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O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 69

A tarde cai, suave, nas janelas amplas da sala de reuniões executiva do Grupo Schneider. Lá dentro, Marta está sentada à mesa com Jonathan e Islanne, ambos com sorrisos contidos, quase cúmplices, enquanto ela toma um gole de água e os observa com atenção.

Jonathan está visivelmente ansioso, os dedos tamborilando na madeira. Islanne, elegante como sempre, segura uma pasta de couro marrom.

— Marta... — Jonathan começa, ajeitando-se na cadeira.

— Nós temos algo para te propor.

Ela arqueia uma sobrancelha, desconfiada.

— Se for pra fazer teste de caminhão novo, já aviso que eu topo.

Islanne solta uma risadinha, enquanto Jonathan revira os olhos com carinho.

— Não dessa vez, Rainha do Caos. Estamos falando de um novo cargo. Diretoria adjunta. Você já provou mais do que o suficiente que tem visão, iniciativa, postura e jogo de cintura. E... sinceramente? Você já manda mais aqui que metade dos diretores.

Marta arregala os olhos, chocada.

— Diretoria? Gente... — ela engole seco, claramente emocionada, mas também assustada.

— Isso é muito para mim. Eu... eu não tenho nem faculdade ainda.

— Isso não te desqualifica. — Islanne segura sua mão com ternura.

— Você tem algo que muitos ali não têm, coragem, talento, empatia e capacidade de adaptação. Mas a decisão é sua.

Marta sorri, o olhar já brilhando com emoção.

— Eu agradeço. De verdade. Vocês não têm ideia do quanto isso significa para mim... — ela respira fundo, passando os dedos no cabelo.

— Mas agora, nesse momento da minha vida, eu quero ir devagar. Quero aprender com vocês, com calma. Quero ter tempo livre para cuidar de mim, da casa e de vocês. E.. estou pensando em estudar.

Jonathan a encara, surpreso e encantado.

— Estudar?

Ela assente, mordendo o lábio com uma certa vergonha.

— Eu quero fazer faculdade de Administração de Empresas. Quero crescer do meu jeito. E com base. Não quero só um cargo. Quero merecer ele, sabe?

Jonathan sorri largo, com os olhos marejados. Levanta-se e a abraça pela cintura, apertando-a com carinho.

— Você me mata de orgulho, sabia? — ele murmura no ouvido dela.

— A futura colega de profissão mais linda do mundo.

Islanne se levanta também, colocando a pasta sobre a mesa.

— Marta... que honra caminhar com você. Você me inspira. E me dá esperança.

— Ah, para com isso, vocês vão me fazer chorar... — Marta ri, abraçando os dois com força.

Ela então se afasta um pouco e, com um sorriso doce, pergunta:

— Que tal você jantar conosco hoje, cunhada? Faço algo bem gostoso. Prometo não servir risoto de micro-ondas.

— Eu topo! — Islanne responde na hora.

— Ainda mais com comida da dona Marta.

— Então é combinado — Marta sorri, dando um beijinho no rosto de Jonathan e outro em Islanne.

— Vou para casa adiantar o jantar. Vocês se virem aí. Até mais!

Ela sai com leveza no andar e no coração. Jonathan a acompanha com os olhos até a porta se fechar.

— Mano... você deu sorte. — Islanne comenta com um sorriso terno.

— Eu sei. — ele responde baixo, com orgulho estampado na voz.

— E vou fazer de tudo para merecer essa mulher.

Islanne cruza os braços, observando o irmão por um instante.

Jonathan balança a cabeça devagar, olhando para o copo, depois para o corredor por onde Marta sumiu.

— Você acha que a Marta sente isso?

— Ela sente tudo. E deve ser estranho para ela ver que você cultua uma lembrança com tanta força. Não é desrespeito com a Aira. É só... deixar o amor descansar. E o seu coração, viver.

Jonathan fica em silêncio por um tempo, mas então assente.

— Tá certo. Amanhã mesmo vou doar tudo. Agradecer pelo que foi... e seguir.

— Boa escolha. — Islanne sorri.

Nesse momento, Marta volta com uma travessa de sobremesa fumegante.

— Petit gâteau com sorvete de creme! Quem ama?

— EU! — Islanne praticamente grita, batendo palmas. — Meu Deus, eu tô apaixonada por você, Marta!

— Já tenho dono, moça — Marta responde com charme, dando uma piscadinha para Jonathan, que ri.

O momento segue mais um pouco entre garfadas doces, memórias e planos. Até que Islanne, satisfeita e aquecida pelo clima, se levanta.

— Vou para casa. Mas olha, Marta... você transformou essa mansão. Obrigada por isso.

— Ah, imagina, Isa. Agradeço eu por ser tão bem recebida.

As duas se abraçam com afeto verdadeiro. Quando Islanne passa por Jonathan, ela pisca discretamente. Ele entende. Ela está lembrando da conversa, do gesto que precisa ser feito. Ele assente de leve, em silêncio.

Marta fecha a porta com cuidado, sorrindo ainda com a presença de Islanne.

— E aí, senhor Schneider? Que tal a noite?

— Perfeita. — Ele a puxa pela cintura, encostando a testa na dela.

— Como você.

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