O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 425

O silêncio da madrugada envolve Cassandra quando ela desperta. O corpo inteiro dói, pesado, mas ao mesmo tempo agradecido pela primeira noite de sono decente em muito tempo. Ela entende, com amarga clareza, que o descanso não era apenas luxo, era sobrevivência. A mente ainda turva, ela se levanta devagar, respira fundo e sente que precisa seguir. Não há mais tempo a perder. O plano ainda lateja em sua cabeça, a vingança ainda é a única chama que a mantém de pé.

Ela desce até a garagem, a chave do carro em mãos. O coração dispara quando avista o veículo que o empresário lhe entregou, não é de luxo, mas é suficiente, discreto, funcional. Abre a porta, se acomoda e, por um instante, as lágrimas surgem sem que possa conter. Cassandra, a antiga chefona do RH do Grupo Schneider, agora reduzida a um ser que precisa depender da bondade, ou do medo, de outro para dar os próximos passos. O volante treme em suas mãos.

Ela liga o carro. O motor responde firme, e Cassandra solta um suspiro quase de alívio. Decide partir pela madrugada, quando as estradas estão mais vazias e as chances de ser parada, reconhecida, humilhada novamente, são menores. A cada quilômetro vencido, uma lembrança cruel volta: o espelho da recepção, os olhares de horror, a secretária gritando para que ela tirasse a máscara. A ferida no peito queima mais do que as cicatrizes da pele.

As lágrimas voltam quando ela cruza os limites da capital e segue em direção ao interior. A estrada escura parece interminável. O frio da madrugada paulista penetra pelo tecido leve do moletom que o enfermeiro lhe dera, e ela se encolhe no banco, mas não diminui a velocidade. Cassandra sabe: precisa chegar, precisa sentir o cheiro de sua própria casa outra vez. Precisa tocar o que sobrou de sua vida.

Horas depois, já com o céu tingido por um cinza azulado, as primeiras luzes de Ribeirão Preto aparecem diante dela. O coração b**e forte. O medo de ser vista, reconhecida, julgada, volta a latejar em sua mente, mas um detalhe a conforta: sua cobertura tem elevador privativo, direto da garagem. Pode entrar sem cruzar com ninguém. Sem olhares. Sem julgamentos.

Ela estaciona o carro no subsolo do prédio. As mãos tremem enquanto aperta o botão do elevador exclusivo. Quando as portas se fecham, Cassandra finalmente solta um soluço alto, desesperado. Está de volta. Está no seu território.

O elevador se abre. O apartamento surge diante dela, amplo, mas frio, vazio. Ela entra devagar, os passos ecoando. O coração aperta quando percebe: David Lambertini e seus homens já estiveram ali. Tudo revirado. Todos os eletrônicos desapareceram,notebooks, computadores, celulares, tablets... Diversas provas roubadas, como se tivesse sido arrancado de sua identidade.

Mas Cassandra não perde tempo. Ela sabe exatamente onde precisa ir. O quarto principal. O armário embutido. O cofre.

Caminha apressada, quase tropeçando nos próprios pés. Ajoelha-se diante do compartimento escondido, passa os dedos trêmulos sobre o painel numérico. A senha ainda ecoa em sua memória, como se tivesse sido gravada a ferro: a data de nascimento da mãe. Digita.

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