O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 400

O ar no quarto é pesado, impregnado de medo e cheiro metálico de sangue impregnado no ambiente. Cassandra está encolhida na cama, o corpo retorcido pela dor, o corpo marcado por queimaduras e hematomas, o rosto distorcido num reflexo grotesco no espelho preso no teto. Cada respiração é um esforço, cada batida do coração parece anunciar o próximo golpe. A maçaneta gira com um estalo. Ela congela. Don David Lambertini entra. Não há pressa em seus passos, apenas a confiança letal de quem já sabe que controla todas as peças desse jogo de dor.

Ele fecha a porta com um clique suave, quase gentil, mas o silêncio que se segue é mais ameaçador do que qualquer grito.

— Está confortável, Cassandra?

A voz dele é calma, quase afetuosa, mas o olhar é de um predador que saboreia a caça antes do abate.

Ela não responde. Os lábios rachados se mantêm fechados, os olhos fixos no lençol sujo, como se fugir do olhar dele pudesse torná-lo menos real.

David puxa uma cadeira, senta-se com a elegância calculada de quem sabe que o tempo está do seu lado.

— Hoje, vamos brincar um pouco mais.

Ele se inclina para a frente, apoiando os cotovelos nos joelhos.

— Não se preocupe, não vou tocar nas queimaduras… não ainda.

Cassandra estremece.

— Por favor… me mate.

A voz dela é um sussurro rouco.

— Acabe logo com isso…

Ele sorri, mas não é um sorriso humano.

— Matar você? Agora?

Ele ri baixo, balançando a cabeça.

— Seria um desperdício. Você ainda me deve muitas respostas.

Ela fecha os olhos, as lágrimas surgindo.

— Eu não sei onde ele está…

O olhar de David se estreita, mas o tom continua sereno.

— Onde está Jeff Maia Schneider?

— Eu… a respiração dela falha, não sei, juro.

Ele suspira como um pai paciente com uma criança teimosa. Então, sem aviso, ele pressiona o joelho contra uma área inflamada na coxa dela.

— AAAAHHH AAAAAHHH!

O grito dilacera o ar.

— Onde. Está. Jeff? Ele aumenta a pressão, observando-a se contorcer.

— Eu só sei… que está com Alan Moretti… no Rio de Janeiro!

As palavras saem entre soluços.

— Mas… eu nunca estive lá!

David retira a mão do joelho dela e se recosta.

— Melhor.

Ele a observa com um brilho cruel nos olhos.

— Mas ainda é pouco.

Ela respira rápido, o corpo tremendo.

— É tudo o que sei…

— Não.

Ele se levanta, caminha devagar até a cabeceira e, com um movimento rápido, aperta um ponto onde a carne está mais avermelhada, infeccionada.

Cassandra solta um grito tão agudo que chega a perder o fôlego. Um calor vergonhoso se espalha pela cama, ela urinou de dor.

— Olha só… David comenta, divertido.

— Tão fácil de quebrar.

Ela chora, quase sem ar.

— Por favor… me dê alguma coisa… qualquer coisa para dor…

— Sabe o que eu quero? Ele segura o queixo dela e a força a olhar para o espelho no teto.

— Que você veja o que se tornou. Olha bem. Enquanto isso, lembra que Marta e Islanne são lindas, e você… é isso. — A palavra “isso” sai como um cuspe, carregada de desprezo.

Ela tenta desviar o olhar, mas ele aperta mais forte.

— Hoje, ele se chama Vitor… está com Alan… e a esposa dele… ela murmura, esgotada.

— Interessante… mas ainda é pouco.

Ele aumenta a pressão no ponto inflamado, fazendo-a gemer e tremer.

— Você pode mais.

Ela grita, a voz falhando, até que desmaia.

David estala os dedos. Um de seus homens entra com um balde e despeja água gelada sobre ela. Cassandra acorda num sobressalto, arfando, o desespero estampado no rosto.

— Vamos lá… ainda temos muito jogo.

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