O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 435

O relógio da cozinha marca pouco mais de meio dia quando Dona Maria anuncia, com seu jeito doce e firme, que o almoço está servido. O cheiro da comida já havia se espalhado pela casa inteira, invadindo cada canto com notas quentes de temperos frescos e o aconchego de comida caseira feita com paciência.

A mesa está posta de forma simples, mas convidativa: toalha branca, bem alva, pratos de louça, copos de vidro iguais e travessas fumegantes que exalam aromas irresistíveis. Ali não há luxo, não há porcelanas finas nem talheres prateados, mas há algo muito maior, invisível e poderoso, o seu amor.

David é o primeiro a se aproximar, ainda desconfiado. O olhar dele vagueia pela mesa como se tentasse decifrar cada prato antes de provar. Acostumado a restaurantes sofisticados, chefs renomados e cardápios elaborados, não espera muito da simplicidade de uma cozinha de fazenda. Mas o cheiro… ah, o cheiro o trai. Seu estômago ronca sem cerimônia, arrancando uma risadinha discreta de Ravi, que já se senta com naturalidade, esfregando as mãos em expectativa.

— Com licença, Dona Maria, diz Ravi, num tom respeitoso e alegre, mas eu não vou esperar ninguém não. Vou me servir logo, porque esse cheiro tá me deixando doido.

— Sirva-se, meu filho. Ela responde, com aquele sorriso caloroso que parece abraçar.

— Foi feito para todos comerem à vontade.

Jonathan puxa uma cadeira, ajudando Marta a se acomodar. Islanne senta-se ao lado, com os olhos brilhando de lembranças que o cheiro da comida lhe traz. Lizandra observa tudo com uma curiosidade misturada a encantamento, sempre passava férias com o padrinho, em uma família italiana tradicional, com uma mesa sempre farta, ela sente um calor familiar nascer dentro do peito só de olhar para aquela disposição de pratos simples, mas carregados de significado.

David, depois de se servir com certa hesitação, leva a primeira garfada à boca. Silêncio. O homem que tantas vezes esbravejou, criticou e nunca poupou palavras de reprovação, fecha os olhos por um instante. O sabor explode em sua boca, inesperado, familiar e ao mesmo tempo surpreendente. Ele mastiga devagar, saboreando como se cada tempero quisesse contar uma história.

— Mas o que é isso, Dona Maria? Ele pergunta, entre surpreso e rendido.

— Isso aqui tá… maravilhoso.

Ela solta uma risada curta, ajeitando o avental.

— É só arroz com feijão, seu moço. Um franguinho caipira, umas verduras da horta… nada demais.

David abre os olhos e encara a travessa de frango ensopado, dourado e suculento, cercado por batatas macias. Não se contém e repete o prato antes mesmo de terminar o primeiro.

— Nada demais? Ele resmunga, com a boca ainda cheia.

— Eu nunca comi algo tão bom na minha vida.

Ravi gargalha alto.

— Eu avisei, David. A comida da Dona Maria é coisa séria. Nem em restaurante caro de São Paulo você encontra um tempero desses.

Lizandra observa a cena, sorrindo. Ela mesma já está encantada. Cada garfada traz lembranças de sua infância na Itália, da cozinha quente da Nona, dos domingos em família, quando a mesa era o centro do mundo. E quando a sobremesa chega, ela não consegue se conter.

Dona Maria coloca sobre a mesa uma travessa funda, coberta por um creme claro, com camadas de biscoito embebido em café e cacau polvilhado por cima. O aroma é inconfundível.

— Tiramisu? Lizandra exclama, os olhos se iluminando como os de uma criança.

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