O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 432

A festa vai chegando ao fim, lentamente, como uma fogueira que ainda guarda brasa sob a cinza. Risos ecoam pelo gramado iluminado por luzes penduradas nas árvores, mas já em tom mais baixo, mais arrastado, como se todos começassem a perceber que aquele dia inesquecível se aproxima do desfecho. Os convidados começam a se despedir em ondas, um casal aqui, outro ali, carregando lembrancinhas tropicais, enquanto o vento da noite refresca a pele ainda aquecida pelo sol da tarde.

Darlene, que até então se manteve firme, disfarçando pequenos incômodos, sente um aperto mais forte, um peso no baixo ventre que não consegue mais ignorar. Sua mão instintivamente vai até a barriga, e os olhos se fecham por um breve instante. Ela inspira fundo, tentando se recompor. Eduardo a observa de longe, atento, como esteve o tempo inteiro. Desde a hora em que percebeu os primeiros sinais sutis, o gesto quase imperceptível dela se apoiando mais vezes na cadeira, o franzir da testa quando ria, a mão que acariciava o ventre com mais frequência do que de costume, ele não desgrudou os olhos.

Ela se levanta com calma, agradece às últimas pessoas que ainda conversam ao redor, e caminha em direção à irmã dele.

— Mariana… a voz é baixa, quase um sussurro, mas carrega urgência. — Eu acho que estou em trabalho de parto.

Mariana não se espanta. Seus olhos, serenos e experientes, apenas se estreitam em confirmação.

— Eu já havia notado, Darlene. Estava apenas esperando você admitir.

O coração de Darlene dispara. O dela e o de Eduardo, que se aproxima no mesmo instante, como se tivesse farejado a confissão.

— O que foi? Pergunta, já apreensivo.

Mariana, calma como a noite que cai, toca o braço do irmão.

— Vou levá-la para a maternidade agora. Você vai em casa buscar as sacolas do bebê e da Darlene. Estão prontas, no quarto do bebê, lembra?

Eduardo abre e fecha a boca, nervoso, mas apenas assente. Miguel, que percebe o tremor nas mãos do amigo, se adianta:

— Eu vou com ele.

Mariana sorri em aprovação.

— Ótimo. Assim ele não esquece nada.

Darlene respira fundo, tentando controlar as contrações que começam a se intensificar. Mariana a segura pelo braço e a guia com delicadeza até o carro.

A Caminho da Maternidade, o trajeto é rápido, mas para Darlene parece uma eternidade. Cada lombada, cada curva, acentua a pressão que cresce em seu corpo. Mariana dirige com segurança, ao mesmo tempo em que fala com voz suave, explicando cada etapa.

— Escuta, Darlene, você não precisa se preocupar. Sei que não quer ficar sentindo dor, e eu não vou deixar. Minha ideia é te preparar para a cesariana, certo? Tudo está sob controle.

Darlene aperta os olhos, suando.

— Você tem certeza? Eu… eu não sei se vou aguentar.

— Vai sim. Mariana segura sua mão com firmeza.

— E não está sozinha. Nós vamos trazer esse bebê ao mundo da forma mais segura possível.

As palavras funcionam como um bálsamo. Darlene inspira fundo e se agarra à serenidade da obstetra que, além de médica, é família.

Chegam à maternidade, e a equipe já está preparada, previamente avisada por Mariana no caminho. Enfermeiras as recebem, levando Darlene diretamente para o setor obstétrico. Mariana assume a liderança, os olhos atentos a cada detalhe.

— Vamos preparar para cesariana, diz ela em tom firme, transmitindo segurança à equipe.

— Monitoramento fetal contínuo, acesso venoso calibroso, exames pré-operatórios rápidos.

Darlene é acomodada, a camisola hospitalar substitui o vestido leve da festa. As contrações, agora mais regulares, fazem-na cerrar os dentes.

— Eu não quero ficar sofrendo… ela murmura, quase implorando.

Mariana acaricia seus cabelos suados.

— Vai dar tudo certo. Confie em mim. Eu mesma vou cuidar de você em cada detalhe.

O tom sereno da médica corta a tensão, e Darlene fecha os olhos por um momento, permitindo-se confiar.

Enquanto isso, Eduardo chega em casa acompanhado de Miguel. O nervosismo é tão grande que ele quase não consegue girar a chave na porta. Miguel o segura pelos ombros.

— Respira. Só pega as sacolas. Está tudo pronto.

Eduardo corre até o quarto do bebê. As malinhas estão sobre a poltrona de amamentação, exatamente como Mariana dissera. Ele pega tudo, mas ainda passa os olhos pelo berço, pela cômoda, pelos pequenos detalhes que Darlene preparou com tanto amor. Um nó se forma em sua garganta.

— Miguel… meu filho está chegando. A voz falha.

Miguel sorri, firme.

— E você vai ser um pai incrível. Agora vamos, antes que Mariana nos mate de ansiedade.

De volta ao carro, Eduardo segura as sacolas como se fossem tesouros.

Na maternidade, Darlene já está monitorada. O coração do bebê pulsa forte nos alto-falantes do cardiotoco. Mariana sorri, satisfeita.

— Está tudo ótimo com ele. É um garoto forte.

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