O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 443

O celular de Eduardo vibra sobre a mesa de madeira, quebrando o silêncio tranquilo da fazenda. Ele olha o visor e vê o nome de Jonathan. Uma ponta de apreensão surge em seu peito; Jonathan não costumava ligar sem motivo. Atende no segundo toque.

— Fala, Jonathan, está tudo bem? E o Dylan, como está o meu sobrinho preferido? — Jonathan tenta brincar, mas a hesitação em sua voz entrega o peso que carrega.

Do outro lado da linha, Eduardo solta uma risada curta.

— Está cada dia mais esperto, cara. Hoje mesmo já consegue dominar a mãe, a tia, o tio e os avós. Se continuar assim, logo vai tomar meu lugar na casa. A risada, porém, perde a força quando percebe a pausa carregada de silêncio de Jonathan.

— Mas você… o que aconteceu? Eu conheço sua voz, não está normal.

Do outro lado da linha, Jonathan respira fundo.

— Eduardo… a Cici sofreu um acidente. Não resistiu.

O riso de Eduardo se desfaz de imediato, não em tristeza, mas em uma estranha frieza que o pega de surpresa.

Do outro lado, o silêncio é absoluto. Eduardo não reage de imediato, como se as palavras demorassem a atravessar a barreira da indiferença que ele ergueu contra aquela mulher. Quando fala, sua voz é fria, quase sem emoção:

— Eu… não consigo nem ter tristeza por ela, Jonathan. Depois de tudo o que ela fez… é como se já tivesse morrido há muito tempo dentro de mim. Mas sinto muito por vocês…

Jonathan fecha os olhos, sente o peso da resposta, mas compreende.

Eduardo respira fundo e completa:

— Vou avisar a Mariana. Se ela quiser ir até aí, ela vai… Mas, pra mim, é só mais um capítulo que se fecha.

Jonathan não insiste. Apenas agradece em voz baixa, o coração pesado, e a ligação se encerra, deixando no ar a sensação de que, mesmo na morte, Cici não conseguiu despertar o luto de quem mais feriu.

Eduardo desliga o telefone com Jonathan e fica alguns instantes parado, olhando o nada. A notícia ainda ecoa em sua mente, não pela dor, mas pela estranha ausência dela. Respira fundo e segue até a sala, onde Mariana está folheando uns papéis, concentrada.

Ele se aproxima devagar.

— Mari… preciso te contar uma coisa.

Ela ergue os olhos, atenta ao tom da voz do irmão.

— O que foi? Aconteceu alguma coisa com o Dylan?

— Não. Ele está ótimo, Eduardo assegura, forçando um sorriso breve.

— É sobre a Cici. Acabei de falar com o Jonathan. Ela… morreu. Acidente de carro.

Mariana o encara por alguns segundos, sem piscar, até que um meio sorriso cético surge em seus lábios. — Morta? Repete, como se testasse a palavra.

— Eduardo… para mim, essa mulher já estava morta há muito tempo. Eu não quero nem notícia dela.

Ele suspira, um tanto aliviado pela reação dela coincidir com a sua.

— Eu senti a mesma coisa. Nenhum luto, nenhuma dor. Só um vazio. Como se um capítulo tivesse sido apagado do livro.

— Não apagado, Mariana corrige, firme.

— Encerrado. E graças a Deus que não precisamos mais perder energia com essa lembrança.

Eles trocam um olhar silencioso de cumplicidade, e pela primeira vez percebem que, de fato, haviam enterrado esse peso antes mesmo da morte chegar.

Decidem então subir para ver Dylan. Abrem a porta do quarto e encontram Darlene sentada na poltrona de amamentação, com o bebê no colo. Dylan mama tranquilo, mas solta o peito para sorrir ao ver o pai e a tia entrarem. Seus olhos brilham de alegria inocente, e o sorriso banguela arranca risadas imediatas.

— Cada dia mais lindo e esperto Mariana comenta, encantada, passando a mão nos cabelos finos do bebê.

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