Jonathan e Marta caminham de mãos dadas até o quarto, em silêncio, mas com os corações em paz.
A luz do início da manhã invade as janelas, dourando tudo com suavidade.
Marta solta a mão dele delicadamente e vai até o banheiro, enchendo a banheira com água morna e essência de baunilha e lavanda. Coloca velas ao redor, cria um ambiente acolhedor, e volta para ele com um sorriso doce.
— Vem, amor. É hora de você deixar tudo para trás. Só por hoje... deixa eu cuidar de você.
Jonathan apenas concorda com um aceno. Os olhos marejados não precisam dizer nada.
Ele tira a camisa e entra na banheira junto com ela, se acomodando entre as suas pernas. Marta passa as mãos pelos ombros dele com carinho, massageando cada ponto de tensão, como se tirasse, pouco a pouco, o peso de todos os anos de dor e saudade.
Ele fecha os olhos e encosta a cabeça no peito dela.
Pela primeira vez em muito tempo, sente-se leve.
Realmente leve.
Marta pega o celular e manda uma mensagem para Islanne:
"Hoje estamos off. Eu e seu irmão precisamos de um dia só nosso. Beijos, Marta."
Do outro lado, Islanne sorri sozinha.
Ela entende. Sabe o que significa.
E responde apenas:
"Curtam. Vocês merecem."
No quarto, depois do banho, Marta veste uma camisola leve e Jonathan apenas uma calça de moletom. Ele deita com a cabeça no colo dela, a respiração tranquila, os olhos pesados de emoção e cansaço.
— Fica comigo — ele sussurra.
— Estou aqui — ela responde, acariciando os cabelos dele.
Jonathan fecha os olhos, respirando o cheiro dela, sentindo o aconchego de casa.
E dorme.
Como uma criança.
Sem pesadelos. Sem tormentos.
Apenas paz.
Marta o observa, em silêncio.
Acaricia o rosto dele, traçando os traços fortes e ao mesmo tempo tão vulneráveis.
E, sem perceber, adormece também.
Eles acordam algumas horas depois, com o estômago reclamando.
— Vamos almoçar? — ela pergunta, sorrindo.
— Só se for com você — ele responde, puxando-a para um beijo calmo.
Saem de casa juntos, sem pressa, sem guarda-costas, como um casal comum.
Vão a um restaurante tranquilo, de comida caseira, onde ele segura a mão dela o tempo todo, os olhos grudados nos dela.
Conversam sobre tudo e nada.
Riem de lembranças bobas.
Se permitem ser leves.
Depois do almoço, voltam para casa.
Jonathan pega a mão dela de novo e sobe com ela para o quarto.
Dessa vez, é ele quem prepara a cama, pega a coberta e liga a televisão.
— Escolhe o filme. Mas nada de drama, hein? — ele brinca.
— Tudo bem, um romance leve — ela sorri.
— Comédia romântica tá liberado. Hoje é o nosso dia de folga.
Sentam-se lado a lado, dividem a pipoca, tomam refrigerante no mesmo copo e riem como adolescentes.
Jonathan a observa rindo de uma cena do filme e sente o peito aquecer.
"É isso. É aqui. É ela."
Ele passa o braço por cima dos ombros dela e a puxa para perto.
E ali, com o coração cheio e a alma em paz, Jonathan Schneider entende que a vida pode realmente ter um recomeço.
E que o amor pode, sim, curar tudo.
O filme chega ao fim, e a noite cai lá fora, trazendo com ela o silêncio bom de quem está onde quer estar.
A madrugada é tranquila. A janela entreaberta deixa a lua derramar sua luz prateada sobre o quarto. Marta acorda antes dele, mas não se move. Apenas observa o homem adormecido ao seu lado.
Jonathan, como se sentisse o olhar dela, abre os olhos devagar. Sorriso sonolento, olhar apaixonado.
— Tá me encarando por quê? — ele murmura, a voz rouca do sono.
Marta sorri, passa os dedos no rosto dele, com um carinho que quase parece uma oração.
— Tô gravando seu rosto. Assim, se um dia você sumir, eu consigo te encontrar mesmo no escuro.
Ele fecha os olhos por um segundo, como se aquelas palavras tivessem entrado direto no peito. Quando os abre de novo, ela vê emoção ali.
— Eu não vou sumir, amor. Nem no escuro. Nem na bagunça. Nem se tudo desmoronar. Eu fico. Eu fico por você.
Ela encosta a testa na dele, os olhos fechados agora.
— Você me achou quando nem eu sabia onde eu estava, Jonathan. Nunca vou conseguir te agradecer por isso.
Ele segura o rosto dela com as duas mãos e a olha como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo.
— Não tem que agradecer por nada. Você é o melhor presente que a vida me deu depois de tudo que eu perdi. Você é meu recomeço, Marta. Você é minha paz. Meu caos. Meu lar.
Ela sorri, os olhos brilhando.
— Seu lar tem cara de confusão, hein?
— E é a minha confusão favorita — ele ri, e a puxa para perto.
Se beijam devagar, como quem sela um pacto silencioso.
— A gente vai errar muito ainda — ela diz, com os lábios colados nos dele.
— Mas a gente vai acertar junto — ele responde.
E ali, no escuro do quarto, sob a luz suave da lua, os dois permanecem abraçados, apaixonados, prontos para o amanhã.
Juntos.
Mas o que vem depois de uma promessa de amor tão intensa?
Jonathan, conseguirá proteger esse novo amor?
O Grupo Schneider está pronto para o impacto que Marta pode causar? E se ela for mais do que uma assistente… se ela for o futuro daquela empresa?
O amor é forte, mas será suficiente para enfrentar tudo que ainda está por vir?

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