O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 434

O sol ainda não rompeu o horizonte quando Marta e Lizandra deixam a casa em silêncio e seguem em direção aos galpões. O ar da madrugada é frio, carregado de orvalho, e o silêncio da terra adormecida contrasta com a energia delas. Há em Marta uma chama que não se apaga: o orgulho de quem plantou uma ideia, regou com esforço e agora colhe frutos. Seu sítio, antes apenas sonho e risco, hoje rende uma pequena fortuna, sustentando a família com dignidade. Não depende do casamento com um bilionário para garantir o futuro dos pais; depende apenas de sua visão, coragem e suor. Heitor, o pai, confiou-lhe a administração junto com Miguel, e os dois ergueram algo sólido, enquanto dona Maria sustentava tudo no apoio silencioso.

Os passos ecoam entre os galpões. Lizandra observa tudo com olhar clínico, os olhos atentos de quem conhece bem o mundo das criações. É veterinária, proprietária de terras e de galpões de frango e suínos, alguém que entende cada detalhe. Marta apresenta cada espaço com entusiasmo, enquanto Lizandra lança observações técnicas, sugestões de manejo e novidades do setor. Marta anota mentalmente, absorvendo como uma esponja.

— Você sabe que pode diversificar para os suínos, não é? Diz Lizandra, avaliando as estruturas.

— Já pensei nisso, mas ainda não dei o passo.

— Com o veterinário certo, tudo fica mais fácil. Estela, por exemplo, é especialista nisso. Foi ela quem implantou o meu projeto de frangos. Trabalha só com frango e suíno, é excelente.

O entusiasmo cresce. Marta sente que cada palavra da amiga abre um novo horizonte, uma nova chance de expansão. Elas deixam os galpões e seguem até a garagem, onde Marta aponta para um trator imponente.

— Vem, quero te mostrar outra coisa. Um sorriso largo, quase infantil, ilumina seu rosto.

Lizandra não hesita. Sobe no trator e, em instantes, as duas cruzam as plantações. Milho, sorgo e soja se estendem como um tapete verde e dourado sob a luz que começa a nascer. O vento b**e no rosto delas, trazendo a sensação rara de liberdade. Riem juntas, duas mulheres fortes, independentes, celebrando o poder de dirigir o próprio destino.

Enquanto isso, dentro da casa, o caos é absoluto. Don David Lambertini já perdeu a paciência, andando de um lado para o outro, o rosto vermelho de fúria. Jonathan, Ravi e Derick tentam acalmá-lo, mas a cada minuto sem sinal das duas mulheres, o desespero aumenta.

— Isso é um absurdo! David explode.

— Sumiram! As duas sumiram!

Miguel, encostado na parede, não aguenta e começa a rir, divertido com o pânico dos homens.

— Vocês não conhecem Marta… Dirige trator, carreta, caminhão boiadeiro, máquina agrícola desde criança. Ela, eu e Darlene fazíamos isso antes mesmo de pensar em carteira de motorista.

Heitor, sereno como sempre, apenas confirma:

— É verdade. Eles não têm ideia do que ela é capaz.

Mas David não se acalma. Está prestes a ter um ataque quando Jonathan e Islanne começam a rir ao lembrar de uma cena inesquecível.

Jonathan não consegue segurar a risada quando a lembrança invade sua mente, colorida e viva como se tivesse acontecido ontem. Ele passa a mão pelos cabelos, olha para os demais e, entre um riso e outro, começa a contar:

— Vocês não imaginam… um dia, ela simplesmente quebrou todos os protocolos no Grupo Schneider.

As palavras dele já despertam curiosidade. Ravi ergue as sobrancelhas, Derick se inclina um pouco mais para ouvir, e até David, que continua a andar de um lado para o outro como um touro enfurecido, se detém por alguns segundos, embora a contragosto.

Jonathan respira fundo, voltando no tempo:

— O pátio inteiro estava parado. Uma fila de caminhões, motoristas batendo papo, funcionários andando de um lado para o outro sem conseguir resolver nada. Tudo porque um motorista imbecil resolveu largar a carreta atravessada, bem na entrada da doca.

Ele gesticula com as mãos, indignado ainda pela lembrança.

— Pelas normas internas, só o motorista responsável podia mexer no veículo. Só ele. Nenhum outro funcionário podia encostar. E o sujeito? Sumiu. Simplesmente foi tomar café, como se nada estivesse acontecendo!

A voz dele cresce, inflamando-se de novo como no dia do ocorrido.

— Eu estava furioso. Furioso de verdade. A produção parada, os prazos explodindo, clientes ligando sem parar… Juro, eu estava pronto para matar alguém naquele momento.

Islanne, que escuta de braços cruzados e sorriso travesso, não resiste. Seus olhos brilham com a recordação que guarda com tanto carinho. Ela entra no relato, completando com entusiasmo:

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