O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 327

— Isso só pode ser piada! — Eduardo resmunga, cruzando os braços no batente da porta da cozinha.

— A minha irmã mal chegou e o Miguel já grudou nela feito um carrapato!

Mariana ergue uma sobrancelha, sentada à mesa, mexendo distraidamente o suco no copo.

— Você fala como se eu tivesse doze anos, Dudu.

— Para mim, tem. E sempre vai ter — ele rebate, o tom mais protetor do que bravo.

Darlene, que ajeita os talheres no prato, vira-se de leve e lança um olhar certeiro para ele.

— Qual o problema dele, Eduardo? — pergunta, com aquele tom calmo que só quem já venceu muita tempestade consegue usar.

— Miguel é um rapaz educado, trabalhador, de boa família. E Mariana é adulta. Formada. Capaz. Por acaso você acha que ela precisa de permissão para sentir?

Eduardo engasga com a própria irritação e tenta argumentar, mas Mariana se antecipa, levantando-se com postura firme e olhos decididos.

— Irmão, olha para mim. Até hoje, eu vivi para estudar. Me formei, fiz residência, ralei… enquanto você e o Jonathan viviam o mundo, eu estava entre plantões, provas e noites em claro. Agora, eu quero viver. Quero amar. Casar. Ter filhos. Não quero parir velha e nem ser avó dos meus próprios filhos. Cansei de esperar o tempo certo. O tempo certo… é agora.

O silêncio que se segue é denso. Eduardo a encara por um longo momento, a mandíbula travada. Mas há um brilho nos olhos dele. Um misto de orgulho e melancolia. Ele sabe que perdeu o controle sobre a menininha que criou. E, no fundo, ele sabe… isso é bom.

— Só não deixa ninguém quebrar o teu coração, Mari — ele diz, por fim. — Porque se quebrar… eu quebro ele no meio.

Mariana sorri, os olhos marejando sem querer.

— Combinado.

Logo, o jantar está servido. Dona Miriam trouxe arroz soltinho, feijão cremoso, carne de panela desfiando no garfo e uma farofa amanteigada que perfuma a cozinha inteira. A conversa flui tranquila, entre risos e provocações. Até que Eduardo relaxa um pouco.

Depois do jantar, todos se recolhem. Darlene acompanha Mariana até o corredor e, com delicadeza, pergunta:

— Tá precisando de alguma coisa no quarto? Travesseiro, cobertor extra?

— Tá tudo ótimo, obrigada — Mariana responde com um sorriso sincero.

Darlene se inclina um pouco, como quem compartilha um segredo:

— A porta do meu quarto fica só encostada. Se precisar de qualquer coisa… chama.

As duas trocam um olhar cúmplice. Mulheres diferentes, mas que se reconhecem no olhar firme uma da outra.

— Boa noite, Mari.

— Boa noite, Darlene.

Eduardo se aproxima e beija a testa da irmã.

— Dorme bem, minha menina.

— Eu tenho muito mais de vinte e um anos, Eduardo.

— E para mim vai ter sempre cinco. E aquele joelho ralado da bicicleta.

Ela ri, entra no quarto e encosta a porta.

Sozinha, Mariana se senta na cama, encosta-se no travesseiro e toca os próprios lábios. Ainda sente o calor dos beijos de Miguel. Sorri, boba, apaixonada. Pela primeira vez na vida… sentindo que algo novo está nascendo.

Enquanto isso, do outro lado da casa, Darlene fecha a porta do quarto e o encara devagar, com olhar malicioso.

Eduardo está encostado na parede, observando-a em silêncio. A respiração já começa a pesar só de vê-la caminhar pelo cômodo, desabotoando lentamente os botões da blusa.

— Ainda bravo? — ela pergunta, sem virar-se.

— Tô... tonto.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores
Você poderá ler este capítulo gratuitamente em:--:--:--:--

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino