O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 369

O ambiente do Grupo Schneider pulsa em tensão desde as primeiras horas da manhã. Reuniões agendadas, contratos aguardando assinatura, telefonemas incessantes e passos apressados ecoando pelos corredores polidos. Mas não é isso que faz o ar parecer mais denso. É algo invisível, mas presente. Uma expectativa silenciosa. Algo vai acontecer. E de fato, acontece.

Islanne entra no andar da presidência com a postura firme de sempre, os saltos estalando ritmadamente no piso escuro polido. Vestida de azul-marinho e com o cabelo preso num coque elegante, ela caminha como quem comanda um império, e comanda mesmo. Mas seus olhos, por um breve instante, demonstram algo a mais, cansaço. Ansiedade. Emoção.

Ela segue direto para a sala de reuniões executiva, mas antes de alcançar a porta, está lá ele.

Ravi lindo como sempre, seu perfume másculo, já acende a vice presidente.

A presença dele é como uma corrente elétrica atravessando o corredor. Está de camisa branca dobrada nos antebraços, sem gravata, crachá pendurado no pescoço e o olhar atento para um tablet. Quando ouve os passos dela, levanta os olhos. Não há sorrisos, mas também não há frieza. Apenas uma troca de olhares que diz muito mais do que qualquer palavra.

— Chegou cedo hoje, diz ela, com um leve sorriso nos lábios.

— Queria revisar as planilhas do TI antes da reunião. E você? Dormiu bem?

— Nem um pouco. Pensei demais... em tudo.

Ele a observa por um segundo mais longo. Depois faz sinal com a cabeça para uma área reservada ao lado da cafeteira.

— Cinco minutos?

Ela assente, e os dois se afastam da agitação, sentando-se em um canto reservado da empresa, de onde se pode ver parte da cidade através da parede de vidro.

Ravi pega dois cafés e entrega um a ela.

— Achei que você precisava.

Islanne segura a xícara com as duas mãos.

— Obrigada. Estar aqui, sempre comigo. Você me dá força.

Ele sorri com os olhos.

— Você me dá sentido.

Ela abaixa os olhos, tentando conter um sorriso bobo. Mas é interrompida por um som inesperado, os passos firmes e conhecidos se aproximam. E então, ele aparece.

Rui.

Terno claro, pasta na mão, postura impecável. Mas algo mudou. Os olhos estão mais leves. O semblante mais calmo. Ele para por um instante ao ver os dois sentados ali. O tempo congela por meio segundo.

— Bom dia, diz Rui, educado, sem desviar o olhar deles.

— Rui... Islanne se levanta, surpresa.

— Que bom te ver de volta, diz Ravi, sincero, mas atento.

— Vim direto para pegar a cópia do contrato do novo fornecedor. Mas não se preocupem, ele sorri, leve, não vou atrapalhar o café de vocês.

Ravi e Islanne trocam um olhar rápido. Há tensão no ar, mas também um alívio estranho. Rui parece... bem. Ou ao menos fingindo muito bem.

Rui vai até a cafeteira, serve-se de um café e se aproxima novamente, já pronto para sair.

— A estagiária do jurídico me chamou. Tem um contrato que precisa de revisão urgente. Parece que a reunião começa em vinte minutos. É melhor eu ir.

Ele olha para Islanne.

— Que bom te ver, Islanne. Desejo uma ótima semana.

Depois encara Ravi brevemente.

— Ravi.

— Rui.

O advogado acena, gira nos calcanhares e segue com a estagiária, que o esperava a poucos metros, tablet em mãos e olhos cheios de admiração.

Assim que ele desaparece do campo de visão, Islanne solta o ar que nem sabia que prendia.

— Ele parece... bem. Tranquilo. É quase... estranho.

— Sinal de que ele está se reconstruindo. Ou pelo menos tentando, diz Ravi.

— Isso me alivia, mas também me deixa com um peso. Como se eu devesse algo.

— Você não deve. Você não enganou. Ele se enganou sozinho. Não há culpa quando não há promessas.

Ela balbucia um "talvez" e desvia o olhar para o vidro. Lá embaixo, a cidade segue viva, indiferente ao drama de corações partidos e recomeços silenciosos.

— Preciso ir para a reunião, ela diz.

— E eu preciso resolver um problema no servidor do RH. Mas...

Ele segura sua mão por um instante.

— Te encontro depois do expediente?

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