O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 50

O aroma de café fresco invade o ambiente, misturado ao cheiro doce da tapioca quentinha feita do jeitinho que Jonathan gosta: com queijo, presunto, alcaparras, e uma leve camada de manteiga derretida. Ele entra na cozinha e encontra Marta com um avental preso ao corpo nu por baixo, ou pelo menos é o que ele acredita, e essa dúvida já é o suficiente pra deixá-lo de pau duro às sete da manhã.

— Bom dia, senhor Schneider — ela diz com aquele sorriso sapeca, colocando uma xícara diante dele.

— Você quer que eu te jogue sobre essa mesa logo cedo, é isso?

— Não me parece uma ameaça ruim — ela pisca, servindo a própria xícara.

Jonathan senta-se e observa enquanto ela se serve. Aquilo... é intimiidade. Uma cena simples, doméstica, mas que toca em um ponto dentro dele que ainda não sabe nomear. E ele gosta. Gosta muito mais do que deveria.

Depois do café e de alguns beijos roubados, ele segue para o hall, onde encontra Eduardo encostado na parede, mexendo no celular.

— Dormiu aqui? — Jonathan pergunta, franzindo o cenho.

Eduardo ergue o olhar, meio cansado.

— Sim. Depois de ontem, achei melhor ficar por perto. Vai que a senhorita tempestade resolve te enlouquecer mais ou escapar de novo.

Jonathan passa a mão pelo cabelo, exalando um riso cansado.

— Você é leal até demais.

Eduardo dá de ombros.

— Você tá diferente, Jon. E isso é bom, mas também perigoso. Marta é um furacão, e você precisa aprender a lidar com ela sem perder o controle.

— E o que você sugere? Que eu a tranque num quarto?

— Claro que não. Você é o senhor Schneider, karalho. Mas ela não é uma mulher qualquer. Essa menina vai te bagunçar inteiro, e o seu erro vai ser tentar vencê-la no grito.

Jonathan assente, pensativo, depois sorri de lado.

— Espero que um dia você encontre uma igual.

Eduardo arregala os olhos.

— Deus me livre, quer me enlouquecer é?

— Ah, vai sim — Jonathan dá um tapinha nas costas dele.

— E eu vou rir muito quando ela te deixar louco.

Os dois caem na gargalhada, ecoando pela mansão como um alívio depois do caos da noite anterior. A cumplicidade entre eles é silenciosa, construída em anos de convivência. E agora, Marta, com sua personalidade caótica, entra como o ingrediente inesperado que mexe com tudo.

Jonathan e Eduardo seguem para o grupo Schneider. O caminho até o prédio é rápido, mas sua cabeça permanece nela. Nas palavras ditas, no cuidado que ela demonstrou ao procurar a médica, e em como ele quase estragou tudo com a sua impulsividade.

Ele entra na sala com a cabeça cheia — pronto pra mergulhar nos relatórios e reuniões — mas, claro… a paz não dura muito.

A porta mal termina de se abrir, e Islanne já entra com todo o seu furacão de personalidade. Sem pedir permissão, sem cerimônia. Jonathan só ergue os olhos da tela do notebook, já esperando o caos.

Do lado de fora, Mônica, a secretária que acompanha os irmãos Schneider desde sempre, observa a cena com um sorriso travesso e aproveita para ver de perto o caos.

Quando a porta se fecha, Islanne gargalha alto, cruzando os braços e balançando a cabeça.

— Pela sua cara, maninho… — ela diz com a risada escapando.

— A fodah da reconciliação foi deliciosa, hein?

Jonathan arqueia a sobrancelha e ri abertamente, relaxando na cadeira.

— Você não tem noção.

— Claro que temos. Você tá com a cara de quem foi sugado para dentro de um redemoinho de pernas e gemidos. — a secretária diz com um sorriso de lado.

— Monica! — ele solta uma gargalhada, surpreso com o atrevimento dela.

— É sério, mulher!

— Eita! Então quer dizer que a cunhada fez mágica?

Ele se estica na cadeira, ainda rindo, e faz um gesto com a mão.

— Ontem... eu saí mais cedo. Achei que ela estava em casa, não é? Mas na verdade recebi uma ligação da segurança da mansão, ela saiu de casa num carro de aplicativo, eu enlouqueci e fui atrás.

— Quase surto atrás da infeliz, mas conseguimos rastrea-la, quando entrava numa delicatessen, rindo, comprando água com a cara mais lisa do mundo. Me olhou e ainda me desafiou.

— Não… — Monica se segura no batente da porta.

Furacões e Laços 1

Furacões e Laços 2

Verify captcha to read the content.Verifique o captcha para ler o conteúdo

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino