O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 371

Se há algo mais perigoso do que um inimigo armado, é um Don com ciúmes e tempo livre. E Don David Lambertini está, naquele momento, em combustão interna.

Ele circula a sala de guerra como um tigre preso em jaula, terno impecável, mas a mente em ebulição. Ravi e Derick estão concentrados, teclando como dois gênios loiros invocados, e tudo corre bem. Bem demais. Só que Lizandra… sumiu.

E o problema não é exatamente o sumiço.

É o silêncio.

David está de pé, braços cruzados, olhando o monitor de segurança sem realmente enxergar. Os olhos azuis faiscam com aquela inquietação tipicamente masculina de quem pensa que a mulher foi comprar pão, mas no fundo acredita que ela pode ter fugido para Paris com um diplomata turco.

Ele pigarreia, sem motivo. Coça o queixo, sem coceira. E então, como quem está apenas “checando algo trivial”, desliza o olhar até o canto da mesa onde o celular dele repousa, conectado ao sistema interno.

— Só por precaução, murmura para si mesmo, como se precisasse se justificar.

Discretamente, aproxima-se e digita a senha como quem aciona um míssil e ativa a escuta do celular dela..

A voz dela surge, clara, suave, mas o conteúdo... o conteúdo é um soco direto no estômago do Don.

— “Jonathan, Marta, agradeço sua hospitalidade... mas o cuidado que Marta precisa agora é mais interno que externo.”

— “Obrigado, Lizandra. Eles estão todos no meu escritório, lá embaixo.”

David trava.

É um colosso sendo atingido por um grão de arroz, mas que, por algum motivo, explode como dinamite.

A mandíbula dele range. O maxilar trinca. As têmporas pulsam. Ele respira fundo três vezes. Nada funciona.

— Escritório do Jonathan? Ele rosna. — Escritório. Do. Jonathan?!

O tom dele começa num sussurro incrédulo e termina num trovão abafado, o que faz Hernan, parar e encará-lo como se tivesse visto um urso polar com crise de TPM.

— Don...? Hernan tenta, cauteloso.

David gira o pescoço lentamente, como uma garça com raiva, e responde com os olhos quase vermelhos de fúria:

— Ela está no quarto com Jonathan.

— Jonathan Schneider? Hernan confirma, já dando dois passos para trás.

David não responde. Apenas aperta os punhos com tanta força que os nós dos dedos embranquecem. O ciúme não é uma faísca. É uma tempestade de granizo com labaredas.

— Quem ela pensa que é? Florence Nightingale versão mafiosa? Vai curar traumas com café e empatia agora?

Ele começa a andar de um lado para o outro.

— “Hospitalidade”, ela disse! E “lá embaixo”... LÁ EMBAIXO AONDE, HERNAN? EMBAIXO DE QUÊ? DE QUEM?!

— Don… a Lizandra estava lá no quarto com a Marta e foi você mesmo quem mandou Jonathan subir e ficar com a mulher dele.

— HERNAN! DON! DON DAVID LAMBERTINI! Eu mato e salvo empresas com a mesma frieza. Eu não aceito “visitas casuais” no quarto de outro homem. Não a minha mulher!

Hernan apenas faz o sinal da cruz.

David então vira os olhos para o alto e balança a cabeça, como se pedisse força aos antepassados mafiosos.

— Jonathan... eu juro, se ele tiver servido café sem minha permissão...

Ele não termina a frase. Em vez disso, volta à mesa, taca o celular no canto e afunda no encosto da poltrona como um furacão sentado.

— Me avise quando ela voltar. Ou quando a Terra parar de girar.

Mas antes que Hernan possa responder, três toques suaves soam à porta.

Quando a abre, Lizandra sorri, como quem volta para casa. Mas o Don não sorri. Apenas a puxa com brutalidade controlada, enfia o rosto em seu pescoço e inala como quem precisa respirar para viver.

— Fique perto de mim, diz, a voz rouca.

— Por Deus, Lizandra... me poupe de um surto.

Ela ri, envolta no gesto, como quem compreende exatamente o que aquilo significa.

O Don, o Ciúme e o Desaparecimento 1

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