O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 64

A mansão Schneider parece suspensa no tempo. A noite cai com a delicadeza de um véu sobre os jardins bem cuidados, e dentro da suíte principal, um universo inteiro pulsa entre os dois corpos, dois corações que quase se perderam.

Marta está sentada na beira da cama, com os olhos fixos em Jonathan e no pequeno anel que brilha na palma da mão dele. Há um turbilhão por trás daquele olhar, uma guerra travada entre orgulho ferido, amor profundo e a insegurança que ficou após a feridas mal cicatrizada.

— É sério? — ela pergunta, a voz embargada, quase como se quisesse acreditar, mas temesse ser enganada por ele.

Jonathan dá um passo à frente, os olhos mergulhados nos dela, a respiração presa.

— Mais do que tudo que já foi importante para mim na vida, Marta. Eu tô apostando meu mundo nisso. Apostando em nós dois.

Ela fecha os olhos por um segundo. Duas lágrimas escorrem, silenciosas, e ela sorri. Um sorriso pequeno, vulnerável, mas sincero.

— Então coloca logo esse anel no meu dedo, antes que eu desista de te perdoar por todas as vezes que você me fez duvidar de mim mesma.

As mãos dele tremem levemente ao segurar a dela. Ele desliza o anel até o dedo dela com a reverência de um homem que encontrou redenção em um único gesto.

— Você é minha mulher. Meu amor, minha vida. Minha paz e meu tormento. E se alguém duvidar... eu grito isso do telhado da empresa, da sacada da bolsa de valores, do inferno se for preciso.

Ela ri entre lágrimas.

— Quero ver você gritar isso na próxima reunião com os acionistas.

— Se for por você, eu subo na mesa e declamo Shakespeare de cueca.

— Idiota — ela sussurra, rindo mais, já envolvida pelo jeito desajeitado, mas visceralmente sincero dele.

— E então...? Vai ser minha assistente?

Ela hesita, o olhar ficando mais sério.

— Isso... ainda tô pensando. Não sei se consigo misturar as coisas de novo. Mas ser sua mulher...? Isso eu sou faz um tempo. Muito antes de você admitir.

O tempo parece desacelerar.

A noite avança, envolvendo a mansão em um silêncio quase sagrado. No quarto, agora em penumbra, só a luz suave do abajur ilumina os contornos do corpo de Marta, deitada ao lado de Jonathan, como se o destino tivesse, por fim, dado uma trégua. Mas ali, naquele momento, não há espaço para o mundo. Há apenas os dois, pele, alma, desejo e amor. Ele entrelaça os dedos aos dela com delicadeza.

— Eu achei que tinha te perdido... — ele sussurra, encarando-a com olhos marejados.

— E doeu de um jeito que eu não sabia que poderia doer.

— Eu também achei que iria embora. Me forcei a pensar racionalmente, mas o coração... — ela toca o peito dele com a ponta dos dedos — ...o coração me impediu. Você é a bagunça que meu corpo reconhece.

Jonathan a beija. Um beijo lento, de encaixe perfeito, de confissão silenciosa. O toque dele é cuidadoso, quase solene. Sua mão desliza pela cintura dela, os dedos traçando um caminho suave até a barra da camisola. Ele a puxa com a mesma lentidão com que se tira uma armadura, respeitando cada camada.

A (in)decisão 1

A (in)decisão 2

A (in)decisão 3

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