A noite parece respirar junto com eles.
Dentro do quarto com luz baixa e paredes que testemunham mais do que qualquer confissão, o tempo não corre, ele paira. Como se o universo conspirasse para suspender cada segundo e mergulhá-los num instante eterno. Ali, entre lençóis brancos e desejos à flor da pele, Miguel sabe, ele está prestes a ter algo que ninguém jamais teve. E Mariana, mesmo sem dizer uma só palavra, sente que está prestes a dar mais do que o corpo. Está prestes a entregar uma parte da alma.
Ele a deita com delicadeza, como se fosse feita de porcelana rara. Beija-a com uma fome contida, com uma luxúria que se mistura ao carinho. Seu corpo cobre o dela com firmeza e reverência, como se a cada centímetro de pele tocada, ele sussurrasse uma promessa muda.
— Abra, ele pede, com a voz rouca, olhos fixos nas coxas dela.
Mariana cora, hesita por uma fração de segundo, mas cede. Abre as pernas lentamente, expondo-se com vulnerabilidade e poder ao mesmo tempo. Miguel a observa como quem contempla uma obra de arte. O olhar dele escurece, a respiração pesa.
Seus dedos sobem pela barriga dela, desenham caminhos sobre a pele quente, tocam os sei0s com devoção, e param bem no centro do peito, onde o coração de Mariana martela contra as costelas.
— Aqui… — murmura, sem tocar diretamente — é onde você vai me fazer ser melhor a cada dia. Por você.
Ela fecha os olhos. Um gemido suave escapa dos lábios. E então ele sorri. Aquele sorriso raro, que derrete certezas.
Seus lábios descem pela clavícula, exploram o vale entre os sei0s, depois percorrem lentamente a parte interna da coxa. Quando finalmente toca com a língua a intimidade dela, o mundo inteiro some. A respiração de Mariana torna-se ofegante, os gemidos se perdem nos travesseiros, o corpo se arqueia. Miguel a devora com calma, com precisão, com a fome de quem deseja marcar a alma de alguém através do prazer.
— Me diz que é minha — ele exige, com voz baixa, entre uma lambida e outra.
— Eu sou sua — ela geme, arqueando de prazer.
— Então me deixa te mostrar…
E ela deixa. As pernas se abrem mais, convidam, imploram. Miguel responde com a língua, com os lábios, com o olhar ardente. Cada beijo entre suas coxas é uma confissão de desejo. Cada lambida lenta é uma promessa. O corpo dela responde com tremores, com espasmos, com gemidos contidos. Ela agarra os lençóis, tenta se conter, mas o prazer escapa por todos os poros.
E ele a observa. Fascinado. Faminto. Louco por cada reação.
Quando seus olhos encontram os dela, ele sobe. Beija a barriga, os sei0s, o pescoço. O corpo inteiro de Mariana está sensível, quente, entregue.
— Está sentindo isso, meu amor? — ele sussurra.
— Está sentindo como seu corpo me chama?
Ela assente, sem conseguir falar. Só um sussurro:
— Miguel…
Ele acaricia seu rosto com os dedos, como quem segura algo precioso.
— Não se preocupe… serei carinhoso.
Miguel se afasta apenas o suficiente para tirar a roupa. A camisa desliza pelos ombros, revelando um torso forte, definido, de músculos tensos e desejo pulsante. Ele está nu diante dela, mas é Mariana quem se sente exposta, vulnerável… e poderosa.
Deita-se sobre ela, com parte do peso apoiado nos cotovelos. O sex0 dele roça na entrada dela, e ela solta um gemido, mais de antecipação do que de susto. Ele introduz um dedo. Devagar. Quer prepará-la. E ela geme. A sensação é intensa, nova, assustadora, mas também deliciosa.
— Relaxa… deixa eu te abrir… deixa eu te sentir primeiro.
O corpo dela responde com confiança. Miguel a leva ao limite com os dedos e com a boca. E quando ela g0za, pela primeira vez, gritando baixo contra o travesseiro, ele observa com olhos brilhando. O corpo dela treme. Ela está pronta.
— Está tudo bem? — pergunta, passando os dedos pela bochecha dela.
— Está mais que bem — ela responde, entre sorrisos e ofegos.
Ele volta a estimular Mariana com a língua, ela não resiste, cada vez se oferece mais a ele.
Então vem o momento.
Ele se posiciona. Os olhos nos dela.
— Mariana… você tem ideia do que está me dando?
— Não… mas só quero que você me sinta. Como eu sou.
Miguel não responde com palavras. Apenas se inclina e a beija com intensidade e carinho.
Quando ele pressiona o sex0 contra a entrada dela, tudo se resume a aquele instante. Mariana prende a respiração. Ele entra devagar, milímetro por milímetro. E então, o rompimento. Miguel geme alto, rouco, gutural. Os olhos fecham por um momento. O aperto dela é quase insuportável de tão bom. A sensação de ser o primeiro a tocá-la assim o atinge como um trovão.
Ele paralisa por alguns segundos, tentando recuperar o controle. Cada músculo do seu corpo vibra. Ele quer ir com calma. Quer que ela sinta prazer, não dor. Quer que ela jamais se arrependa.
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