O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 390

A mansão Schneider em São Paulo está mergulhada em um silêncio denso, quebrado apenas pelo som constante da chuva fina contra as janelas altas. Don David Lambertini está no escritório principal, cercado por pastas, telas e relatórios. A luz suave do abajur projeta sombras duras em seu rosto e, naquela penumbra, seus olhos carregam a frieza de quem já decidiu que alguém não verá o nascer do próximo dia.

O toque firme na porta arranca sua atenção dos documentos.

— Entre.

Ravi surge primeiro, expressão grave. Logo atrás, Derick fecha a porta com cuidado, como se quisesse isolar completamente o mundo lá fora. Ambos trocam um rápido olhar antes de se aproximar da mesa.

— Temos algo, Ravi anuncia, colocando um tablet sobre a mesa.

David apoia o corpo para frente, a tensão evidente.

— Fala.

Derick toca na tela e abre uma pasta repleta de áudios e transcrições.

— Conversas entre Alan Moretti e Cassandra Reimann. Conseguimos interceptar parte das mensagens e ligações dos últimos meses. Ele está no Rio de Janeiro.

O nome de Alan ecoa no ar como uma sentença antiga. David fecha a mão sobre a mesa, os nós dos dedos clareando.

— Finalmente.

— Os registros mostram encontros frequentes, além de movimentações financeiras suspeitas, Ravi continua.

— Se Cassandra está fora do ar, Alan pode ser a chave para abrir todas as portas.

David se recosta na poltrona, o olhar fixo no nada por alguns segundos. Então, com a voz baixa, porém cortante:

— Montem a equipe. Quatro dos melhores. Vamos buscá-lo.

Ele se levanta, já pegando o sobretudo, e aciona pelo rádio interno duas vozes conhecidas: Isadora, a ruiva, e Jéssica, a soldado de confiança. Elas aparecem na porta minutos depois, ambas prontas para qualquer ordem.

— Ninguém entra. Ninguém sai, David dita, pausado.

— Marta e Lizandra não dão um passo sem vocês ao lado.

— Sim senhor, respondem em uníssono.

David as encara por um segundo extra, deixando claro que não existe espaço para erro.

O helicóptero parte da pista particular, rasgando a noite chuvosa. Dentro, a vibração das hélices é acompanhada pelo silêncio absoluto dos homens. David, sentado na frente, encara o horizonte, mas sua mente corre com a precisão de um predador que já visualiza o momento da captura.

O vento frio entra pelas frestas, mas não apaga o calor de uma expectativa quase palpável. Cassandra esta pagando, e Alan… Alan seria o próximo dominó.

O pouso no Rio é rápido. Dois SUVs pretos esperam na pista, motores já ligados. O comboio parte pelas ruas molhadas, cortando a madrugada em direção ao endereço localizado por Derick.

A casa de Alan Moretti se ergue no final de uma rua silenciosa, cercada por muros altos. Luzes apagadas. Nenhum som.

David sinaliza com a mão e dois homens se adiantam para abrir o portão. O trinco cede facilmente. A equipe entra em formação, armas prontas.

O interior da casa está limpo demais. Móveis alinhados, ausência de bagunça. Mas há algo errado no ar… um cheiro adocicado, infantil. Ravi franze o cenho.

— Isso… — ele se abaixa junto a uma porta aberta, farejando o ar.

— Parece leite.

Não é leite.

A sala principal guarda a resposta, Alan Moretti está caído no chão, corpo relaxado como se estivesse dormindo. Um frasco de vidro transparente com um líquido branco ainda preso ao braço.

David se aproxima devagar, olhos fixos no rosto pálido. Sua expressão não muda, mas o ambiente parece pesar mais.

Ravi checa o pulso.

— Nada. Morto há pelo menos alguns minutos.

Derick observa o frasco de vidro e a agulha.

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