A madrugada avança, mas o sono não vem. Jonathan observa Marta adormecida ao seu lado, os lençois envolvendo o seu corpo nu como uma promessa silenciosa de pertencimento. Ainda assim, algo dentro dele não se aquieta. Ele a tem ali, entregue, jurando que é sua. Mas até quando? Até que ponto aquelas palavras são reais e não apenas reflexo do calor do momento?
O peito dele sobe e desce em uma respiração pesada. Ele desliza os dedos pela pele macia dela, tentando se convencer de que finalmente venceu a batalha. Mas a guerra ainda não acabou. Marta mexe-se levemente, murmurando algo entre o sono. Jonathan estreita os olhos.
— Marta? — Ele toca seu rosto, a voz carregada de preocupação.
Ela se encolhe por um instante, um tremor quase imperceptível percorrendo seu corpo. Quando abre os olhos, há um vestígio de medo neles antes de piscar rapidamente e forçar um sorriso.
— O que foi? — A voz dela é suave, mas há algo contido nela, como se escondesse um pensamento sombrio.
Jonathan não responde de imediato. Apenas a observa, estudando cada mínima reação. Seu instinto grita que há algo errado. Mas será que ele quer realmente saber a verdade?
Ele desliza os dedos pelos cabelos dela, afastando uma mecha do rosto.
— Você tem certeza de que quer isso, Marta? — Sua voz é grave, carregada de um significado mais profundo.
Ela engole em seco, o olhar fugindo do dele por um segundo antes de voltar, determinado.
— Quero, Jonathan. Quero você. — Ela toca o rosto dele, os dedos trêmulos. — Eu só… preciso me acostumar com tudo isso.
— Eu sei que você tem medo, Marta — diz Jonathan, com a voz baixa, mas firme. — Mas a gente vai se conhecendo aos poucos. E, com o tempo, essas inseguranças vão diminuindo… vão sumindo.
Marta o encara por um momento, os olhos carregando mais do que palavras poderiam dizer.
— Pode ser… Mas eu tenho convicção de uma coisa — ele continua, se aproximando: — Eu quero você. E não é por impulso. Eu quero você de verdade.
Ela respira fundo, segura o olhar dele e responde com firmeza:
— Eu também quero isso. Quero lutar por nós. Mas não vou fazer isso sozinha, Jonathan.
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