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O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 48

Marta respira fundo e encara o visor do painel eletrônico à sua frente. O número da sala brilha em azul, indicando que é sua vez.

Ela ajeita a bolsa no ombro e segue pelo corredor branco e silencioso até a porta indicada. Antes que possa bater, a porta se abre, revelando uma senhora de olhar caloroso e um sorriso gentil.

— Marta Maia? — A voz da mulher é suave, acolhedora.

— Sim.

A médica dá um passo para o lado, permitindo que Marta entre. O consultório é espaçoso, iluminado, com aquele cheiro característico de hospital misturado com lavanda.

— Pode se sentar, querida. Me chamo doutora Helena. Então, me diga, a consulta é de rotina ou há alguma necessidade específica?

Marta umedece os lábios, desconfortável. Seus dedos se entrelaçam no colo enquanto ela baixa os olhos, sentindo o rosto esquentar.

— Eu… nunca fui a uma ginecologista antes — admite, sentindo-se estranha por dizer isso em voz alta. — E… bom, eu tive minha primeira experiência sexual recentemente e… não me preveni.

A médica sorri de forma compreensiva e toca sua mão com leveza.

— Não há motivo para vergonha, Marta. Você fez a coisa certa vindo até aqui. Vamos conversar e ver como podemos cuidar da sua saúde, está bem?

Ela assente, relaxando um pouco mais.

A consulta prossegue de forma tranquila. Doutora Helena a deixa à vontade, explicando cada passo com paciência. Examina as suas mamas, o abdômen e realiza algumas ultrassonografias, explicando sobre os métodos contraceptivos, mas enfatizando que a decisão será feita após os resultados dos exames.

Depois de uma hora, Marta retorna ao consultório para receber os laudos.

— Bem, Marta, está tudo ótimo. Você tem uma leve anemia, mas nada preocupante. Vou te passar um suplemento e um anticoncepcional.

A médica entrega os papéis com as orientações e agenda um exame preventivo para o câncer de colo do útero.

— Obrigada, doutora.

— De nada, querida. Cuide-se, e qualquer dúvida, estou à disposição.

Marta sai do consultório se sentindo… leve. Livre.

Enquanto caminha pela rua, um sorrisinho divertido surge em seu rosto.

Jonathan Schneider vai surtar quando souber que ela fez tudo isso sem avisá-lo.

Ah… ela já imagina a expressão dele.

Mandíbula travada, aquele olhar feroz e possessivo, a voz dura e carregada de autoridade.

O senhor Schneider fica uma delícia quando está prestes a perder o controle.

Marta ri baixinho.

Ela mal pode esperar para vê-lo enfurecido.

Jonathan mal respira quando vê a notificação piscando no visor do celular. Cartão de crédito utilizado. Farmácia.

Ele arregala os olhos, o maxilar tenso. Silenciosamente, vira a tela para Eduardo.

— Reconhece o lugar?

Eduardo não perde tempo.

— Claro. Fica a quinze minutos daqui. Eu dirijo.

E dirige mesmo, como um condenado. Costura entre os carros, buzina, ignora sinais e xingamentos. O motor do carro ruge pela avenida enquanto Jonathan aperta os punhos sobre os joelhos, sentindo o sangue pulsar nas têmporas.

A cabeça lateja. A raiva ferve.

Ela saiu. Sozinha. Usou um carro de aplicativo. E agora está passeando, como se nada tivesse acontecido.

Quando estacionam em frente a uma delicatessen charmosa de esquina, Jonathan salta do carro antes mesmo de ele parar por completo. Seus olhos a encontram imediatamente. Marta, linda, despreocupada, andando como se fosse dona do mundo.

Ele a observa por um segundo pela vitrine de vidro. Ela está no caixa, segurando uma garrafinha de água mineral.

Jonathan atravessa a porta como um furacão.

— Marta. — A voz sai baixa, mas carregada.

Ela se vira devagar, e o sorriso que nasce em seus lábios é puro deboche.

— Senhor Schneider… — Ela entoa com gosto, os olhos brilhando.

— Eu juro por Deus, se esse carro não explodir de tensão, eu sou um santo.

Silêncio.

Mas no ar, a tempestade se arma.

E ninguém — nem mesmo Marta — faz ideia do que Jonathan está prestes a fazer.

O silêncio no carro é denso, quase sólido. Eduardo dirige com a mandíbula travada, sentindo o calor da tensão no banco de trás. Ele ousa não dizer nada, sabe que qualquer palavra agora pode ser um estopim.

Jonathan está imóvel, as mãos cerradas, os olhos fixos em Marta. Ela, por outro lado, se ajeita com elegância no banco, sorri com aquele ar de quem acabou de cometer um pecado delicioso… e está pronta para cometer muitos outros.

— Está me olhando assim por quê, senhor Schneider? Vai me punir por ter saído de casa sem pedir permissão? — provoca com a voz baixa, quase um sussurro cheio de veneno doce.

Ele não responde. Só solta o ar com força, tentando se conter.

Mas o desejo já misturado com raiva e necessidade é demais até mesmo para ele.

Assim que chegam na mansão, Jonathan salta do carro e abre a porta de Marta com brutalidade. Pega-a pelo braço, sem machucar, mas com firmeza o bastante para deixá-la arrepiada.

Eduardo apenas observa, encostado no carro, e murmura para si mesmo:

— Vai se arrepender de ter provocado esse homem… ou talvez não.

Dentro de casa, ele a empurra contra a parede da entrada com força, os olhos incendiando os dela.

— Você quer me enlouquecer, não é? Está brincando com fogo.

Jonathan não espera mais. A beija com brutalidade e desejo. Beija como quem quer punir. Como quem quer marcar. Como quem quer deixar claro quem é que manda.

Ela geme contra seus lábios e se entrega.

— E se eu quiser me queimar? — ela sussurra, os lábios entreabertos.

Ele a pega no colo, como uma possessão, e sobe as escadas sem soltar. Marta envolve as pernas ao redor da cintura dele e encosta a cabeça em seu ombro, arfando de antecipação.

Como será essa punição? Será que Marta está pronta para o que vem a seguir?

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