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O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 68

Jonathan Schneider sai do prédio ao lado de Marta, vestida com um blazer branco impecável, celular em mãos e a agenda mentalmente cronometrada. O carro os espera na porta e em poucos minutos, estão a caminho de um restaurante sofisticado no centro financeiro da cidade, onde um seleto grupo de empresários os aguarda para o almoço.

No salão elegante, entre taças tilintando e garçons discretos, tudo flui com maestria. Jonathan está em seu território: firme, articulado, irresistivelmente persuasivo. Ao lado dele, Marta acompanha cada nome, cada gesto, cada palavra com a atenção de quem lê mais do que se diz. Quando um executivo menciona um contrato com prazos apertados, ela já faz uma anotação. Quando outro fala da expansão para o norte do país, ela troca contatos com a assistente dele e anota uma possível visita técnica para a semana seguinte.

— Sua assistente é afiada — comenta um dos empresários com um sorriso admirado.

Jonathan lança um olhar rápido para Marta, quase orgulhoso.

— É mais que isso. Ela antecipa pensamentos. Às vezes até os meus.

Entre conversas sobre investimentos, licitações e novas parcerias, taças são erguidas, mãos se apertam, contratos nascem em olhares. Quando a conta finalmente chega à mesa, todos já saíram dali com algo mais do que bons pratos e vinhos caros.

Mas então, o inesperado.

A porta principal do restaurante se abre e a comitiva entra: seguranças, assessores, jornalistas. No centro, o governador do estado, cercado de sorrisos protocolares e flashes. Ele caminha lentamente entre as mesas, cumprimentando empresários, trocando palavras ensaiadas.

A presença do governador muda o ambiente. O burburinho no salão diminui. O homem que comanda o Estado entra como quem sabe que tudo ali, de alguma forma, pode ser dele — ou estar contra ele.

O governador sorri para os fotógrafos, ajusta os punhos da camisa e caminha com a postura impecável de quem sabe o peso de cada passo. Um assessor se aproxima da mesa de Jonathan e sussurra algo ao ouvido do chefe.

Logo depois, ele se volta diretamente ao grupo.

— Cavalheiros... — diz o governador com voz firme e afável, estendendo as mãos como se abraçasse o ambiente. — Que prazer encontrá-los aqui. Quando o poder econômico e o poder público se encontram casualmente, algo maior está sempre prestes a nascer.

Os empresários se levantam, cumprimentando-o com entusiasmo contido. Jonathan, no entanto, permanece sereno. Observa. Pondera.

— Governador — diz um dos empresários, com uma taça ainda na mão. — Estamos justamente debatendo parcerias estratégicas para a região norte. Quem sabe o senhor queira se juntar à conversa?

— Sempre quero — responde o político, com um sorriso seguro. — O futuro do estado passa por alianças inteligentes. E eu valorizo cada uma delas... principalmente quando há competência à mesa. — Ele então vira o rosto em direção a Jonathan. — Schneider, é sempre interessante ver onde você está. Porque onde você está, as engrenagens costumam girar mais rápido.

Jonathan o cumprimenta com um leve aceno de cabeça.

— E onde o senhor está, governador, os olhos do país também costumam estar atentos. Isso pode ser útil… ou arriscado.

— Ah — o governador ri baixinho. — O risco é parte do jogo. Mas vejo que você ainda é tão afiado quanto antes.

Os olhos dele então recaem sobre Marta.

— E essa jovem ao seu lado... Não posso deixar de notar a presença marcante.

Jonathan se adianta:

— Marta Maia. Minha assistente pessoal.

— Maia... — O governador finge pensar por um segundo, depois estende a mão com elegância. — Um prazer, senhorita.

— O prazer é meu, governador — diz Marta, firme, sem desviar o olhar.

Ele segura a mão dela por um segundo mais longo que o habitual, não por intenção dúbia, mas como quem sente o potencial de quem está diante dele.

— Inteligente, centrada e muito observadora — diz ele, soltando a mão. — Gosto disso. O Estado precisa de mulheres como você. Quem sabe um dia eu a convença a vir para o setor público.

— Gosto de fazer o que faço. E de onde faço — responde Marta, com um meio sorriso.

O governador sorri com mais entusiasmo, como quem reconhece uma peça rara.

— Perspicaz. Deveria ficar de olho nela, Schneider. Pessoas assim podem mudar o rumo das negociações... ou da história.

Marta mal tem tempo de perguntar algo. Jonathan já a puxa para si e a beija com força, com urgência. Há um fogo nos olhos dele — algo que nasceu do orgulho de vê-la brilhar ao lado dele... mas que também carrega a sombra do ciúme.

Ela corresponde sem hesitar. Sobe nos braços dele como se já conhecesse o caminho e se encaixa com naturalidade. Ele a leva até a mesa com passos firmes, como se cada segundo de distância fosse insuportável.

As roupas não resistem. São arrancadas entre beijos famintos e toques desesperados, como se precisassem provar ali mesmo que pertencem um ao outro.

Jonathan a deita sobre a mesa com reverência e fome. A boca dele desce pelo corpo dela, provocando arrepios, até encontrar seu ponto mais sensível. Ele a saboreia como quem conhece cada reação dela — e quer cada uma delas de novo. Os gemidos dela se intensificam, mas ele segura seus quadris com firmeza e a encara.

— Morde os lábios, Marta... — ele sussurra rouco. — Esses sons são meus. Só meus.

Ela obedece, entre suspiros contidos e olhos fechados, o corpo inteiro vibrando. Quando está prestes a se entregar, ele se ergue, a encara com um desejo antigo, mas renovado, e se posiciona entre suas pernas. Beija-a com fome, como se o tempo tivesse parado para os dois.

Com movimentos lentos e profundos, Jonathan a possui. Eles se movem juntos como um só, até o clímax os tomar em silêncio ofegante, gemendo na boca um do outro, os corpos colados, os corações disparados.

Depois, ainda abraçados, se olham. Marta sorri, ainda ofegante.

— Você trancou a porta mesmo?

Jonathan ri, encostando a testa na dela.

— Tranquei. Mas se alguém ousar bater... vai ter que esperar muito.

Eles caminham juntos até o banheiro da sala, rindo baixinho, nus e cúmplices, lavando o corpo e as memórias com a leveza de quem sabe que se pertence.

Mas mesmo no calor da intimidade, algo ainda pulsa dentro de Jonathan. A lembrança do olhar do governador... o elogio, o tempo exato da aparição.

O que exatamente aquele homem sabe sobre Marta?

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