Entrar Via

O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 40

Jonathan nunca sentiu nada assim antes. A irritação em seu peito não é só desconforto, é um incômodo corrosivo que o faz cerrar os punhos sobre a mesa. Marta está em casa, ele sabe disso. Mas o que o enfurece é a maneira como ela se move com naturalidade, como se ele fosse insignificante. O desprezo dela pesa mais que qualquer insulto, e Jonathan não consegue entender como ela assumiu esse poder sobre ele sem que ele percebesse.

Ele está no grupo Schneider, mas a sua mente está em casa, junto a mulher que está acabando com a sua sanidade mental.

Eduardo, encostado na parede da sala da presidência, observa tudo com um meio sorriso. Jonathan estreita os olhos para ele.

— Você sabia onde ela estava, não sabia? — Jonathan pergunta, a voz carregada de acusação.

Eduardo cruza os braços, sem pressa.

— Sabia. Mas não vou trair a confiança dela. Assim como nunca trairia a sua.

Jonathan estuda o amigo por um momento. Eduardo é leal, isso ele não pode negar. Um raro senso de respeito cresce dentro dele, mesmo que a vontade de socar alguma coisa continue latente. Eduardo dá um aceno de cabeça e sai da sala.

O dia segue arrastado, e a presença de Marta paira em sua mente, como um desafio que ele não sabe lidar. O humor dele já não é dos melhores quando Islanne invade a sua sala sem cerimônia. O sorrisinho debochado no rosto dela é um aviso.

— Que foi agora? — Jonathan resmunga.

— Que dia eu vou conhecer a minha cunhada? — Islanne pergunta com entusiasmo, ignorando a carranca do irmão.

Jonathan passa a mão no rosto e suspira pesado.

— Marta não facilita em nada. Nem olha na minha cara direito.

Islanne gargalha, se aproximando para beijar a bochecha dele, que faz uma careta.

— Acho que finalmente encontrou alguém à sua altura, maninho, chega de enfiar esse pau maravilhoso em garotas de programa.

Ela sai rindo antes que ele possa responder. Jonathan resmunga algo inaudível e, sem pensar muito, abre as câmeras de segurança da mansão. O que ele vê faz o seu sangue ferver imediatamente.

Marta está do lado de fora, ajeitando tudo com capricho. Ele observa enquanto ela organiza uma jarra de suco e alguns copos sobre uma bandeja e caminha até a área externa. Ela está servindo os homens da empresa de piscina e jardinagem.

Jonathan sente o maxilar travar. Ele sabe que é irracional, mas a cena o consome por dentro. Não gosta da ideia de Marta sendo gentil, prestativa... e cercada por outros homens.

Ele pega o telefone e liga para Eduardo imediatamente.

— Volte para casa. Agora.

— Algum problema? — Eduardo pergunta, descontraído, como se já soubesse a resposta.

— Marta está sozinha com vários homens na casa. A equipe de piscina e jardinagem. Quero que fique de olho nela.

O silêncio de Eduardo dura alguns segundos antes de um riso contido escapar.

— Você está com ciúmes, Jonathan?

Jonathan ignora a provocação.

— Apenas faça o que eu mandei. inferno.

Eduardo obedece, mas não sem rir sozinho no caminho de volta. Nunca viu Jonathan assim. Nem com Aira.

Mas por que Marta o afeta tanto? O que há nela que o faz perder o controle? E, mais importante... Marta percebeu que ele está enlouquecendo por ela?

O ciúmes de Jonathan não apenas consome seu peito, mas se espalha por sua mente como um veneno. Ele tamborila os dedos na mesa, a tensão reverberando por seu corpo. Não consegue tirar da cabeça a imagem de Marta servindo aqueles homens com um sorriso gentil, aquele mesmo sorriso que ela não mais direcionou a ele.

Sem paciência, ele aperta o botão de chamada do telefone.

— Eduardo, onde você está?

— No caminho.

— Acelera. Quero você lá agora. Fica de olho em Marta.

Eduardo ri, mas sente um arrepio ao perceber que Jonathan pode estar mais envolvido do que imagina. E se ele perder totalmente o controle? E se Marta acabar se machucando nesse jogo? O que acontecerá quando Jonathan finalmente perceber que não pode mais viver sem ela?

Jonathan assiste pelas câmeras, o maxilar travado, os dedos tamborilando na mesa em um ritmo impaciente. Marta está na área externa, rindo com Eduardo, e ele ouve claramente quando ela diz:

— Estou pensando em vestir meu biquíni e dar um mergulho na piscina. O calor está insuportável.

O coração de Jonathan quase salta pela boca. Ele se inclina para frente na tela, os olhos fixos nela. Eduardo solta uma risada baixa, sacudindo a cabeça.

— Se controla, Marta. Jonathan vai enlouquecer.

— Só quero me refrescar. Algum problema nisso? — ela rebate com um sorriso provocativo.

— Eu entendo sua mágoa, você tem razão de estar assim. Mas brincar com os instintos de um homem desse jeito...

Marta revira os olhos, mas relaxa os ombros.

— Tudo bem, não quero que você se sinta no meio disso. Vou pegar um suco.

Ela se afasta, deixando Eduardo rindo sozinho. Jonathan, por outro lado, não acha a menor graça. Em questão de minutos, ele está na mansão, atravessando a sala como uma tempestade. Marta está sentada confortavelmente no sofá, tomando um copo de suco como se nada estivesse acontecendo. Eduardo apenas observa, tentando segurar a expressão divertida.

— Preciso falar com você. — Jonathan ordena, a voz tensa.

Marta nem se move. Bebe mais um gole e responde com indiferença:

— Você não tem reunião agora? Não quero atrapalhar a sua agenda.

Jonathan fecha os olhos por um segundo, respira fundo e sai dali antes de explodir. Sobe para o quarto e enche a banheira com água quente. Afunda no líquido morno, tentando dissipar a tensão que Marta insistentemente provoca. Mas nada adianta. Nem mesmo quando a água esfria.

Ele sai, veste apenas uma calça de flanela, sem cueca, sem camisa. Desce as escadas com calma, encontrando Marta sozinha na sala. Ela congela ao vê-lo, os olhos varrendo cada centímetro do peito largo, a pele ainda levemente úmida. Jonathan percebe. E gosta. Mas não comenta. Apenas se aproxima perigosamente, sentindo o ar ao redor deles ficar carregado.

O jogo entre eles acaba de mudar. Quem vai ceder primeiro?

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino