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O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 55

O sol nasce preguiçoso sobre o mar de Búzios, pintando o céu com tons dourados e alaranjados. Na varanda da suíte do resort, Marta se espreguiça, envolta apenas no lençol branco que desliza perigosamente por seu corpo nu. Jonathan a observa da cama, com o braço apoiado atrás da cabeça, encantado.

— Você vai me matar desse jeito — ele diz, com um sorriso preguiçoso.

— E você vai reclamar? — ela provoca, virando o rosto por cima do ombro.

— Nunca. Quero morrer assim todos os dias.

Eles riem juntos. A manhã começa leve, embalada pela brisa salgada que entra pelas portas abertas e pelo barulho suave das ondas quebrando ao longe.

Pouco depois, os dois descem para o café da manhã. O restaurante do resort oferece um verdadeiro banquete: frutas frescas cortadas em formatos artísticos, pães artesanais, ovos mexidos cremosos, croissants ainda quentes, sucos variados e café fumegante. Marta arregala os olhos como se tivesse encontrado um paraíso particular.

— Eu nunca vi tanta coisa gostosa junta — ela diz, pegando uma taça de iogurte com frutas vermelhas.

— Eu já vi — Jonathan murmura, com um sorriso safado, olhando direto para ela.

Marta revira os olhos, rindo.

— Senhor Schneider, comporte-se. Estamos entre pessoas.

— Não prometo nada — ele responde, já pegando dois croissants e colocando no prato dela. — Come tudo. Vamos precisar de energia pra voltar.

— Voltar… — ela repete, num suspiro leve.

— É, pequena. Mas prometo te trazer aqui sempre que quiser. Ou pra qualquer lugar do mundo. É só pedir.

Ela sorri, tocada com a promessa simples, mas cheia de intenção. Eles comem devagar, aproveitando cada sabor, cada toque nos dedos, cada olhar cúmplice entre goles de suco e café.

Quando voltam para o quarto, Marta se j**a na cama e diz:

— A gente podia fugir, morar num lugar assim.

— A gente pode tudo. Só que, por enquanto, temos um mundo lá fora que nos espera.

— Mundo que você comanda, né, senhor magnata.

— Senhor Schneider, por favor — ele corrige, teatral. — Não diminua meu título.

Ela j**a uma almofada nele, rindo, e logo estão trocando beijos novamente — doces dessa vez, cheios de carinho e saudade antecipada.

A volta é feita em grande estilo. No jato de Jonathan, como na ida, ela se encanta com tudo. Está mais à vontade agora, segura de si, ainda que o coração pese um pouco por deixar o paraíso onde tantas memórias foram construídas.

De mãos dadas durante o voo, eles conversam sobre tudo: negócios, rotina, planos para o fim de semana seguinte.

— Quando chegarmos, quero te mostrar um cantinho da mansão que é só meu — Jonathan diz, acariciando o dorso da mão dela. — E agora vai ser nosso.

Marta encosta a cabeça no ombro dele, suspirando.

— Eu só preciso de você, não importa onde.

O pouso é suave, e ao voltarem para a mansão, são recebidos pela equipe com sorrisos respeitosos. Marta estranha um pouco, mas Jonathan a conduz pela casa como se ela fosse parte dela desde sempre.

— Bem-vinda de volta, minha menina.

Ela sorri, abraçando-o pelas costas quando entram no quarto.

— Obrigada, senhor Schneider.

Ele se vira, beija sua testa e diz:

— Agora sim… estamos em casa.

— Amor, preciso ir para o grupo. Reunião com investidores. Mas antes...

Ele pega o celular e liga para Eduardo. Marta, curiosa, ergue as sobrancelhas.

— Eduardo? Aconteceu alguma coisa?

— Ainda não — ele responde sério, olhando para ela.

— Mas estou prevenindo meu futuro infarto.

Eduardo atende com a voz sonolenta.

Minutos depois, ela está ao volante da enorme caminhonete, rindo alto ao sentir a potência do motor. Eduardo, do banco do carona, segura firme, fingindo pavor.

— Tá se sentindo a própria caminhoneira de luxo?

— Me respeita, Eduardo. Isso aqui é o amor da minha vida. Que me perdoe o seu amigo — ela brinca, arrancando risadas dele.

Eduardo não resiste e grava um vídeo rápido de Marta no volante, sorrindo com aquela felicidade simples e genuína. Em seguida, envia junto com a nota da compra diretamente para o celular de Jonathan, com a legenda:

“Ela escolheu a RAM. E escolheu bem. Amanhã tá na garagem. Tá preparado?”

No Grupo Schneider, Jonathan está sentado à mesa de reuniões com sua irmã Islanne, revisando projeções de crescimento. Tudo parece sob controle… até o celular vibrar.

Ao abrir a notificação, ele congela.

— Não. Não. NÃO.

— Que foi, maninho? — Islanne pergunta, curiosa, inclinando-se para ver a tela. Ao bater o olho na imagem da nota de compra e o vídeo de Marta dirigindo a RAM como uma imperatriz do asfalto, ela solta uma gargalhada.

— Meu Deus… a baixinha pegou pesado! Ela escolheu uma RAM?

— LIMITED LONGHORN EDITION — Jonathan repete, ainda atordoado.

— Isso é um caminhão de luxo, Islanne!

— Ela tem bom gosto. Melhor que o seu. Você vive com esses sedãs entediantes.

— Isso é um abuso — ele resmunga, mas a boca traindo o coração com um leve sorriso. — Eduardo rindo, você rindo… eu sou o único aqui tentando manter a sanidade.

Islanne dá um tapa de leve no ombro dele.

— Você está ferrado, maninho. E nem adianta fingir que não ama cada segundo disso.

Jonathan bufa, rendido. Porque sim, está completamente entregue. E se ela quer a RAM, ela vai ter a RAM.

— Só espero que ela não peça um helicóptero semana que vem. — ele murmura, e Islanne quase chora de tanto rir.

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