O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 341

O céu sobre a fazenda parece diferente, como se soubesse que algo fora do comum está prestes a acontecer. Um calor morno escorre pelas folhas, os cavalos relincham ao longe e os girassóis se curvam preguiçosos sob a luz dourada. Na varanda, Mariana se espreguiça devagar, tentando afastar a sensação de tédio que ficou depois que Darlene saiu com Eduardo. Ela dissera que preferia ficar, descansar, aproveitar um pouco da calmaria. Mas, no fundo, nem ela acreditava nessa desculpa. Talvez só quisesse ficar sozinha... ou talvez esperasse por algo, ou alguém.

E então, como se obedecesse a esse pensamento, o som de pneus sobre o cascalho faz seu coração tropeçar. Ela se levanta devagar e vai até a porta. O sol se derrama sobre o capô do carro que se aproxima, e quando Miguel desce, tirando os óculos escuros com um meio sorriso, Mariana sente um arrepio percorrer sua espinha.

— Achei que pudesse estar entediada, ele diz, aproximando-se com aquele andar despreocupado e charmoso que já virou assinatura dele.

— Um pouco, ela admite, cruzando os braços, sem conter o sorriso.

— Como sabia?

— Intuição. E talvez um pouco de desejo também.

Mariana cora. Os dois se encaram por um segundo longo demais para ser casual. Ele então ergue as chaves.

— Quer sair comigo?

Mariana hesita. É só um segundo. Um instante em que os olhos dela deslizam pelo rosto dele, lendo nas entrelinhas algo que talvez nem ele saiba que está oferecendo. Então, sem pensar muito, apenas sente.

— Quero — responde, a voz firme como um passo no escuro.

Miguel a conduz até o carro. Não diz para onde vão, só liga o motor e segura a mão dela com leveza. O toque é simples, mas carrega uma promessa silenciosa. O caminho se estende por estradas de terra, ladeadas por pastos e cercas antigas, até que ele estaciona no alto de uma colina. Dali, a fazenda de Darlene parece uma pintura, com o céu se abrindo em tons de laranja, azul e dourado.

No porta malas, Miguel tira uma manta, uma pequena caixa de madeira, frutas frescas, duas taças e uma garrafa de vinho. Mariana solta uma risada encantada.

— Você está tentando me impressionar, Miguel?

— Estou tentando merecer mais do que apenas um beijo leve, ele responde, com um brilho provocador nos olhos.

Ela revira os olhos, mas o sorriso denuncia o encanto. Eles se sentam sobre a manta. O vinho escorre suave nas taças, o sabor das frutas invade o ar e o tempo desacelera, como se decidisse presenteá-los com um dia só deles.

As conversas se alternam entre bobagens, lembranças e silêncios que não incomodam. A tensão entre os dois, antes discreta, agora vibra no ar. Está viva, latejante, impossível de ignorar. Os olhos de Miguel percorrem Mariana com uma intensidade que a faz tremer. Ele toca sua mão, desliza os dedos pelo braço até o ombro nu, onde a alça fina do vestido escorrega sem esforço. Mariana não recua. Ao contrário, aproxima-se mais.

— Você é diferente aqui, ele diz, voz baixa, rouca.

— Parece... livre.

— Talvez eu esteja começando a ser, ela sussurra, os olhos presos nos dele, entre coragem e medo.

O beijo vem como um rompante. Não é tímido. Não pede licença. É uma entrega urgente, carregada de tudo o que se calaram até agora. Miguel a deita sobre a manta, os corpos se encaixando como se feitos um para o outro. As mãos dele deslizam por sua cintura, sobem pelas costelas, alcançam a lateral do seio. Mariana não só permite: ela guia, provoca, convida.

— Tem certeza? — ele pergunta, a respiração entrecortada.

— Tenho — responde Mariana, firme, mesmo com a voz suave.

E é aí que Miguel percebe. O modo como ela o toca, como treme sob seus dedos, como respira rápido mas não recua… ela nunca esteve com outro homem antes. É virgem. E isso o faz parar por um segundo. O desejo ainda está ali, ardendo, mas ele precisa ter certeza de que ela entende o que está prestes a acontecer.

— Mari…

Ela leva o dedo aos lábios dele, impedindo qualquer argumento.

— Não pense demais, Miguel. Eu quero, eu escolhi você.

Ele sorri. Um sorriso de lobo, mas ao mesmo tempo, carregado de ternura. Então a beija com mais profundidade, mais intensidade. Suas mãos se tornam mais ousadas, explorando cada curva, cada espaço novo da pele dela. Mariana responde com suspiros doces, e seus dedos percorrem o peito dele por dentro da camisa. O calor entre eles cresce, pulsa, vibra como uma tempestade prestes a explodir.

A manta se transforma em santuário, palco, cama e céu. O perfume dela invade cada poro dele. A doçura do vinho dança entre os beijos. O batom se desfaz. As respirações se confundem, e os gemidos abafados se tornam música para aquele cenário.

Ele a observa com olhos famintos, mas controlados. Mariana sente o corpo ferver, vibrar com toques que despertam partes suas que ela mesma não conhecia. E Miguel, embora cada célula sua grite por mais, recua um pouco. Apenas o suficiente para olhar nos olhos dela de novo.

— Ainda não, meu amor, ele sussurra, firme, contra o ouvido dela.

Ela estremece. E ele também. Mas mantém o autocontrole. Afasta-se com delicadeza, estendendo a mão.

Ela segura. Sem hesitar. E só com o toque dos dedos, ele sabe que está perdido.

— Beijos… são perigosos — ele diz, com a voz arranhada de desejo. — Beijos dizem mais que sex0. Beijos ligam, conectam. Beijos… grudam.

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