Jonathan não sabe mais onde termina o expediente e onde começa a obsessão. A caneta escorrega da mão suada, o relógio martela no pulso como um lembrete cruel de que o tempo insiste em passar devagar. Ele tenta responder um e-mail, mas está olhando para a tela sem ver nada. Seu corpo está ali, no escritório, mas a alma já foi. Já está na casa dele. Em Marta. E o que sente por ela... aquilo não é amor. É um incêndio que arde no peito, um vício sem cura, uma fome que só aumenta cada vez que pensa nela. Marta é um problema sem solução, e ele já nem quer resolver.
Nada disso se parece com Aira.
Aira era poesia. Marta é tempestade.
Com Aira, o amor era calmo, um afago constante. Sorrisos suaves, mãos que sabiam o momento certo de se recolher. Aira aceitava, cedia, se moldava. Com Marta é guerra. É resposta afiada, olhar desafiador, é o tipo de mulher que arranca o seu controle com uma mordida no lábio. Jonathan não está apaixonado por Marta, está dominado por ela. E por mais que isso o irrite, também o enlouquece. Talvez seja isso que mais o prenda: a imprevisibilidade. Marta é imprevisível... como Islanne. Ele ri sozinho ao pensar nas duas juntas. As duas mulheres mais intensas que já conheceu, com certeza fariam o mundo arder, ou pelo menos o bairro inteiro. E ele quer estar na primeira fila para assistir o caos.
Adiantando tudo que pode, Jonathan praticamente foge da empresa. Ignora chamadas, delega o que não dá tempo e dirige como um louco de volta pra casa. Quando entra, a visão quase o derruba: Marta está parada na porta do quarto, descalça, com um vestido preto que mais revela do que esconde. Cabelos soltos, olhos de fera domesticada por escolha própria. A boca desenha um sorriso lento.
— Chegou, senhor Schneider?
Ele tenta falar algo, mas a voz falha. Marta já está caminhando até ele, os dedos puxando sua gravata com uma lerdeza proposital. Os olhos nos olhos. E ali, no meio do silêncio cheio de tensão, Jonathan desmorona. Recuar não é mais uma opção, então ele arranca tudo, o terno, camisa, razão, orgulho, até restar só a pele e a urgência.
Os dois se afundam na banheira, a água quente mal consegue competir com o calor entre eles. Ela desliza sobre ele como se pertencesse ali, seus corpos se encaixando como se sempre soubessem o caminho. Marta geme alto, crava as unhas nas costas dele. Jonathan abocanha o sei0 com uma fome quase desesperada, as mãos firmes segurando sua cintura, guiando os movimentos lentos, torturantes. A cada impulso, promessas desconexas, confissões rasgadas entre gemidos e suspiros. O mundo deixa de existir fora dali.
E quando o ápice explode como um trovão dentro deles, os dois gritam de prazer, de alívio, de tudo o que não sabem como explicar. E então o silêncio retorna, pesado, cúmplice.
Mas entre os beijos e o cansaço feliz, Jonathan fixa o olhar nela. Marta. Tão dele. Tão indomável.
Quem é essa mulher que parece conhecer seus desejos melhor do que ele mesmo?
Por que, mesmo depois de tudo, ele sente que ainda não viu tudo o que ela esconde?
E, principalmente... será que está pronto para o que está por vir?
Jonathan a carrega pela casa como um predador que finalmente captura sua presa favorita. Os braços firmes envolvem o corpo nu de Marta, enquanto seus olhos escuros mantêm aquele brilho de pura possessividade.
A j**a na cama com um movimento seguro, preciso. Sobe sobre ela, dominando seu espaço, seu ar, seu corpo. A respiração dela já acelera, e ele nem começou ainda.
— Lembra do que eu disse que faria se me chamasse de senhor outra vez? — murmura, a voz baixa, carregada de promessas perigosas.
Marta sorri, atrevida, uma verdadeira desafiadora do próprio destino.
— Estou louca pra você me f0der até eu esquecer meu nome... senhor Schneider.
A provocação cai como gasolina em brasa.
— Então se prepara, meu amor... porque eu não vou parar até te deixar implorando para respirar.
Ele se abaixa, começa sua trilha lenta de beijos, passando pelo pescoço, pelos sei0s que já estão rijos só com a antecipação, descendo pela barriga como se saboreasse o caminho até seu próprio paraíso. Marta geme, arqueando o corpo, os dedos se enroscando nos lençóis com força.
Jonathan observa, fascinado. O peito dela sobe e desce descompassado, os olhos turvos de desejo, a boca entreaberta. Ela está entregue. Completamente.
Ele segura as coxas dela, afastando-as com domínio, expondo sua intiimidade já escorrendo por ele. O sex0 de Marta brilha, molhado, pulsante, faminto. Ela respira rápido, os olhos suplicam. Gosta de vê-la assim, na beira do abismo, implorando sem dizer uma palavra.
— Você é tão linda quando está desesperada — ele sussurra.
Então ele começa.
A língua quente desliza por toda sua intimidade, lenta e provocante, até alcançar o centro do prazer dela. Marta solta um gemido alto, sofrido, se esfregando nele sem nenhum pudor.
— Jon Jonathan! — ela grita, puxando os cabelos dele com força.
Ele sorri contra ela, e suga com vontade. Firme. Cruel. Delicioso.
— Que delícia... por favor... continua assim — ela implora, voz embargada de prazer.
Jonathan não se apressa. Ele saboreia. Rebola a língua em círculos, suga, chupa, morde de leve. Introduz um dedo, devagar, e sente o quanto ela aperta.
— Putta merda, você vai me esmagar... — ele rosna.
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