Jonathan acorda sentindo o corpo relaxado, uma sensação rara para um homem que sempre carrega o peso do mundo nos ombros. A primeira coisa que percebe é o cheiro. Café fresco, pão quentinho… e tapioca.
Ele sorri.
Levanta-se, veste apenas a calça do pijama e desce as escadas, seguindo o aroma que vem da cozinha. E lá está ela.
Marta, vestida com uma camisola fina, cabelos presos em um coque frouxo, virada de costas enquanto movimenta a frigideira com destreza. A visão mais doce e tentadora que ele poderia ter logo pela manhã.
Ela percebe sua presença e se vira, sorrindo.
— Bom dia, Senhor Schneider.
Jonathan ri, aproxima-se e envolve a cintura dela, puxando-a contra seu peito.
— Eu já te avisei sobre me chamar assim…
Ela morde o lábio.
— Talvez eu goste do que acontece quando eu te desafio.
Ele enterra o rosto no pescoço dela, mordiscando de leve.
— Então vou te punir hoje à noite.
Ela ri, mas um arrepio percorre sua espinha. Jonathan se afasta para sentar-se à mesa, e Marta serve seu café da manhã. Tapioca do jeito que ele gosta.
— Isso está perfeito — ele elogia, dando uma garfada.
— Quero que tenha energia para mais tarde — ela pisca, maliciosa.
Ele solta uma risada baixa.
— Se depender de mim, você vai gritar meu nome até esquecer o próprio.
Os dois trocam olhares intensos. Mas ele precisa ir.
Jonathan a puxa para um beijo demorado antes de sair, relutante, para mais um dia no Grupo Schneider.
— A Marta conseguiu amolecer seu coração de pedra, hein? — Eduardo provoca assim que Jonatha se aproxima do carro.
— Cale a boca, Eduardo.
— Olha só, antes eu falava isso e você me ameaçava. Agora só manda calar a boca. O amor está mudando a sua paciência também.
Jonathan revira os olhos, mas um sorriso discreto denuncia sua boa manhã.
O dia segue tranquilo, mas algo o incomoda. Ele quer voltar. Marta ocupa seus pensamentos o tempo todo. Quer tocá-la, sentir sua pele, ouvir os sons roucos de prazer que ela faz quando ele a domina.
A tarde se arrasta. O relógio parece andar mais devagar.
Então o celular toca.
Jonathan arqueia a sobrancelha ao ver o número do chefe da segurança de sua casa. Um frio percorre a sua espinha.
Atende.
— Algum problema?
— Senhor Schneider… a senhora Marta saiu. Entrou em um carro.
Jonathan fica imóvel. O peito aperta.
— Que carro? Quem estava com ela?
— Não identificamos o motorista. Mas temos as imagens. O carro era um modelo de locadora.
O sangue dele ferve.
— Ainda estão vendo o carro? Tem a placa?!
— Sim, senhor, temos a placa, mas já saíram do nosso campo de visão. Estamos enviando as imagens agora.
Jonathan desliga e imediatamente liga para Eduardo.
— Você sabe de algo sobre Marta sair?
— Não. O que houve?
— Entre na minha sala. Agora.
Minutos depois, Eduardo entra e encontra Jonathan tenso, segurando o celular com força.
— O que está pegando?
— Marta saiu com um carro de aplicativo. Sozinha.
— Merda… Ela ao menos disse algo para você?
Jonathan balança a cabeça negativamente, os olhos escuros de frustração.
— Vou investigar — Eduardo diz, pegando o celular.
As imagens chegam. Eles pegam a placa do carro.
Eduardo estreita os olhos.
— Isso aqui… esse carro roda em aplicativo.
Jonathan trava a mandíbula.
— Você quer me dizer que Marta chamou um carro de aplicativo para sair de casa sem me avisar?
O silêncio de Eduardo responde por si só.
Jonathan sente uma onda de raiva e desespero subindo por sua espinha.
— Onde diabos ela foi? E por que karalhos ela não me avisou?
Ele liga para ela. Caixa postal.
Liga de novo. Nada.
O peito dele sobe e desce, o coração batendo como um tambor de guerra.
Eduardo cruza os braços.
— Isso tá estranho, Jonathan. Ela nunca fez isso antes.
— Nunca, você bem sabe.
Jonathan aperta os olhos, forçando-se a pensar racionalmente, mas o ciúme começa a nublar sua mente.
Mas ela também não é conhecida por seguir regras.
Encosta a cabeça no banco e sorri para o teto como se escondesse um segredo precioso. A leveza que sente é estranha. Boa. Quase perigosa.
— Ciumento, possessivo e mandão… — ela murmura sozinha, os olhos semicerrados num sorriso provocante.
Sabe que ele está enlouquecendo por dentro. Deve estar com aquela expressão fria, mandíbula travada, os olhos escurecidos de raiva e preocupação.
E o melhor? Tudo por causa dela.
A ideia é tão deliciosa que ela solta uma risadinha maliciosa e passa a ponta dos dedos pelos lábios, como se pudesse sentir o gosto dele.
— Ele vai me punir por isso… — suspira, mordendo o canto da boca. — E eu… ah, eu mal posso esperar.
Apenas de imaginar o tom da voz dele, a forma como vai exigir explicações, talvez segurando seu queixo com firmeza… Ela arrepia.
Imagina a cena perfeitamente: ele entra, com aquele andar carregado de poder, os ombros largos tensos, o olhar fatal.
— Onde você estava, Marta? — ele perguntaria, com aquela voz rouca que faz seu corpo inteiro reagir.
E ela fingiria inocência, com o sorrisinho mais cínico do mundo:
— O senhor está nervoso, é?
Ela já sente o arrepio subindo pelas coxas só de pensar em chamá-lo de "senhor". Sabe o efeito que isso tem nele.
E naquele momento, Jonathan se tornaria o que ela mais deseja: um homem absolutamente dominante, pronto para esmagá-la com sua presença, para tomá-la como se fosse propriedade dele.
E talvez… talvez seja mesmo.
Porque Marta, mesmo sem admitir, precisa disso.
Precisa sentir-se pequena nas mãos dele.
Precisa ser devorada pelo homem que a faz queimar em cada toque.
Precisa ser esmagada pela presença que carrega o nome Jonathan Schneider.
E sem saber, sorrindo suavemente consigo mesma, Marta segue seu caminho…
Enquanto do outro lado da cidade, um império inteiro entra em estado de alerta.
Mas ela?
Ela só consegue pensar em uma coisa:
“Tomara que ele esteja bravo de verdade.”
Mas a pergunta que não quer calar fica no ar.
Onde ela está? Por que Marta saiu sem avisar?
O que ela está escondendo?
E, o mais inquietante… quem ela foi encontrar?
Estão gostando dessa nova versão da Marta?
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Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino