guardiã. A moto preta avança pelo caminho de pedras, ronronando com elegância. A figura de Isadora Montenegro surge envolta pela luz dourada da manhã — cabelos presos, expressão neutra, e os olhos como faróis atentos.

Dentro da casa, o aroma de café fresco, pão tostado e frutas maduras preenche o ar. Marta está servindo suco para os sogros, Afonso e Cátia, enquanto Jonathan, já de blazer, confere algumas mensagens no celular. Cici, com um vestido claro, desce as escadas lentamente. O ambiente parece harmonioso… até a batida firme na porta ecoar pela sala.

Jonathan ergue o olhar, Marta se adianta. Ao abrir a porta, o sorriso dela se expande — um misto de curiosidade e acolhimento.

— Isadora… que bom que chegou cedo. — A voz de Marta é doce, mas o olhar é de quem está testando um terreno novo.

— Sempre fui de cumprir o combinado — responde Isadora, com um aceno cortês.

Jonathan se levanta de imediato e caminha até a porta, puxando levemente a manga do paletó.

— A gente já se conhece, mas agora é oficial — diz ele, se voltando para os pais. — Pai, mãe, essa é Isadora Montenegro. Ela vai substituir o Eduardo por alguns dias.

Afonso observa a mulher com atenção e um leve aceno de cabeça, enquanto Cátia, sempre mais expansiva, sorri com gentileza.

— Bem-vinda, querida. Eduardo nos falou muito bem de você — diz Cátia, com o tom leve, mas investigativo.

Isadora apenas sorri, respeitosa.

Então, Cici se aproxima, um pouco mais atrás. O olhar dela cruza com o de Isadora. Ambas se estudam em silêncio. Uma troca rápida, mas que deixa no ar uma espécie de campo minado emocional. Jonathan percebe e, como quem desenha limites com precisão militar, se antecipa.

— Isadora está aqui a meu pedido. Eduardo precisou tirar uns dias. A casa segue funcionando normalmente. Mas quero deixar algo claro para todos, ninguém entra sem a permissão dela. Ninguém. Nem prestador, nem conhecido. Se houver risco, ela tem minha autorização expressa para agir como necessário. Inclusive… ao extremo.

O silêncio que se instala é espesso.

Cici engole seco, assente com um movimento sutil e, sem dizer mais nada, sobe novamente para o quarto. A sombra de algo mais sombrio a acompanha, talvez mágoa, talvez culpa.

Jonathan se aproxima de Isadora, a voz baixa:

— Confio em você. Proteja a minha casa.

— Com minha vida, se for preciso — ela responde, firme como aço.

Ele segue com os pais para o carro, partindo para o Grupo Schneider. A porta se fecha atrás deles, deixando Marta e Isadora a sós.

— Café? — Marta oferece, sorrindo.

— Aceito. Mas com açúcar. Não gosto de amargo logo cedo — diz a ruiva, tirando a jaqueta de couro.

Enquanto Marta coloca a xícara na mesa e começa a conversar, Isadora permanece alerta, mas já mais à vontade. Elas falam sobre Lua, sobre como a menina tem acordado mais cedo, sobre as brincadeiras novas, mas Marta logo percebe algo. A forma como a ruiva olha para o andar de cima, depois para a porta da cozinha, depois... para o bebê-conforto vazio ao lado da poltrona.

— Você quer pegar a Lua, não é? — pergunta Marta, com um sorriso contido.

Isadora finge se esquivar, mas seus olhos já se iluminam.

— Eu… é que… é difícil explicar. Crianças… têm um efeito em mim.

— Ela está no cercadinho ali na sala. Vai lá.

Sem esperar segunda ordem, Isadora se levanta. Caminha até a sala onde Lua brinca com uma girafinha de pano. Ao ver a mulher se aproximar, a bebê ergue os braços como se a reconhecesse.

— Mas olha só, você é mesmo uma princesa — murmura Isadora, agachando-se e pegando Lua no colo com delicadeza.

Marta observa à distância, encantada. A expressão da ruiva muda completamente com o bebê nos braços. O olhar antes afiado agora se adoça. Ela brinca, sussurra, gira levemente com Lua nos braços, como quem tenta parar o tempo.

— Ela tem o dom de acalmar tudo. Até quem finge não precisar de calma — diz Isadora, quase para si mesma.

— Ela faz isso com a gente todos os dias — responde Marta, com um nó na garganta. — Obrigada por estar aqui.

Isadora olha para ela, segura:

— Eu prometi que protegeria vocês. E pode ter certeza… ninguém toca nessa criança enquanto eu respirar.

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