O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 367

Após a saída das mulheres, o escritório de Jonathan fica cada vez mais tenso, mesmo com ar condicionado a dezesseis graus, está quente, caótico, como uma uma panela de pressão prestes a explodir.

Após longos minutos de silêncio David então pergunta, voltando o foco:

— E a Cassandra? Até onde ela chegou?

— Longe demais. Jonathan responde com amargura.

— Quando ela soube que eu estava com a Marta, Cassandra surtou de vez. Começou a persegui-la pelos corredores da sede, fazia comentários maldosos na frente de outros funcionários. Humilhações sutis, mas frequentes. E depois... foi o estopim.

— O que aconteceu?

— Marta foi ao banheiro durante o intervalo de uma reunião e eu fui pegar um café. Cassandra entrou atrás da Marta e isso chamou a minha atenção. A confrontou. Disse horrores. Chamou ela de interesseira, de vagabunda, de prostituta e outras coisas, insinuações baixas... Mas o que Cassandra não sabia é que havia câmeras inclusive nas áreas comuns dos banheiros, nos corredores e microfones de segurança por todo o andar.

David franze o cenho.

— Você tem essas gravações?

— Sim. Estão nos arquivos do jurídico. Ouvi as insinuações de Cassandra e após um tempo, um forte estalo, um tapa, então entrei de vez no banheiro, me descontrolei e peguei Cassandra pelo pescoço, só soltei quando ouvi os gritos da minha irmã, a Islanne, que é vice presidente do grupo Schneider, que a demitiu por justa causa na mesma hora. Ela saiu da empresa em desgraça.

David assente lentamente, o olhar frio, calculista.

— E mesmo assim, você acha que ela não é capaz de roubar uma criança?

Jonathan hesita mais uma vez.

— Eu... Eu acho que ela é doente, sim. Obcecada, desequilibrada. Mas... ladrões de bebê? Isso é outro nível. Não sei se ela chegaria a tanto.

David se aproxima, os olhos escuros cravados nos de Jonathan, a voz firme, cheia de aço:

— Pois eu acho que qualquer um pode ter roubado esse menino. Cassandra, um médico comprado, uma enfermeira fanática ou até alguém infiltrado. Até que se prove o contrário, ninguém está limpo para mim. Entendeu?

Jonathan engole em seco, assentindo.

David então se vira, volta a encarar o aparelho sobre a mesa. Sua voz vem baixa, mas carregada de promessas:

— Se for preciso, Jonathan... eu vou abrir as portas do inferno. Mas vou trazer seu filho de volta. Custe o que custar.

O silêncio volta a tomar conta da sala. Mas não é mais um silêncio vazio.

É o silêncio de quem prepara a guerra.

O ar no escritório parece pesar mais que o normal. Don David permanece em pé, ainda com o olhar cravado no celular sobre a mesa, de onde saem as vozes abafadas de Marta e Lizandra. Jonathan, agora visivelmente tocado pelas lembranças que ressurgiram com força brutal, recosta-se na lateral da estante, buscando recompor o autocontrole. Mas David o observa com a frieza de um assassino frio e experiente.

— Fica fora disso, diz o Don, a voz seca como lâmina.

— Você está nisso até o pescoço. E envolvimento emocional atrapalha decisões.

Jonathan ergue os olhos, protestando em silêncio, mas David continua:

— Eu entendo o que você sente. E é por isso que precisa dar um passo atrás. Marta agora deve está no quarto com Lizandra. Ela precisa de apoio, estabilidade... e isso, só você pode dar.

Jonathan parece relutar, mas acaba assentindo com um gesto contido. David não sorri, não afaga. Ele apenas vira as costas e caminha até a porta.

Minutos depois, o Don inicia a sua reunião, Ravi, Derick e Hernan o aguardam ao redor da longa mesa escura, cada um com seu semblante atento. David se aproxima sem dizer uma palavra e se posiciona na cabeceira.

— Ravi, começa, o tom direto e firme.

— Você tem condição emocional de estar nessa linha de frente?

O hacker não hesita.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores
Você poderá ler este capítulo gratuitamente em:--:--:--:--

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino