A noite cai como um véu espesso de silêncio e promessas. Lá fora, a segurança é apenas um detalhe técnico. Aqui dentro, nas paredes do quarto onde tudo dói e tudo pulsa, Marta e Jonathan vivem o que muitos nem ousam sonhar: um amor que queima, cura, desarma e destrói.
O clima carrega resquícios pesados da discussão. Há mágoa nos olhos dela, arrependimento nos dele. Mas quando Jonathan fecha a porta atrás de si, deixando o mundo lá fora, é como se nada mais existisse além dos dois.
Ele se aproxima devagar, os olhos cravados nela, as mãos ansiosas por tocá-la.
— Eu vou resolver isso — diz, firme, tomando o rosto dela com as mãos quentes. — Do meu jeito. Mas tem uma coisa que você precisa saber…
Sua testa toca a dela com um gesto tão íntimo que faz Marta prender o ar.
— Você é minha. Só minha. E amanhã, quando todo mundo me vir com você, ninguém vai ter dúvidas.
— Você tem certeza disso? — ela sussurra, com medo de acreditar.
— Tenho. E não volto atrás. Nunca mais.
A tensão ainda paira no ar, como eletricidade estática. Marta ainda sente o sangue fervendo de raiva e humilhação, mas a forma como Jonathan segura seu rosto, com os olhos queimando de culpa e desejo, a desarma sem pedir permissão.
Eles se abraçam com força, como se o mundo estivesse ruindo ao redor. Orgulho, desejo, medo, tudo se mistura, tudo se dissolve.
— Eu sou péssimo com sentimentos — ele confessa, encostando os lábios na bochecha dela. — Aprendi a mandar, resolver, vencer. Mas amar... só tinha amado Aira. E agora, tô assustado pra karalho, Marta.
Ela o encara, surpresa pela vulnerabilidade. O gigante ruge, mas também sangra.
— Depois dela, nunca levei ninguém a sério. Nunca me importei com o que uma mulher sentiria se fosse chamada de “amiga”. Mas com você… — Jonathan engole em seco, os olhos marejando. — Eu sinto que qualquer deslize meu pode te afastar. E isso me destrói.
Marta sente o coração derreter. Os olhos dele estão vermelhos. Pela primeira vez, vê o homem atrás da armadura. Não o chefe. Não o império. Só Jonathan. Um homem apaixonado e quebrado.
— Você não vai me perder — ela diz, levando as mãos ao rosto dele. — Mas precisa me enxergar do seu lado. Não atrás. Não escondida. Do seu lado, Jonathan.
Ele fecha os olhos, absorvendo aquelas palavras como se fossem remédio. Quando os abre, está rendido.
— Me perdoa?
Ela sorri, puxando-o pela gola da camisa.
— Me mostra o quanto você quer isso.
O beijo que segue é mais do que desejo. É uma confissão. Jonathan a segura pela cintura com intensidade, como se o toque dela fosse a única coisa mantendo seus pés no chão. A empurra com cuidado contra a cama e deita-se sobre ela.
— Eu preciso sentir que você ainda é minha — murmura no ouvido dela. — Que não vai me deixar.
— Eu sou sua — ela responde, arranhando-lhe as costas. — Só sua.
Jonathan senta-se na beira da cama e a coloca no colo, as mãos firmes nas coxas dela, afastando-as com um gesto lento, provocante.
— Senhor Schneider — ela provoca, mordendo o lábio. — Tá me deixando ansiosa.
— Isso é só o começo, minha menina ousada.
Ela sorri, mordendo o lábio.
Jonathan captura o sei0 dela, arrancando um gemido e logo seus dedos trabalham entre as pernas dela, fazendo-a gemer alto.
Ele para. Uma gota quente de prazer escorre pela coxa dela. Jonathan sente. E seu autocontrole se desfaz.
— Você tá encharcada… — ele murmura, com uma nota quase de reverência. — Você me deseja tanto assim?
Ela apenas geme, se remexendo no colo dele.
Ele a deita com carinho na cama e se abaixa entre suas pernas, abrindo-a com os polegares e mergulhando no prazer dela. Suas lambidas são dedicadas, precisas, reverentes. Quando suga o clit0ris, Marta arqueia o corpo e grita o nome dele, se contorcendo.
— Ah... Jonathan... porrah!
Ele ergue os olhos, um sorriso nos lábios.
— Agora é minha vez de te enlouquecer.
— Já conseguiu…
Jonathan perde o ar.
Ele leva uma das mãos aos cabelos dela, os dedos entrelaçando-se nos fios com força contida. Não é para controlar — é para se manter ancorado, para não se perder completamente naquela sensação avassaladora. Marta é tudo o que ele não sabia que precisava. Linda, entregue, ousada e carinhosa. Sua boca parece feita sob medida para o corpo dele, e a dedicação com que o toca faz o prazer vir em ondas, intensas e descontroladas.
— Você vai me matar… — ele solta, entre um riso rouco e um gemido grave, o corpo tenso, os quadris se movendo por reflexo.
Ela se afasta lentamente, um fio de saliva conectando sua boca ao membro pulsante de Jonathan. O sorriso que surge em seus lábios é malicioso, provocante, como uma promessa.
— Ainda não, senhor Schneider… — sussurra, a voz baixa e carregada de intenções. — Quero você inteiro.
Sem dar tempo para resposta, ela volta a sugá-lo com intensidade ainda maior, afundando a boca com fome, com prazer, com domínio. Jonathan solta um gemido alto, a cabeça tombando para trás. Ele tenta resistir, conter o 0rgasmo, mas Marta é impiedosa, engole cada centímetro dele com entrega selvagem e deliciosamente hábil.
Quando ele enfim se desfaz em sua boca, Marta o recebe sem hesitar, engole tudo com naturalidade e prazer, e não para por aí. Com a ponta da língua, faz movimentos delicados na glande sensível, prolongando o êxtase dele enquanto suga suavemente, como se quisesse tatuar aquele momento na memória de ambos.
Jonathan estremece inteiro. Está à beira da insanidade, e Marta... Marta sorri como se soubesse disso.
— Te amo, Marta. — Ele diz, finalmente, num sussurro abafado.
Ela estremece inteira. E sorri com os olhos marejados.
— Eu também te amo, Jonathan.
E naquela noite, entre beijos e juras de amor, eles se pertencem mais do que nunca.
E quando a madrugada chega, o amor entre eles se solidifica entre lençóis amassados e corações despidos.
Mas do lado de fora, onde o sol ainda não nasceu, perguntas silenciosas pairam no ar, como fumaça:
Até quando esse paraíso vai durar?
O passado, enterrado, realmente ficou para trás?
Ou está apenas esperando o momento certo para bater na porta... e cobrar sua dívida?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino