O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 59

O barulho dos motores ecoa imponente pela entrada principal da mansão Schneider. Duas RAMs 3500, lado a lado, adentram a propriedade como uma cena de filme de ação. A branca perolada de Islanne brilha sob o sol do fim da tarde, enquanto a preta imponente de Marta parece devorar o caminho como se fizesse parte da paisagem.

Os funcionários da mansão param o que estão fazendo. Uns com a boca aberta, outros rindo e trocando olhares cúmplices. Todos perceberam: quando Marta e Islanne estão juntas, o caos vem com elas, e em grande estilo.

As caminhonetes estacionam lado a lado. As portas se abrem e saem as duas rainhas, óculos escuros, cabelo solto, salto alto e um sorrisinho vitorioso nos lábios. Marta j**a a chave para o chefe da segurança e pisca.

— Cuida bem dela, é minha primeira filha — diz com falsa seriedade.

— Primeira? — Islanne provoca. — Tu vai fazer uma frota, não é?

As duas riem enquanto caminham em direção à entrada principal.

— E então? — Islanne pergunta, já mais tranquila, enquanto tiram os sapatos e seguem pelos corredores internos da casa.

— De onde veio essa habilidade absurda com caminhonete? Vai me dizer que aprendeu vendo tutorial no YouTube?

Marta sorri, mas agora há um tom mais doce, nostálgico no olhar.

— Eu me criei na roça. Lá em casa a gente só usa caminhonete, trator, caminhão boiadeiro. Tem um sítio enorme, cheio de morro, barro, gado... Para viver lá, tem que saber dirigir tudo. Eu aprendi cedo, acho que com uns nove, dez anos já manobrava trator e caminhão como se fosse bicicleta.

Islanne arregala os olhos, impressionada.

— Nove anos, mulher? Isso é talento bruto. Eu com nove só sabia mexer na Barbie e fingir que ia ser princesa um dia...

Marta ri, mas logo o sorriso vacila. Seu olhar perde o brilho por um instante. Aquele vazio nos olhos entrega mais do que ela gostaria.

— A fazenda era meu mundo — diz com a voz baixa, quase num sussurro. — Era minha casa. Minha vida.

Islanne sente o baque. O ar entre elas muda. Ela não pergunta nada, mas percebe. Marta está ali, firme, brincalhona, provocadora. Mas há feridas escondidas, profundas. Algo fez com que ela deixasse tudo para trás. Algo a queimar forte demais.

Sem invadir, Islanne apenas toca seu braço com carinho.

— Um dia você me leva lá?

Marta hesita, mas depois sorri, como se agradecesse por não precisar explicar nada.

— Quem sabe... quando eu tiver coragem de voltar

Elas seguem para dentro da mansão. Já ouviram o som da voz de Jonathan vindo da sala. Islanne pisca para Marta.

— Bora contar pro reizinho que agora eu também sou uma caminhoneira?

— Ele vai infartar. — Marta ri alto. — Prepara o desfibrilador.

E quando as duas entram, a visão é digna de susto.

Jonathan está de pé, em frente a um quadro com gráficos, falando com Eduardo. Ao ver as duas entrando com aquele ar vitorioso, ele já sabe: caos à vista.

— Não... — ele começa, já colocando a mão no peito. — Não me digam que...

— Comprada. Assinada. Registrada. — Islanne corta, jogando a chave da RAM para o alto e pegando de volta.

— Agora a rainha do Caos tem uma aliada.

— E ainda te fiz um favor — Marta completa. — Pelo menos agora eu não saio de carro de aplicativo.

Eduardo segura o riso, Jonathan encara os céus.

— Eu tô ferrado...

— Tão ferrado que é até bonito de ver. — Islanne fala, jogando o cabelo por cima do ombro. — Mas relaxa, maninho. A gente promete não atropelar ninguém. Pelo menos não de propósito.

Eles caem na risada e Jonathan balança a cabeça. Ele olha para Marta, que pisca para ele, cúmplice, e sente seu coração se aquecer, mesmo com o estresse.

Porque no fundo... ele gosta desse caos.

A chegada das Rainhas 1

A chegada das Rainhas 2

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