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O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 421

A manhã entra tímida pelas frestas da cortina. Ela desperta primeiro, o corpo ainda dolorido em pontos que só confirmam o quanto a noite anterior foi intensa.

Vivian se mexe devagar, tentando não acordar Rui, mas ele abre os olhos quase ao mesmo tempo, como se tivesse sentido a ausência da respiração dela tão perto.

— Vai fugir de mim assim, bem de mansinho? Ele murmura, a voz rouca da noite mal dormida.

Vivian cora, sem jeito, procurando as roupas espalhadas pelo quarto.

— Eu... achei que seria melhor ir... antes que você...

— Antes que eu o quê? Rui se ergue e a segura pelo pulso, firme mas sem agressividade.

— Antes que eu me arrependa?

Ela tenta responder, mas ele a puxa para a cama de novo. Os olhos dele brilham, intensos, dominadores.

— Você não vai sair daqui desse jeito, Vivian.

— Rui, por favor... ela sussurra, confusa, o corpo contradizendo a mente.

Ele não espera mais explicações. A boca dele encontra a dela, quente, profunda, e os protestos se perdem. Rui a deita devagar, cobre o corpo dela com o seu, mas dessa vez não há pressa. Os movimentos são lentos, calculados, cada beijo tem peso, cada carícia, intenção.

— Ontem você foi um fogo que me queimou inteiro... ele diz contra os lábios dela.

— Hoje, eu quero sentir você de outro jeito.

Vivian geme baixo, cedendo, abrindo as pernas para recebê-lo quando ele a penetra lentamente, olhando dentro dos olhos dela como se quisesse alcançar a sua alma. Ela suspira, quase implorando, e a cada estocada lenta seu corpo pede mais.

— Isso... Rui... está tão gostoso... não para...

Ele sorri satisfeito, vaidoso, acariciando o rosto dela com ternura.

— Você não faz ideia do quanto é maravilhosa.

Ela rebola sob ele, entregando-se sem reservas, os olhos semi cerrados de prazer.

— Mais... Rui... mais... por favor...

O pedido dela o enlouquece. Ele aumenta um pouco o ritmo, mas sem perder a suavidade, mantendo o controle do momento. Beija os sei0s, suga devagar, e os gemidos dela ecoam pelo quarto.

— Você me implorando assim... ele murmura, mordendo de leve o pescoço dela.

— Me faz sentir o homem mais sortudo do mundo.

Vivian o agarra forte, gemendo alto, sem vergonha.

— É isso que eu quero... só você... não para...

Eles se beijam como se fosse a primeira vez, intensos, famintos, mas ao mesmo tempo ternos. Rui a conduz até o ápice devagar, prolongando o prazer, ouvindo cada suspiro dela como um troféu. Quando Vivian explode, arqueando o corpo sob o dele, ele se deixa ir junto, gemendo contra sua boca, ambos perdidos na mesma onda de prazer.

Ficam lado a lado, respirando fundo, as mãos entrelaçadas. Rui acaricia os cabelos dela, sorri e diz com sinceridade:

— Foi maravilhoso, Vivian... você é maravilhosa.

Ela fecha os olhos, tentando absorver as palavras, ainda sem saber como agir. Rui levanta-se primeiro.

— Vou tomar um banho rápido. Fica aí.

Ela observa o corpo dele sumir no banheiro e suspira, confusa. Logo depois, toma coragem, vai também e aproveita o banho para tentar organizar os pensamentos. Não consegue. Só sente que, de algum modo, está bem.

Enquanto isso, Rui arruma a mesa com calma, improvisando um café da manhã simples, mas cuidadoso. Quando Vivian sai do banheiro, de cabelos molhados e passos hesitantes, ele a recebe com um sorriso que a desmonta.

— Senta. Não vou deixar você sair daqui sem comer nada.

— Eu... não sei se devo... ela baixa o olhar, tímida.

— Está tudo bem. O tom é leve, surpreendentemente leve. Ele se aproxima da máquina de café e começa a preparar o dele como se nada fosse.

— Aliás... quando vocês vão oficializar isso?

O rubor toma conta do rosto de Islanne. Ravi pigarreia, tentando recuperar a compostura.

— Estamos pensando nisso... responde Ravi, olhando de canto para a mulher ao seu lado.

Islanne suspira, relaxando os ombros, e olha diretamente para Rui. Pela primeira vez em muito tempo, o olhar dela não carrega peso, nem medo, nem dor. Apenas paz.

— Agora que Jeff já está de volta... pensamos em casar. Talvez todos juntos, numa cerimônia só.

Rui segura a xícara, mistura o café e sorri de verdade. Não há dor, não há mágoa. Apenas uma constatação.

— Vai ser uma linda festa. Vocês merecem toda a felicidade do mundo.

Ele ergue a xícara em um brinde silencioso, dá um gole e se despede com um aceno. Sai caminhando pelo corredor, e cada passo seu parece mais leve que o anterior.

Quando fecha a porta de sua sala, deixa-se cair na cadeira. O computador já o espera, com relatórios e processos a serem analisados, mas por alguns segundos ele se permite fechar os olhos.

Não há mais o peso de um amor não correspondido. Não há mais a sombra de Islanne. Ele a viu feliz nos braços de outro homem, e pela primeira vez, entendeu. Nunca houve um “eles”. Nunca houve futuro naquela história. E isso não o destrói. Pelo contrário. O liberta.

Um sorriso invade seu rosto sem que ele perceba. Vivian. O nome dela surge na mente como um sussurro. A forma como ela se entregou, sem reservas, sem máscaras, sem medo. Ele ainda sente a pele dela sob a sua, o gemido preso na garganta, a explosão que os uniu como se o tempo tivesse parado.

Ele ri sozinho, mexendo nos papéis sobre a mesa. É como se pudesse sentir o gosto dela de novo, o calor, a intensidade. Aquela mulher foi capaz de lhe mostrar algo que ele não esperava mais sentir. Não era apenas desejo. Era vida.

Enquanto marca anotações no processo à sua frente, percebe que os dedos tremem levemente. Não de ansiedade, mas de expectativa. Uma certeza cresce em seu peito, ele quer mais. Mais dela. Mais daquela entrega. Mais daquele amor que não precisou ser dito em palavras, mas que queimava em cada toque, em cada suspiro.

E, com um sorriso que insiste em permanecer, Rui se pergunta, será que Vivian também está pensando nele naquele exato momento? Ou estaria tentando convencer a si mesma de que foi apenas um deslize?

De qualquer forma, ele já sabe a resposta dentro de si. Porque o destino, de uma forma ou de outra, parece estar finalmente colocando cada peça em seu lugar.

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