O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 325

A varanda está mergulhada na luz dourada do entardecer. As folhas das árvores dançam lentamente com o vento quente, e o silêncio entre Mariana e Miguel, por um segundo, é confortável… até ser perigoso.

Ela cruza as pernas com elegância, o vestido leve balançando sutilmente. Miguel a observa de soslaio, lutando para parecer despretensioso. Mas é inútil.

“Bonita demais... delicada, educada, fina. Uma princesa”, pensa. E então ri sozinho, baixo, quase imperceptível. “Com uma dessas… até caso.”

Mariana percebe o riso contido e levanta uma sobrancelha, desconfiada.

— O que foi?

— Nada… só pensei besteira — ele responde, ainda sorrindo, os olhos fixos nela.

Mariana não insiste. Também está distraída demais com o que vê. Miguel tem algo que a intriga. Ele é bonito, muito bonito, uma aura boa, mas não é só isso. É o jeito de falar, de segurar o copo, de escutar. Há algo escondido por trás dos olhos dele. Um segredo talvez. Um passado que não se revela logo. E isso a puxa de um jeito que ela nunca sentiu.

Pela primeira vez na vida, Mariana está atraída por alguém. De verdade. De alma e pele.

— Você é formada em medicina há quanto tempo? — ele pergunta, inclinado na cadeira, tentando disfarçar o quanto a observa.

— Terminei agora a residência em ginecologia e obstetrícia — ela responde, orgulhosa.

Os olhos de Miguel brilham com curiosidade.

— Jura? Caramba… aqui na nossa região são poucos obstetras. Tem muitos clínicos, mas especialista, vem de fora, geralmente de São Paulo, atendem apenas no dia, mas nos plantões, são poucos.

— É… isso é um problema sério. Mas também é uma oportunidade — Mariana responde, ajeitando o cabelo atrás da orelha.

— Já pensei em montar uma estrutura mais humana, com atendimento digno para as gestantes do interior.

Ele assente devagar, impressionado. Os dois engatam num papo animado. Conversam sobre a região, os planos, o gado, o clima, os estudos dele em administração. A noite chega sorrateira, e as cigarras tomam conta do ar.

— Já tá tarde… — Mariana comenta, olhando para dentro de casa. — Darlene e Eduardo sumiram, não é?

— Se perderam de propósito — Miguel diz, rindo.

Eles se levantam quase ao mesmo tempo. Quando ficam frente a frente, a tensão muda de temperatura. A luz da varanda se suaviza, o tempo desacelera.

Ele se inclina para beijar o rosto dela, mas os rostos param perto demais. As bocas se tocam de leve. Um beijo tímido. Um roçar de lábios que se prolonga. Mas então, como se algo explodisse entre eles, o beijo se aprofunda.

A mão dela sobe para o peito dele. A dele segura a cintura dela. Corpos colados. Olhos fechados. O mundo apaga.

Ela o puxa com mais firmeza e ele segura seu rosto com as duas mãos, como se precisasse confirmar que é real. O beijo tem gosto de descoberta. E de entrega.

Miguel interrompe com alguns selinhos, tentando se controlar. Mas não consegue. A beija de novo. Com mais intensidade. Mariana retribui, ofegante, completamente rendida.

E é aí que a porta do escritório se abre.

Eduardo sai com Darlene nos braços, rindo, descabelado, suado… até ver a cena.

O olhar dele vira um raio.

— MAS QUE DIABOS ESTÁ A …!

Darlene, com a precisão de quem já conhece o temperamento do seu amado, belisca Eduardo com força na costela. Ele solta um “ai” indignado e recua.

— O que foi isso?! — ele resmunga.

Mas Mariana e Miguel continuam se encarando, hipnotizados. Como se tudo ao redor tivesse virado um borrão.

Eduardo bufa, perde a paciência.

— Miguel, seu filho da putta, vai embora. Agora.

Miguel, ainda com o olhar preso em Mariana, sorri e responde com o típico bom humor:

— Relaxa, Eduardo. Eu não gosto de homem… quero apenas a sua irmã.

— Vai se lascar, Miguel! — Eduardo retruca, esbravejando, sem saber se ri ou b**e.

Miguel caminha até Darlene, dá um abraço apertado nela, e depois estende a mão para Eduardo com respeito. Eduardo aperta, desconfiado.

— Só para avisar — Miguel completa com um sorriso travesso — eu vou me casar com ela.

— Você está pedindo para morrer, é isso?

— Não. Tô falando sério.

Antes de ir embora, ele volta até Mariana, segura o rosto dela com cuidado, a beija mais uma vez, com doçura e firmeza. Ela fecha os olhos e se derrete.

— Amanhã cedo… passo aqui. Quero te apresentar para a minha família. E te mostrar o sítio.

Ela sorri, sem hesitar.

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