O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 329

O dia amanhece com céu cinzento sobre a mansão Schneider. A neblina rasteja pelos jardins como um véu de silêncio, enquanto os primeiros sons da casa começam a brotar, o rangido leve das persianas, passos abafados nos corredores, o leve murmurar de Cici organizando o café.

No quarto principal, Marta desperta primeiro. Está aninhada ao peito de Jonathan, o corpo ainda colado ao dele, como se o sono tivesse tentado protegê-los um do outro. Ela não se mexe. Observa o rosto dele com atenção quase reverente. Há marcas de cansaço sob os olhos, mas também algo novo, uma firmeza silenciosa, como se uma parte dele finalmente tivesse acordado.

Jonathan abre os olhos devagar e encontra os dela. Não é preciso dizer nada. O que há entre eles naquele momento é mais forte que qualquer palavra.

Lá fora, Lua começa a emitir os primeiros sons de seu despertar. Marta sorri com ternura.

— Hora de enfrentar o mundo — diz ela, se levantando devagar.

Jonathan a observa pegar a filha no berço, embalá-la com carinho e beija-la na testa. Por um instante, o quarto inteiro parece envolvido em luz. É aquela imagem que ele leva consigo ao descer a escada pouco depois, vestindo uma camisa de mangas dobradas e expressão decidida.

Ele cruza o hall e segue direto para a sala onde encontra a mãe sentada à cabeceira da grande mesa de mármore, ao lado de Afonso e Islanne. Todos se viram ao vê-lo entrar. O clima é tenso, mas respeitoso.

— Jonathan — diz Cátia, sem conseguir esconder o alívio. — Estávamos discutindo justamente sobre você.

Ele não hesita.

— Eu vou me afastar. Por tempo indeterminado. Só comparecerei uma vez por semana. Preciso encontrar o meu filho. E estar com minha família.

O silêncio que se segue é espesso. Islanne é a primeira a reagir. Ela se levanta e caminha até o irmão.

— Eu sabia que você entenderia. E a gente vai te apoiar. Do jeito que for.

Jonathan a abraça com força. Não há mágoas entre eles, mas naquele instante tudo parece menor diante da dor que os une.

— Obrigado — ele diz, sinceramente.

Cátia não fala. Apenas observa o filho com olhos marejados, e Afonso dá um leve aceno de cabeça, orgulhoso, discreto como sempre.

Enquanto isso, no quarto, Marta troca Lua com delicadeza, cantarolando baixinho para acalmá-la. Mas algo a faz parar de repente. Um arrepio. Um sussurro invisível no fundo do peito. Ela segura a filha no colo, encosta a testa na cabecinha dela e fecha os olhos.

— Onde você está, meu filho? — murmura.

— Me dá um sinal… qualquer coisa…

Marta desce com Lua no colo. Jonathan a encontra no pé da escada, e os dois se abraçam com a filha entre eles.

— Vamos encontrá-lo — diz ele.

— Eu sei — responde ela.

E no fundo do coração, apesar do medo e da dor, Marta começa a sentir algo diferente. Algo que se move. Algo que desperta.

Será a intuição de mãe?

Ou será o destino finalmente começando a falar?

O aroma de café fresco, pão na chapa e bolo ainda quente invade a sala de jantar como um afago silencioso. Cátia,serve seu chá com calma, mas o olhar, atento, não perde nenhum detalhe. Afonso passa manteiga no pão com seus gestos metódicos, enquanto Cici organiza mais xícaras na bandeja com discrição. É um momento simples, quase banal, mas há algo diferente no ar. Uma espécie de trégua. De respiro.

Marta chega com Lua no colo. Os cabelos ainda úmidos da ducha, o olhar cansado, mas vivo. Jonathan está ao seu lado, atento como um cão de guarda amoroso. Ao ver a cena, Islanne sorri e se levanta de imediato, os braços já estendidos.

— Dá ela aqui, vai — diz, rindo com carinho.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores
Você poderá ler este capítulo gratuitamente em:--:--:--:--

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino