O caos não avisa quando vai chegar, ele simplesmente explode. E naquela manhã ensolarada, com a rotina fluindo calma pelos corredores do Grupo Schneider, ninguém poderia prever o inferno digital que estava prestes a se instalar.
Enquanto Islanne organizava a equipe com firmeza e elegância, na sala de reuniões da diretoria, Ravi cruza os braços ao lado dela, atento às discussões sobre segurança cibernética. O relógio mal marca 10h quando o alarme interno de segurança apita. Um ataque hacker massivo invade o sistema como um vírus letal, e Ravi, já preparado, entra em ação como uma sombra silenciosa no meio da tempestade.
— Estão tentando quebrar o firewall de dentro para fora — ele diz, os olhos fixos nas linhas de códigos frenéticas na tela.
— Isso é coisa de profissional. De alguém que nos conhece muito bem.
Islanne, ao seu lado, não se permite entrar em pânico.
— O que você precisa, Ravi?
— Derrubar tudo. Agora!
— Remarque a reunião, preciso de concentração total, quero apenas você aqui na sala!
Ravi digita com agilidade insana, derrubando o sistema geral do Grupo Schneider para impedir que dados confidenciais vazem. Apaga, reconfigura, codifica novas chaves em tempo real. Seu rosto é uma máscara de concentração, e cada comando dele é uma batalha silenciosa contra um inimigo invisível.
— Estou chamando o time — diz ele, enviando comandos criptografados para outros especialistas.
— Não vou lutar nessa guerra sozinho.
As luzes piscam. Os setores entram em colapso temporário. Telefones tocam, funcionários começam a entrar em pânico.
Islanne segura firme o telefone e mantém a calma, direciona os líderes de cada setor e passa instruções, enquanto confia que Ravi está segurando as rédeas do sistema.
— Ravi, você consegue impedir?
— Eu vou impedir. Mas não vai ser tão fácil.
Com o sistema desativado e os rastros do ataque ainda sendo analisados, a pergunta que paira no ar é uma só: quem ousaria desafiar o Grupo Schneider em seu ponto mais vulnerável?
Ravi começa a identificar rastros digitais e pessoais. Há uma assinatura no código, sutil, quase imperceptível… como se o atacante quisesse ser descoberto.
E no fim do dia, com o sistema restaurado e o perigo aparentemente contido, Ravi encara Islanne com os olhos brilhando em desafio.
— Isso não foi só um ataque. Foi um aviso.
Ela cruza os braços, a expressão dura.
— Então que venham. A gente vai estar pronto.
O silêncio no centro de controle do Grupo Schneider é quase sagrado. Apenas o som das teclas sendo digitadas por Ravi ecoa como tiros secos no ar. A madrugada chegou sem que ninguém percebesse. Ele se recusa a sair dali enquanto não decifrar cada pedaço do código do ataque. E o que encontra o deixa em alerta máximo.
— Isso aqui não é só um ataque de sabotagem — murmura para si mesmo, os olhos cravados na tela.
— Você achou algo? — Islanne entra na sala trazendo café e a preocupação estampada no rosto.
— Achei mais do que queria.
— Ele gira o notebook e mostra.
— Estavam tentando acessar o servidor do setor financeiro e... da base de dados dos acionistas.
Ela franze o cenho.
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