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O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 318

A manhã começa cinzenta, com nuvens pesadas cobrindo o céu, mas dentro da pediatria do hospital, uma luz tênue e calma emana do pequeno leito onde Vitor dorme. Os olhos inchados de tanto chorar na noite anterior agora repousam tranquilos. A febre cedeu, a agitação passou, e sua respiração tem o ritmo suave de quem finalmente encontra a paz.

Alan está sentado ao lado do filho, com a mão grande cobrindo delicadamente a barriga do bebê, como se aquele gesto fosse capaz de mantê-lo inteiro. Vivian, de pé ao lado do bercinho, observa o filho com olhos marejados, mas dessa vez, cheios de alívio.

A pediatra Camila entra no quarto com um sorriso discreto, prancheta nas mãos.

— O Organismo dele está reagindo muito bem. Os exames estão dentro do esperado para uma reação vacinal. Ele está bem. Pode ir para casa, doutor Alan. Só observem nas próximas 48 horas e mantenham a hidratação e o antitérmico, se necessário.

Alan assente. O alívio é quase palpável. Vivian agradece com a voz trêmula, e Camila faz um aceno gentil antes de sair, dando privacidade à pequena família.

Alan ajuda Vivian a ajeitar o bebê conforto. Vitor ainda está molinho, mas já emite pequenos sons de curiosidade, encarando os pais com aqueles olhinhos expressivos, como se também soubesse que o pior passou.

No carro, o caminho até em casa é silencioso, mas é um silêncio bom, cheio de significado, de gratidão. Vivian segura a mão do marido, e Alan mantém os olhos atentos à estrada. Quando finalmente entram em casa, Vivian suspira fundo ao cruzar a porta.

— Lar… — ela sussurra, e Alan sorri.

Ela acomoda o bebê no sofá, ainda no bebê conforto, e corre para buscar um paninho limpo e um cobertor leve. Alan segue até a cozinha, prepara uma mamadeira e retorna. Vitor mama devagar, ainda sonolento, mas já mais firme, mais tranquilo.

Depois do leite, Vivian o pega nos braços, o embala com delicadeza, e canta baixinho uma canção de ninar. Alan apenas observa, os olhos presos na cena que parece devolver ao mundo o eixo que havia saído do lugar.

— Obrigada por ontem — ela diz, sem olhá-lo. — Por ter ido tão rápido. Por estar ali… com a gente.

Alan se aproxima e beija a cabeça dela.

— Eu nunca estaria em outro lugar. Meu lugar é com vocês.

Quando Vitor enfim adormece novamente, Alan o leva para o quartinho, deita-o com cuidado no berço e cobre seu corpinho com o cobertor de bichinhos azuis. Ele e Vivian permanecem ali por alguns minutos, observando o filho em silêncio.

— Parece mentira que essa noite aconteceu — ela diz, acariciando o braço do marido.

— Foi um susto. Mas agora a gente já pode respirar — ele responde, puxando-a para um abraço.

— Acho que nunca mais vou conseguir ver uma vacina sem querer chorar junto — ela murmura, e os dois riem baixo, cúmplices.

— Você consegue dormir? — Vivian sussurra, sem desviar os olhos do filho.

— Ainda não — ele responde no mesmo tom, a voz embargada pelo cansaço e pela emoção. — Mas não porque tô preocupado… é só que olhar pra ele agora me dá uma paz tão grande. Mesmo depois do susto.

Ela sorri, deslizando os dedos no cabelo de Vitor.

— Eu me senti tão impotente ontem, Alan… ver ele molinho, chorando… eu… achei que tinha feito tudo errado.

Alan se aproxima um pouco mais e toca o rosto dela com carinho.

— Você fez tudo certo, Vivi. Ele foi vacinado, você notou a febre na hora certa, agiu rápido. Isso é ser mãe. Isso é ser uma leoa.

Ela fecha os olhos, contendo as lágrimas.

— Só de pensar que poderia ser algo mais grave…

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