Entrar Via

O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 65

O elevador abre as portas no andar da presidência do Grupo Schneider. Marta entra de cabeça erguida, vestida com um blazer branco, uma calça social elegante e o cabelo preso em um coque impecável. Sua maquiagem é leve, mas clássica. Poderosa. Confiante.

Na recepção, Monica arregala os olhos com um sorriso.

— Uau! Se era pra chegar dominando, você acertou em cheio! — ela brinca, levantando e estendendo a mão. — Bem vinda oficialmente ao Grupo Schneider, senhorita Maia.

— Obrigada, Monica — Marta responde com um sorrisinho divertido.

— E hoje eu prometo que não vou pilotar caminhões… só uma mesa mesmo.

Ambas riem.

A movimentação pelo andar começa a desacelerar enquanto os funcionários percebem Marta sendo conduzida por Mônica até a sala presidencial. Alguns olhares curiosos, cochichos discretos… afinal, todo mundo ali já sabe quem é ela. Mas agora… ela está ali como funcionária.

— Posso entrar? — Marta pergunta, parando na porta da sala.

Jonathan ergue os olhos das papeladas e abre um sorriso instantâneo. Levanta-se e vai até ela.

— Pode e deve, senhora minha — ele responde com um beijo na bochecha.

— Vem cá, vamos começar o seu treinamento.

— Com ou sem broncas? — ela provoca, já entrando e largando a bolsa.

— Depende do seu desempenho — ele retruca, com aquele olhar que só ela conhece.

Marta se acomoda ao lado da mesa de Jonathan e ele começa a mostrar o sistema interno da empresa, explica as funções da assistente pessoal — desde organizar agendas, ajudar com reuniões, controlar e-mails e compromissos.

— Basicamente, eu vou mandar em você. — Ela cruza os braços com um sorrisinho sacana.

— Nem aqui você me deixa ser presidente em paz? — ele rebate, rindo.

— Inacreditável.

— Você ama isso. — Ela ressponde rindo e dá de ombros.

Durante a manhã, Marta surpreende. Com perguntas inteligentes, anotações rápidas, e um raciocínio lógico afiado. Jonathan começa a delegar tarefas com mais confiança, e a cada nova função, ela corresponde à altura.

Na hora do café, Mônica se aproxima com uma bandeja e cochicha:

— Acho que vou me aposentar. Tem uma futura CEO aí do lado.

Marta ri, mas Jonathan apenas diz:

— Eu tô ferrado. Essa mulher vai me engolir em três meses.

— Engolir você... talvez no almoço — Marta murmura baixinho, fazendo Jonathan tossir em choque e Mônica sair gargalhando.

No almoço, eles comem juntos no refeitório da diretoria. O ambiente é mais discreto, mas ainda há olhares atentos.

— Você vai se acostumar — Jonathan diz, enquanto serve um pouco mais de risoto no prato dela.

— Eu sou da roça, amor. Se sobrevivi a galinha brava e boi arisco, escritório é fichinha.

— Ainda bem que ninguém aqui sabe dirigir caminhão melhor que você — ele comenta, e ambos riem.

No fim da tarde, após um dia cheio de relatórios e novas experiências, Marta se despede com um beijo na porta da sala dele.

— Então... amanhã, às oito?

— Às oito. E se atrasar, vai ter punição.

— Hum… gostando desse contrato.

Ela sai, e Jonathan suspira, sentando de novo na cadeira.

Monica entra sorrateira com uma xícara de café.

— Vai aguentar misturar trabalho e amor?

— Não sei, Monica... mas se for com ela, eu quero tentar.

Ela sorri, deixa o café e sai, deixando Jonathan olhando para a porta onde Marta passou.

Definitivamente, a senhora Maia é mais que um furacão. É o caos que virou lar.

— Faremos a entrega nas condições anteriores. Foi um mal entendido, senhora.

Ao desligar, Marta sorri e fecha a pasta. Todos na sala ficam em silêncio por alguns segundos, até que o estagiário do jurídico solta:

— Isso foi... brilhante.

— Isso foi Marta — Monica diz, entrando com uma xícara de chá. — Se acostumem.

— Porém, em casos como esse, o ideal seria a avaliação do setor jurídico antes da decisão do pagamento de multas.

Mais tarde, quando Jonathan finalmente desce do andar da reunião e encontra Marta no escritório, ela está digitando, tranquila, como se não tivesse acabado de salvar milhões da empresa.

— O que eu perdi? — ele pergunta, se aproximando.

— Nada demais. Só evitei que sua empresa pagasse quase cinco milhões a mais num contrato furado.

— Como?

Ela entrega a pasta com os documentos e o resumo da negociação. Jonathan lê, sem conseguir esconder o sorriso orgulhoso.

— Você... você foi genial.

— Sou só a mulher que você não deu o devido título no elevador. — Ela levanta uma sobrancelha, divertida.

Jonathan a segura pela cintura e a puxa para perto.

— Eu vou compensar isso. Em todos os sentidos.

— Começa me dando aquele chocolate suíço da sua gaveta secreta.

— Como você sabe da minha gaveta secreta?

— Eu sou sua assistente, amor. Agora é oficial, eu sei de tudo.

Eles riem e ele a beija, sem conseguir mais esconder o orgulho que sente.

E, naquele dia, todos na empresa entenderam: Marta não era só a namorada do presidente. Ela era parte do império.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino