A manhã na Mansão Schneider começa com os portões abrindo para receber um verdadeiro monstro sobre rodas: a RAM 3500 LIMITED LONGHORN EDITION, impecavelmente preta, cromada e reluzente. O motorista do caminhão descarrega com todo o cuidado a caminhonete imensa, quase reverente diante da máquina poderosa.
Marta, de short jeans justíssimo, blusinha branca que marca cada curva e o cabelo solto dançando com a brisa, quase flutua até o carro. Os olhos dela brilham como os cromados da RAM. Ela entra, dá partida, e o ronco do motor preenche o ar como uma sinfonia selvagem.
Sem esperar ninguém, sem se importar com o protocolo, Marta pisa no acelerador e parte como uma criança que ganhou o maior brinquedo do mundo. A segurança da mansão apenas observa, em choque, antes de pegar o telefone e ligar com urgência para o Grupo Schneider.
Na presidência do grupo, Jonathan revisa um relatório quando o celular toca. Ele atende de forma automática.
— Schneider.
— Senhor, bom dia… aqui é o chefe da segurança. A... senhora Marta saiu.
— Saiu? Com quem?
— Com o caminhão, senhor. Quer dizer, com a RAM. Ela... saiu dirigindo sozinha.
Jonathan levanta tão abruptamente da cadeira que a caneta voa da mão.
— O QUÊ?
Ele berra o nome de Eduardo pelo corredor. Eduardo entra às pressas na presidência, achando que alguma tragédia aconteceu. Mas ao ver o rosto de Jonathan vermelho de pura fúria, e o celular ainda colado no ouvido dele, começa a rir antes mesmo de saber o motivo.
— O que foi agora, meu Deus?
— Ela saiu com aquela coisa! Sozinha!
Eduardo gargalha ainda mais quando Jonathan j**a o celular sobre a mesa e mostra a foto da RAM que o segurança acabou de mandar, com Marta saindo dos portões como se fosse rainha de tudo aquilo.
— E o rastreador? — Jonathan pergunta, desesperado.
— Ainda não coloquei... ia mandar fazer isso hoje.
— EU VOU INFARTAR! — ele grita, massageando as têmporas.
Nesse momento, o celular dele vibra de novo. Chamada de "Rainha do Caos 💣". Jonathan atende no viva-voz sem pensar.
— O que você pensa que está fazendo, Marta?
— Estou dando a volta inaugural, ué. Não está feliz por mim?
— Você saiu sozinha naquele... caminhão! Não tem nem rastreador ainda!
— Ah, Jonathan... agora não é carro de aplicativo, tá vendo? Estou segura. E estou linda.
— Marta, volta para casa agora...
— Tô aproveitando meu presente, amor. Relaxa. Beijo! — e desliga.
A sala fica em silêncio por dois segundos até Islanne entrar, ouvindo o final da ligação.
— Ela desafiou você de novo?
— Todo dia — resmunga Jonathan.
— Essa mulher é um acontecimento.
— Isso não é uma mulher, é um cometa!
— Eduardo diz, segurando o riso.
— E a gente aqui... só tentando sobreviver.
Duas horas depois, quando Jonathan acredita que talvez as coisas tenham acalmado, Monica b**e na porta com uma expressão curiosa.
— Senhor Schneider... tem uma moça aqui... senhorita Maia. Quer falar com o senhor.
Jonathan fecha os olhos, inspirando fundo.
— Mande a Rainha do Caos entrar — ele rosna.
Marta entra com a mesma energia de quem está desfilando em um tapete vermelho. Cabelos presos num coque bagunçado charmoso, vestido floral rodado, e aquele sorriso que sempre mistura inocência e perversão.
Jonathan está em pé, com os braços cruzados, o maxilar tenso.
— Você... — ele começa, mas Marta o interrompe.
— Vim te ver. Sentiu saudades, Senhor Schneider?
Ele se aproxima devagar, mas os olhos ainda fumegando.
— Você quase me fez infartar.
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