O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 83

O sol nasce tímido sobre o pátio principal do Grupo Schneider.

A brisa fria da manhã serpenteia entre os galpões, arrastando consigo o cheiro de metal, óleo e promessas não ditas.

O som das empilhadeiras ecoa como um tamborilar distante, compondo uma trilha sonora que parece... calma demais.

Quase como se o próprio mundo prendesse a respiração.

Na sala da presidência, Jonathan assina relatórios enquanto observa Marta, sentada no sofá, folheando seu caderno de anotações.

De tempos em tempos, ele ergue os olhos, como se precisasse vê-la para acreditar que ela está ali, viva, respirando e sorrindo para ele.

— Vai ficar me vigiando o dia inteiro, Senhor Schneider? — Marta provoca, sem desviar o olhar das folhas.

Jonathan arqueia uma sobrancelha, deixando um sorriso brincar no canto da boca.

— Tentador... mas não. — responde, num tom de falsa resignação. — Hoje você tem reunião com Islanne no RH às dez. Eu vou ficar preso com uma pilha de contratos tão chatos que até as paredes vão querer fugir.

Marta fecha o caderno, se levanta com graça e caminha até ele.

Sem aviso, se inclina e roça os lábios nos dele, um beijo rápido, quente, que acende algumas promessas.

— Lida direitinho com os números... que eu te recompenso esta noite. — sussurra, deixando a ameaça doce pairar no ar.

Jonathan ri, a voz grave e rouca de quem já imagina mil possibilidades, e dá um tapa carinhoso no quadril dela quando ela se afasta.

Ele a observa sair, o peito aquecido pela certeza de que, enquanto ela existir ali, o mundo ainda faz sentido.

Às 10h02, duas batidas secas na porta rasgam o sossego da sala.

— Entra. — diz Jonathan, sem levantar os olhos dos papéis.

O que entra, porém, o faz largar a caneta no mesmo instante.

Um homem alto, moreno, terno preto impecável moldando a postura militar que grita treinamento severo.

Olhos tão frios quanto a lâmina de uma faca.

Presença tão intensa que parece preencher cada centímetro da sala.

— Senhor Jonathan Schneider? — a voz é grave, cortante. — Dante Bittencourt. Ex-forças especiais. Especializado em táticas de contenção, combate corpo a corpo, defesa civil e rastreamento.

Indicado por Eduardo Rossi para atuar como segurança pessoal da senhorita Islanne Schneider.

Jonathan se levanta, lentamente, como quem avalia uma ameaça disfarçada de solução.

— Eduardo te indicou pessoalmente? — pergunta, olhos estreitos, estudando cada linha daquele homem.

— Sim, senhor. — Dante mantém o tom firme. — Ele afirmou que a senhorita Schneider precisa de proteção... especial.

Jonathan fecha a pasta com calma calculada e se aproxima.

Há algo em Dante que faz o alerta interno dele apitar imediatamente, não um perigo imediato, mas uma certeza: aquele homem é capaz de qualquer coisa para cumprir a sua missão.

Exatamente o tipo de aliado que se quer por perto... ou o inimigo que se teme.

Ele estende a mão.

— Bem-vindo ao Grupo Schneider, Dante.

Espero que minha irmã não acabe te deixando maluco.

Dante segura a mão dele com força controlada, o traço de um sorriso cruzando seus lábios.

— Ela pode tentar, senhor.

Jonathan sorri de verdade pela primeira vez no dia.

Isso vai ser interessante.

Jogo de Guerra 1

Jogo de Guerra 2

Jogo de Guerra 3

Verify captcha to read the content.Verifique o captcha para ler o conteúdo

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino