O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 362

É quando a paz parece se instalar que o verdadeiro predador se move. Com os passos firmes de um homem que comanda reinos inteiros sem precisar levantar a voz, Don David Lambertini fecha a porta do escritório após a saída das mulheres e encara Jonathan com a serenidade de quem é incapaz de duvidar da própria força.

— Lizandra é o meu ponto fora da curva. A voz é baixa, mas cada palavra corta como navalha. — Deixe todos aqui avisados, eu não sou cego, nem burro. Se eu sonhar que estão olhando demais para ela... morre. Sem aviso. Sem justificativa.

Jonathan o encara, firme.

— Ninguém aqui é louco de olhar para uma das mulheres da casa. Pode não parecer, Don... mas eu sou tão ciumento quanto você. E não meço esforços para proteger a minha esposa de olhares indevidos.

David não sorri. Ele apenas assente, como quem recebe um recado, mas deixa claro quem dita as regras.

— A partir de agora, qualquer conversa direta com Marta será feita através de Lizandra. Do mesmo jeito que eu não aceito homem nenhum muito perto da minha esposa, vou tratar Marta com o mesmo cuidado e manter os meus homens longe dela.

Jonathan respira fundo.

— Marta não sabe de nada ainda. Ela nunca foi ouvida... ficou em coma. Foi atropelada. E quando acordou... já tinha perdido o filho.

David estreita os olhos.

— Essa é a diferença entre nós dois, Jonathan. Você espera pela brasa. Eu vou na fumaça.

Ele puxa o celular, acessa rapidamente um aplicativo oculto, e em segundos a escuta no aparelho de Lizandra é ativada. O som da conversa entre as duas mulheres preenche o ambiente.

Elas estão no quarto dos gêmeos. A voz de Marta é suave, mas carregada de emoção.

— Nunca vi o meu filho... Estava no interior. Me separei do Jonathan e ele nem sabia da gravidez. Só descobri mais de um mês depois que já estava morando no sítio da família... Pensei nele muitas vezes, mesmo ainda o amando mais que tudo... mas não estava pronta. Ainda estava magoada demais.

David e Jonathan se entreolham em silêncio. A voz de Marta continua, embargada:

— Então veio aquela noite...

A voz de Marta se dissolve enquanto a tempestade ganha vida nas memórias. Raios, trovões, caos. A cidade submersa. O sítio, isolado e intacto, vigiava o mundo se despedaçar.

Marta, grávida, abrigava vidas enquanto organizava socorro a outras. Com firmeza, liderava com a calma de quem prevê catástrofes. Alheia às dores pessoais, pensava em cada família, em cada rosto molhado de desespero.

— Miguel, o meu irmão, praticamente já não me deixava trabalhar, ele assumiu tudo sozinho, eu fiquei apenas com o administrativo do sítio, temos plantações e galpões de frango de corte.

Do outro lado, Lizandra a ouve com atenção. Quando fala, a voz da veterinária é gentil.

— Eu também cuido de granjas, sou médica veterinária. Tenho frangos e suínos. Sei o que é manter um sistema todo vivo sob pressão.

Marta sorri pela primeira vez.

— Então você entende o que é não poder falhar.

— Entendo. E é por isso que nós duas não vamos falhar agora.

Dentro do escritório, Jonathan limpa uma lágrima contida. David permanece estático, olhos fixos no nada, processando cada dado, cada gesto, cada informação como um tabuleiro em constante mudança.

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