O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 426

O corredor do shopping vibra com risos, música ambiente e o vai e vem apressado das pessoas, mas para Vivian, o mundo parece suspenso em um silêncio sufocante. Os passos ecoam, firmes, acompanhando os de Marta, mas dentro dela há apenas um tumulto de lembranças que queimam, um nome que lateja e a sensação amarga de ter se permitido demais. Rui. O nome explode em sua mente como uma confissão que não ousa repetir em voz alta. A cada vitrine iluminada, a cada criança correndo com balões nas mãos, ela sente a distância entre o que mostra ao mundo e o que realmente vive por dentro.

— Você está estranha hoje… observa Marta, franzindo o cenho ao perceber a inquietação da amiga.

— O que houve?

Vivian tenta disfarçar, mas os olhos brilham carregados de um segredo perigoso. Suspira, rendida à necessidade de compartilhar:

— Foi… Rui.

O nome paira entre as duas como uma sombra proibida. Marta segura o olhar, sem piscar, esperando que ela continue.

— Eu… passei a noite com ele, confessa Vivian, quase num sussurro.

— Ia embora cedo, mas ele não me deixou… e aconteceu de novo.

A lembrança a faz rir nervosa, mas logo a voz embarga.

— Foi maravilhoso, Marta. Ele me fez sentir viva de uma forma que eu não sentia há muito tempo. Única. Mas ainda me sinto presa a Alan… ele foi o único homem da minha vida até agora. Mal se passou o tempo desde que o perdi…

Marta a escuta em silêncio. O peso das palavras de Vivian a atravessa, mas ela não reage de imediato. Quando fala, sua voz tem a firmeza de alguém que já carrega experiência no peito:

— Rui é um homem bom, Vivian. Mas é um homem marcado pela vida. Machucado. E você também está. Se os dois se jogarem um no outro sem pensar, podem acabar se ferindo mais. Respire. Tenha calma. Se você acha que existe algo aí… espere. Veja se é o que realmente quer.

Vivian assente, tentando absorver o conselho, mas a angústia não cede. Carrega as suas sacolas de lembrancinhas como quem sustenta fardos invisíveis. Cada passo é um esforço.

As duas avançam pelo shopping, param em lojas, escolhem papéis coloridos, fitas, saquinhos delicados. Tentam sorrir, conversam sobre detalhes do aniversário, mas a sombra do nome de Rui permanece. Um peso pairando entre risos forçados e conversas distraídas.

Quando param para almoçar na praça de alimentação, o telefone de Marta vibra. Ela atende de imediato:

— Jonathan!

Ela sorri, mas logo a expressão muda.

— Sim, amor, eles estão bem. Estão com meus pais em casa. Estou no shopping com Vivian, comprando coisas para o aniversário.

Do outro lado, a voz de Jonathan é firme, quase dura:

— Você saiu só?

— Não, estou com a Isadora, responde Marta, suspirando.

Um silêncio breve, seguido pela ordem que vem sem espaço para réplica:

— Ótimo. Então façam o que precisam, mas antes de voltar para casa, passem no Grupo Schneider. Quero falar com você.

Ao desligar, Marta encara Vivian com uma expressão resignada.

— Seu marido nunca relaxa, não é? Comenta Vivian, tentando aliviar o peso da tensão.

— Não. Marta solta um sorriso breve, mas o olhar permanece sério.

— E eu aprendi a não discutir.

As duas finalizam a refeição e seguem para o estacionamento, enquanto Isadora, em outro carro, mantém a vigilância discreta. A viagem até o Grupo Schneider é feita em silêncio, cada uma presa em seus próprios pensamentos.

No prédio, o ambiente corporativo contrasta com o caos colorido do shopping. O elevador sobe lentamente, levando consigo a ansiedade das duas mulheres.

— Preciso de um café, murmura Marta, já sentindo o peso da rotina.

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