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O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 61

Jonathan está na presidência do Grupo Schneider, rodeado por relatórios e previsões de mercado. Mas a verdade? O único número que importa naquele momento é a distância entre ele e Marta.

Ele suspira, incomodado com o silêncio. Pega o celular e liga.

— Marta, almoça comigo hoje? Vem até aqui... tô precisando de você.

A voz dele tem um toque rouco, carente. Marta, que estava se arrumando para sair, sorri do outro lado.

— Já está com saudade, senhor Schneider?

— Sempre. Vem logo, vai.

Na sede do Grupo, Mônica não consegue esconder o sorriso quando a vê entrar.

— E não é que a senhora Schneider chegou? — ela brinca.

— Ainda não sou, mas a intenção é boa — Marta responde com um brilho nos olhos.

— Islanne está em reunião com o jurídico, mas o senhor Jonathan já está te esperando.

Marta segue com Mônica até o escritório. Quando Jonathan a vê, seu rosto se ilumina. Ele a recebe com um beijo demorado, daqueles que fazem o mundo sumir por um instante.

— Agora sim, o meu dia melhorou.

Marta retribui o beijo, sorrindo. — E eu achei que você estava mesmo atolado de trabalho.

— Estou. Mas você faz isso aqui valer a pena.

Ela se senta ao lado dele, observa os papéis sobre a mesa e começa a ler. Jonathan segue observando, achando que ela apenas fingiria entender… mas não. Marta lê tudo com atenção, analisa dados e até faz algumas observações certeiras.

— Isso aqui está inflado. E isso… — ela aponta — esse projeto tem previsão fora do prazo realista. Dá para renegociar isso com um bom argumento.

Jonathan arregala os olhos, visivelmente impressionado.

— Você tem certeza que nunca trabalhou com isso?

— Só sou curiosa. E observadora. Mas a verdade, é que na roça, nós somos obrigados a resolver tudo, não existe diretor disso, daquilo, encarregados...

Ele a olha com admiração. Algo ali muda dentro dele. Marta não é apenas linda, divertida ou sensual… ela é inteligente. Muito.

No elevador, quando descem para almoçar, os dois encontram Cassandra, a líder do RH. A mulher sorri de forma artificial, quase venenosa.

— Senhor Schneider... quanto tempo. — Cassandra lança um olhar direto e ousado. Depois olha para Marta, dos pés à cabeça, e fala com desdém:

— Quem é essa?

Marta permanece em silêncio, o que só deixa o ambiente mais tenso.

Jonathan percebe o clima e fala, seco:

— Cassandra, sugiro que procure o seu lugar. E evite desrespeito com quem não conhece.

— Claro, senhor. — ela responde, disfarçando, mas ainda com os olhos carregados de veneno.

Quando ela sai, Marta respira fundo.

— Ela é sempre assim?

— Cassandra ultrapassa limites. Mas você sabe... ainda não disse para ninguém que estamos juntos.

— Eu percebi. — a resposta dela vem firme, mas sem levantar a voz.

— Marta...

— Tudo bem. Não vou dar show fora de casa.

Eles seguem para o refeitório. Alguns funcionários tentam disfarçar o espanto ao verem o todo poderoso Jonathan Schneider entrando de mãos dadas com uma mulher comum, mas absolutamente segura de si. Marta distribui simpatia, cumprimenta os funcionários e sorri com naturalidade. Ela se encaixa ali… como se sempre tivesse pertencido àquele lugar.

Almoçam juntos, em clima tranquilo, mas o coração de Marta já está inquieto. Ela sente… por mais que Jonathan a deseje, admire, e até ame, ele ainda não tem coragem de assumi-la.

Na volta, ela o deixa no escritório com um beijo discreto e vai embora em silêncio.

Chegando em casa, o nó no peito estoura. Marta entra no quarto, abre o armário e começa a jogar as roupas dentro da mala. Roupas, sapatos, cosméticos… ela tenta conter as lágrimas, mas não consegue.

Eduardo, que estava passando pelo corredor, vê a movimentação e arregala os olhos.

— Marta? Tá indo para onde?

Ela engole em seco.

— Para qualquer lugar onde eu não precise me sentir menos. Onde eu não me sinta escondida.

Eduardo não pensa duas vezes. Se afasta com o celular na mão e liga para Jonathan.

— O que foi que você fez, mano?

— Que porrah tá acontecendo?

Marta se levanta.

— Mas você não diz isso quando importa. Eu te amo, Jonathan, mas não vou implorar por migalhas do seu amor.

Jonathan olha para Marta. Marta olha para Jonathan.

E por um segundo, ele tenta o velho truque. O olhar selvagem, o andar predador. Se aproxima, a boca quase na dela.

— Me provoca... só mais um pouco, Marta.

— Hoje, não.

Ele tenta beijá-la, mas ela vira o rosto.

— Não se atreva. Você não vai meter em mim como punição.

— Nem pense em tentar me castigar agora. Se encostar em mim, eu grito e a casa inteira vai ouvir

— Não tô te punindo. Tô tentando te fazer lembrar que você é minha.

— Eu não sou de ninguém, Jonathan. E você vai ter que fazer muito mais do que meter com força para me convencer do contrário.

Ele recua. O peito subindo e descendo.

— Marta…

Jonathan leva as mãos à cabeça, frustrado. Os olhos dele marejam, mas o orgulho é maior. Ou quase.

— VOCÊ NÃO SAI DAQUI KARALHO! — ele explode. — MESMO QUE EU TENHA QUE AMARRAR VOCÊ!

Nesse momento, Eduardo entra no quarto correndo.

— CHEGA! Os dois! Vocês tão se destruindo! — ele encara Jonathan.

— Se você levantar a voz de novo, eu mesmo enfio você naquela piscina de roupa.

Jonathan o encara, ainda trêmulo.

Será que o senhor Schneider vai conseguir se entender com Marta? Explicar de forma convincente que a ama e não a quer escondida?

E Marta, estará aberta para perdoar as falhas de Jonathan?

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