O silêncio que paira entre eles é tão denso que poderia ser cortado com uma faca. Marta permanece imóvel junto à janela da cozinha, o reflexo do vidro espelhando sua expressão de mágoa mal disfarçada. A memória da noite de amor ainda pulsa em seu corpo, cada toque, cada sussurro, cada momento de entrega total, contrastando cruelmente com o vazio que encontrou ao acordar sozinha na cama dele.
Sua memória lembram as cenas íntimas daquela primeira vez, uma dor suave que, longe de ser desagradável, serve como lembrança constante do que compartilharam. Ela suspira, relembrando como se aventurou de volta para seu próprio quarto nas primeiras horas da manhã, carregando consigo a secreta esperança de que, quando ele descesse, tudo seria diferente. Que ele a tomaria nos braços, que confirmaria com um beijo que a noite não havia sido apenas um interlúdio sem significado.
Jonathan tenta iniciar uma conversa, mas ela desconversa, claramente nervosa e sem saber como agir. O desejo é palpável entre eles, criando uma atmosfera carregada de tensão sexual que parece aumentar a cada segundo que passa. Jonathan, consciente do efeito que tem sobre ela e da certeza de que ela não resistirá, decide tomar o controle da situação.
— Marta, precisamos nos entender, eu não gosto desse clima entre nós. Vamos esclarecer os fatos — ele diz, a voz assumindo um tom mais firme, mais decidido.
Ela cruza os braços defensivamente, tentando criar uma barreira invisível entre eles.
— Jonathan, não há nada a ser dito. Para você, não houve significado, tudo bem. Não posso te culpar por você não ter sentido as coisas da mesma forma que eu, está tudo bem — ela responde, o amargo da mágoa evidente em cada palavra.
— Marta, por favor! — ele se aproxima, a frustração visível em seu rosto.
— Isso não vai nos levar a lugar nenhum. Se for só isso, senhor Schneider, vou me retirar — ela anuncia, virando-se para sair.
Os olhos de Jonathan escurecem, um brilho perigoso surgindo neles.
— Próxima vez que você me chamar de senhor, eu vou te fazer gritar o meu nome, mas eu vou estar completamente enterrado em você! — ele avança um passo em sua direção, a voz baixa e ameaçadora — Entendeu, Marta?
Ela engole em seco, mas há um desafio em seus olhos quando responde:
— Entendi, senhor Schneider.
O ar entre eles parece eletrificado. Em um movimento fluido, Jonathan a alcança, segurando suas mãos e começando a conduzi-la ao andar superior. Marta começa a espernear, a raiva e o desejo se misturando em uma explosão de emoções.
— Pode espernear o quanto quiser, Marta. Não vou te soltar, você foi avisada — ele murmura, cada palavra carregada de promessa.
— Seu arrogante, possessivo! — ela se debate, os olhos faiscando de raiva.
— Sim. Sou tudo que quiser! — ele rosna, aproximando seu rosto do dela.
Quando chegam ao quarto dele, Jonathan abre a porta e a carrega para dentro. Ela engole em seco, mas não recua. O peito de Marta sobe e desce rapidamente, a respiração acelerada traindo seu estado de excitação. O cheiro dela o invade como uma droga potente, e sua boca encontra a dela num beijo feroz. Ela tenta resistir por alguns segundos, mas logo se entrega, gemendo contra os lábios dele.
Assim que aprofunda o beijo, ela amolece em seus braços, e ele a coloca no chão, e ela avança contra ele, empurrando o dedo em seu peito.
— Você não pode me carregar assim e me trancar no seu quarto, Senhor Schneider! — grita, furiosa.
Ele junta os pulsos dela e os prende com uma mão, empurrando-a contra a parede. Seus olhos fixam-se nos dela, desafiando-a a negar o que está estampado em seu rosto, o desejo, a necessidade, a fome.
— Calma, amor. Vou fazer você se acalmar gritando o meu nome, como te prometi. — ele sussurra, a voz rouca de desejo.
Ela respira fundo, seus olhos faiscando entre a raiva e um desejo que a consome por inteiro. Jonathan mantém suas mãos presas acima da cabeça. Ela o encara, hesitante e desafiadora. A tensão entre eles é elétrica, quase tangível no ar denso do quarto.
— Troglodita — ela esbraveja, mas o calor em suas bochechas denuncia sua excitação.
— Gostosa — ele responde, deslizando a boca pela curva do pescoço dela, sentindo-a arfar sob seu toque.
Ela o empurra, mas o movimento só serve para instigá-lo ainda mais. Ele a mantém com os braços acima da cabeça e devora sua boca, faminto. Ela luta contra o próprio desejo, mas o gemido que escapa de seus lábios diz tudo o que ele precisa saber.
— Me solta, Jonathan!
— Você não quer isso, meu amor — ele murmura, confiante.
Ela tenta se soltar sem sucesso, enquanto a mão dele desliza por seu corpo, os dedos mergulhando entre suas pernas, sentindo a umidade que escorre dela. Marta fecha os olhos, mordendo o lábio, o corpo reagindo a cada investida dos dedos dele.
Com um movimento brusco, ele abaixa o vestido dela e captura o seu mamilo rígido e chupa, sente enrijecer sob os movimentos de sua língua, ele rasga a calcinha dela e, sem aviso, abaixa a própria calça e a invade de uma vez, arrancando um gemido ofegante que preenche o quarto. Segura a cintura dela, imobilizando-a contra a parede enquanto a penetra sem piedade, sentindo cada contração do corpo dela acolhendo-o.
— Você é uma delícia, Marta... — ele sussurra contra o ouvido dela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino